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31 de janeiro de 2011

CARDUMES DE PEIXES APARECEM MORTOS NO RIO NEGRO, EM AQUIDAUANA, NO PANTANAL (MS)


foto: Rhobson Lima/O Pantaneiro


Peixes aparecem mortos no Pantanal, em MS

31/01/2011           
Cardumes de pintados, pacus, dourados, cacharas e até arraias estão boiando mortos pelo rio Negro, em Aquidauana, no Pantanal, em Mato Grosso do Sul. A Polícia Militar Ambiental estima a mortandade em várias toneladas, acrescentando que ainda não tem a dimensão exata da quantidade. Segundo moradores ribeirinhos, as baías e margens do rio estão forradas de peixes mortos.

O biólogo Roberto Gonçalves Machado, do Instituto Estadual de Meio Ambiente, constatou pela manhã desta segunda-feira (31) a ocorrência do fenômeno considerado de grande proporção, depois de voar sobre a região da sub-bacia do Rio Negro. A pesca é proibida no local, por ser considerado um dos berçários de reprodução de peixes pantaneiros.

Técnicos do instituto comentaram que os sintomas são os mesmos ocorridos em outras ocorrências do gênero. Os peixes ficam agonizando com a cabeça fora de água em busca de ar, devido a falta de oxigênio na água. Essa deficiência é consequência do grande volume de cinzas produzidas pelas queimadas, que são levadas pelas enxurradas para o leito dos rios pantaneiros.

De acordo com moradores da região pantaneira, os peixes começaram a aparecer mortos na última quarta-feira (26). A proprietária da fazenda Santa Sophia, Beatriz Rondon, que fica na região, acionou a PMA (Polícia Militar Ambiental) assim que detectou a situação.
De acordo com a PMA as causas da mortandade dos peixes ainda são desconhecidas. Uma das possibilidades, que está sendo investigada, é a de envenenamento, causado pela derramada de produtos tóxicos na água, o que caracterizaria um desastre Ambiental.

Segundo o comandante da PMA de Aquidauana, Daniel Elias dos Santos, a mortandade dos peixes não se trata de um fenômeno natural, como é o caso “decoada”, que acontece algumas vezes no ano na região, quando a qualidade da água dos rios sofre deterioração e conseqüentemente algumas espécies de peixes no Pantanal morrem.

- Na decoada a quantidade de peixes que morrem é muito menor, e além disso, são apenas algumas espécies, diferente mente do que observamos no local, onde a mortandade atingiu praticamente todas as espécies de peixes da região.
Fonte: 

Agência Estadocom MS RecordSAIBA MAIS:Polícia investiga causa da morte de milhares de peixes em rio do Pantanal
JORNAL NACIONAL - GLOBO.COM
Em Aquidauana, no Mato Grosso do Sul, milhares de peixes mortos impressionam quem vai ao Rio Negro. A mortandade coincidiu com a piracema, a época de reprodução das espécies.


JORNAL NACIONAL 31 JAN 2011 - GLOBO VÍDEOS - GLOBO.COM

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VAMOS PREPARAR AS COMEMORAÇÕES DO "DIA MUNDIAL DA ÁGUA 2011" ?



logo do World Water Day 2011

DIA MUNDIAL DA ÁGUA 2011

Esta é a primeira vez na história da humanidade que a maioria da população mundial vive em cidades: 3,3 bilhões de pessoas. E a paisagem urbana continua a crescer. 38% do crescimento é representado pela expansão das favelas, enquanto que a população das cidades estão aumentando mais rápido do que infra-estrutura da cidade pode se adaptar.

O objetivo do Dia Mundial da Água 2011 é chamar a atenção do mundo para o impacto do rápido crescimento urbano, industrialização e as incertezas provocadas pelas mudanças climáticas, os conflitos e as catástrofes naturais em sistemas urbanos de água.

O tema deste ano é água para as cidades: responder ao desafio urbano, incentivar os governos, organizações, comunidades e indivíduos a participarem ativamente na resolução do desafio da gestão das águas urbanas.

O Dia Mundial da Água é realizado anualmente em 22 de Março, como forma de concentrar a atenção sobre a importância da água doce e defender o manejo sustentável desta. A cada ano, no Dia Mundial da Água, é destacado um aspecto específico da água doce.

Leia mais (em inglês): http://www.unwater.org/worldwaterday/campaign.html

Fonte: BLOG SEMEIA JAHU



ATENÇÃO COLEGAS EDUCADORES:

Não esqueçam de constar no PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO DE 2011 (em elaboração), as atividades de celebração da "Semana da Água 2011" (20 a 26 de Março) e do "Dia Mundial da Água" (22 de Março).
Durante as próximas semanas ofereceremos diversas sugestões de programações que podem ser feitas nas escolas e nas comunidades.

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ORGANIZE EM SUA CIDADE O "LET'S DO IT !" - "MUTIRÃO LIMPA BRASIL"






Megamutirão propõe limpar cidades brasileiras em 24 horas

Débora Spitzcovsky 31 de janeiro de 2011

Fotos: Divulgação
Criado em 2007 pelo ambientalista estoniano Rainer Nolvak, o movimento Let’s Do It, definitivamente, não é para aqueles que duvidam do ditado “a união faz a força”: ousado, o projeto propõe criar mutirões de limpeza, em diversas cidades do mundo, para “varrer” todo olixo das ruas em 24 horas – ou, no máximo, um final de semana.
A iniciativa – que já foi realizada, com êxito, em países como a Estônia (para conferir o sucesso do Let’s Do It na nação européia, assista ao vídeo no final do post) – iniciará suas atividades no Brasil em março deste ano, com o nome Limpa Brasil – Let’s Do It.
Já na estréia, o projeto enfrentará um desafio: a primeira cidade a receber o megamutirão da limpeza será o Rio de Janeiro, que segundo dados do IBGE tem mais de 1,2 milhão de toneladas de lixo jogadas, anualmente, em suas ruas e praias por moradores e turistas. A ação acontecerá na primeira semana de junho e quem quiser já pode se voluntariar para participar do mutirão.
Neste ano, a organização do projeto ainda pretende limpar outras 13 cidades brasileiras, que são as mais populosas do país: Belo Horizonte, Brasília, São Paulo, Belém, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Guarulhos, Manaus, Porto Alegre, Recife e Salvador. No site da iniciativa, é possível conferir as datas de cada mutirão e se cadastrar como voluntário para a “faxina”.
Quem mora em cidades que não estão no planejamento de 2011 do Limpa Brasil não precisa desanimar. O projeto pretende ficar no país por uma década e ainda promete criar um plano educacional sobre lixo para escolas públicas, com a colaboração do Instituto Akatu e do Canal Futura. Afinal, de nada adianta limpar a cidade, se a população continuar sujando, não é mesmo?
E, aí? Let’s do it?

Let's Do It Estonia - legendado em português


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30 de janeiro de 2011

SOS RIO BACAXÁ - RIO BONITO/RJ : UMA RECUPERAÇÃO EXEMPLAR DA MATA CILIAR



Foto do Rio Bacaxá, em 2003 sem nada de mata ciliar

PROJETO QUE VALE A PENA CONHECER

Fizemos questão de postar toda a matéria do Newton Almeida, numa homenagem à todos que lutaram pela recuperação da mata ciliar do Rio Bacaxá, em Rio Bonito/RJ. Parabéns!


Rio Bonito : Rio Bacaxá - Projeto de Reflorestamento da Mata Ciliar



O Rio Bacaxá nasce na Serra do Sambê, na cidade de Rio Bonito.  Desce  a  Serra do  Sambê    passando por Lavras. Lembram do Renê Senna, o humilde agricultor que ganhou sozinho na Mega Sena e foi assassinado ? Então, ele morava em Lavras, Rio Bonito, e a fazenda que ele comprou pode ser vista atrás da Estação de Captação da CEDAE (do Rio Bacaxá). Essa estação da CEDAE aparece bem pequena, em branco e azul, atrás dela a fazenda do Renê Senna, e ao fundo  a Serra do Sambê, na primeira foto acima.  


O Rio Bacaxá recebe as águas do Rio do Ouro, um poquinho antes de cruzar a BR 101, no trecho entre a Cerâmica São José e o pedágio . Seu volume está muito reduzido. Os desmatamentos em geral, principalmente nas nascentes, desvio das águas para utilização na agricultura e psicultura, captação das águas pela  CEDAE e a retirada das matas ciliares, são as causas para a redução do volume das águas do rio. Quando caem fortes chuvas as águas correm bem mais rapidamente e o rio fica cheio, pois o escoamento superficial aumentou com os desmatamentos, e a infiltração das águas no solo diminuiu. O solo deixa de agir como esponja, e logo após as chuvas o volume do     rio  está minguado novamente.   A  foto, acima,  mostra o Rio Bacaxá, bastante assoreado.


No  ano de 2.003, eu (Newton Almeida) era Secretário Municipal de Meio Ambiente de Rio Bonito, e conquistamos o apoio do Consórcio Ambiental Intermunicipal Lagos / São João, idealizado e fundado pelo Luiz Firmino Pereira, para reflorestamentos em Rio Bonito . ( Foi o Firmino que conseguiu levar adiante os projetos para a despoluição da Lagoa de Araruama, que passados uns 7  anos está completamente revitalizada, em seguro processo de despoluição ).   

        Vejam as fotos logo acima, na primeira  foto, margem  do Rio Bacaxá, em 16 de novembro de 2.003 .  E a mesma margem em 30 de janeiro de 2011, na segunda foto . Percebam como é difícil recompor as matas ciliares. Após sete anos é que começam a ter aspecto de mata, as árvores plantadas, na margem direita, pelo Projeto de Reflorestamento do Rio Bacaxá , em 2003 / 2004.  



O   Consórcio Lagos / São João e a WWF contrataram (2003 a 2004), com carteira assinada e todos direitos trabalhistas assegurados, quatro ex-carvoeiros da Serra do Sambê. A Prefeita Solange Almeida, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente contratou mais dez.  O IBAMA, na época o chefe era o Dr. Edson Bedim, expediu licença para coletarmos sementes na Serra do Sambê e implantamos uns seis viveiros de mudas nativas da Mata Atlântica. Os viveiros eram rústicos, feitos com bambus, e o único gasto era a compra de sacos plásticos. Conseguimos produzir mais de 50.000 mudas de árvores. Com isso, a  atividade predatória de produção de carvão na Serra do Sambê praticamente desapareceu, naquele período (2003 a 2004) .

 Na foto acima, vemos o Luiz Firmino Pereira (camisa branca) plantando um futuro melhor para o Rio Bacaxá .  O dono da Cerâmica São José, o Cazé, apoiou o projeto e cercou  a margem, para impedir o pisoteio do gado.  


  O trecho plantado, na margem direita, tem cerca de  de 500 metros, e o total de mudas plantadas foi de cerca de 10.000 . Foram plantadas Urucum , Bapeba, Pau Ferro, Ipê Amarelo, Ingá, Sombreiro, Castanha, Pau Brasil, entre outras tantas espécies. A Engenheira Florestal responsável foi a Deise Alcântara.       
     



O Projeto de Reflorestamento do Rio Bacaxá foi um trabalho que nos orgulhou muito, pois tinha a participação dos agricultores humildes que deixaram de empunhar moto-serras e machados e deram um ótimo exemplo de que o ser humano tem que ser cuidado, assim como a natureza.

O RESULTADO COMEÇA A DAR SATISFAÇÃO...APÓS 07 ANOS
Após sete anos é que começam a ter aspecto de mata, as árvores plantadas, na margem direita, pelo Projeto de Reflorestamento do Rio Bacaxá 



Newton Almeida

Rio Bonito, Rio de Janeiro, Brazil
Consultor Ambiental e professor : nascido em Porto Alegre RS em 1.963, moro em Rio Bonito/RJ


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PRÊMIO "ÁGUA PARA A VIDA" DA ONU - INSCRIÇÕES ATÉ 31 JAN



Nações Unidas lançam prêmio “Água para Vida” de melhores práticas


ASCOM ANA
O escritório das Nações Unidas de apoio à Década Internacional para Ação “Água para Vida” 2005-2015 e o Programa das Nações Unidas de Valorização da Água abrem inscrições para a primeira edição do concurso de boas práticas “Água para Vida”.
 
O objetivo do prêmio é promover os esforços para atingir as metas internacionais fixadas para serem cumpridas por meio do reconhecimento aos melhores projetos, capazes de garantir a gestão sustentável dos recursos hídricos e contribuir paraatingir as metas internacional dos Objetivos do Milênio.
 
As melhores práticas devem focar em temas como, por exemplo, gestão integrada dos recursos hídricos, adaptação às mudanças climáticas no setor de recursos hídricos, melhorias na qualidade da água, melhorias na governança da água, etc..
 
prêmio será oferecido anualmente em duas categorias: melhores práticas degestão e melhor prática de mobilização, conscientização e educação. A cada ano, será dada ênfase ao tema selecionado para o Dia Mundial da Água, que em 2011 será “Água para as Cidades”.  Os vencedores serão convidados para evento promovido por ocasião do Dia Mundial da Água e terão um vídeo produzido, com o tema de seu trabalho.
 
 
Agência Nacional de Água- ANA
Enviado pelo colaborador Vilmar Berna - Portal do Meio Ambiente

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ENCHENTES E A BABOSEIRA DAS ENCOSTAS, VÁRZEAS E TOPOS DE MORRO


Região serrana do Rio de Janeiro - Jan 2011

Enchentes e a Baboseira das Encostas, Várzeas e Topos de Morro

Em meio à baboseira sobre “áreas de risco”, ocupação de encostas e outras parolagens que vicejam bem em meio à ignorância, só o prefeito Eduardo Paes – por incrível que pareça – disse algo sensato:  trata-se de uma questão de custo-benefício; onde couber a solução das estruturas de contenção de encostas, ela deve ser adotada; onde essas estruturas custarem mais do que um apartamento de frente para o mar em Ipanema, a remoção é a melhor solução.
Simples assim, ainda que o ministério do Meio Ambiente (além dos ecogringos e dos ecopaulistanos)  insista em tentar cafetinar o assunto com regras aplicáveis do Oiapoque ao Chuí.  O que define o “risco” da construção nas encostas é o custo da engenharia para fazer as obras de contenção necessárias, e não um palpite ou laudo que não contenha qualquer outra variável.  E não é necessário sequer falar dos mais recentes avanços tecnológicos já desenvolvidos nos países sérios – como prédios que se equilibram sobre sistemas de suspensão capazes de absorver ondas sísmicas de intensidade considerável – para se descrever alternativas construtivas.  Basta sair da acomodação ignorante e olhar com os olhos de ver.
Ao vice-governador e secretário de estado de obras Zé Pezão, recomenda-se um passeio pela costa da França, saindo de Nice de carro para Mônaco, onde há um sem número de construções em encostas, muitas em áreas que foram transformadas em platõs.  Ou um passeio de barco pelos rios da Alemanha ao longo dos quais podem ser vistas fortalezas e castelos nos topos de morro, nas encostas, e em todas as áreas que o ambientalismo ignorante das Marinas Silvas da vida gostaria de tornar inacessíveis à ocupação do território brasileiro.   Do jeito que vai, um MP de visão provinciana deve achar que as resoluções CONAMA são para valer e que os holandeses desrespeitam “leis naturais” ao construírem nas margens dos canais.
Ou então, se a geologia específica de cada local não importa – o governo do Rio mandou para as serras uma equipe de topógrafos! – , os profetas das encostas podem pedir ao governo da Grécia que remova das ilhas todos os vilarejos.  E quem saba possam mesmo explicar ao governo da Austrália que não se deve deixar que cidades inteiras sejam construídas nas tais “áreas de risco”, como se pode ver nas recentes imagens das inundações no país.
Há que admitir, um país que não tem um boa base de dados de sua geologia – exceto quando de interesse das mineradoras – termina mesmo nas mãos de chantagistas das regras gerais, genéricas, como se fosse possível legislar sobre a natureza da mesma forma que se faz em relação aos seres humanos (para os quais há maior flexibilidade até mesmo em casos de homicídio).
Na cabeça desses otários não existe engenharia – ainda que possam admirar as pirâmides e a Grande Muralha da China – e nada semelhante ao que fizeram na Malásia à Ponte do Céu, na Malásia,  poderá jamais ser feito numa unidade de conservação brasileira.
Aliás, falando em engenharia, e para que nem tudo se transforme em Reserva Extrativista ou em Xapuri, vale dar uma espiada, também, nas imagens da  Ponte de Millau, para que não se perca a perspectiva de que tentar imobilizar a vida é o caminho mais curto para ser por ela derrotado.
É preciso ouvir cientistas e profissionais das mais variadas formações até mesmo para professar  a religião da “Mãe Natureza”.  Sem essa de regras genéricas feitas por leigos ou sem a contribuição de várias áreas do conhecimento.
Repita-se, aqui: o que aconteceu nas serras do Rio de Janeiro foram chuvas de intensidade e duração excepcionais.  Talvez elas estejam ligadas às elevadas temperaturas do mar na região – 2 a 3 graus acima do normal, segundo as informações da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) da Marinha brasileira.  La Niña, El Niño, mudanças climáticas, não importa!  Algo imprevisível e que ocoreria com ou sem as matas intocadas.  E que não atingiu apenas as casas dos mais pobres – como afirmou Dilma Roussef num surto de desinformação -, mas também centros de cidades e sítios de ricos que ali estavam, intactos, há décadas ou mais. Fonte: Luiz Prado Blog/Portal do Meio Ambiente
Enviado pelo colaborador Vilmar Berna - Portal do Meio Ambiente

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MUITA ATENÇÃO ESTADOS, PREFEITURAS E DEFESA CIVIL: "EFEITOS DO LA NIÑA PERMANECE ATÉ ABRIL"





Efeitos climáticos do La Niña persistem até meados de 2011, diz OMM


O fenômeno La Niña deverá se prolongar durante os próximos meses de 2011. O episódio responsável pelas catástrofes climáticas registradas na Austrália e em outras partes do mundo deve prosseguir pelo menos até abril, segundo um relatório da Organização Mundial de Meteorologia (OMM), divulgado nesta terça-feira (25/01).
O fenômeno oceânico-atmosférico se caracteriza por um esfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico tropical, com impactos sentidos em diferentes regiões do globo.
Segundo o relatório da OMM, desde agosto de 2010, as temperaturas da região oriental e central do Oceano Pacífico estão, em média, 1,5ºC mais frias do que o normal. Indicadores atmosféricos indicam que o La Niña é um dos episódios de maior impacto do século passado. Desde o seu aparecimento, ele tem provocado desordens climáticas que ocupam as manchetes dos noticiários.
Efeitos – Os meteorologistas da OMM afirmam que o corrente fenômeno é responsável pelas precipitações acima da média registradas na Austrália, na Indonésia e sudeste da Ásia. Acredita-se também que o atual La Niña tenha provocado mais chuvas no sul da África e precipitação abaixo do normal na África Equatorial oriental. Menos chuva também foi registrada no centro e no sudoeste da Ásia, como também no sudeste da América do Sul.
Na Austrália, por exemplo, a região norte do país sofreu grandes inundações ainda em dezembro. Em algumas partes do estado de Vitória, choveu em 24 horas o volume de chuva que costuma ser distribuído ao longo de um ano.
“Regiões tipicamente impactadas pelos eventos do La Niña devem ficar atentas e esperar uma continuidade das condições moderadas e fortes do La Niña nos próximos dois meses, e uma condição mais fraca em março e abril”, diz o relatório da OMM.
No Brasil – O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), antevê que, no Brasil, o La Niña vai provocar mais chuvas nas vazões dos rios da Região Norte e Nordeste do país. Já a Região Sul, produtor agrícola nacional importante, deve sofrer com secas severas.
“Ainda não temos ferramentas para quantificar o quanto acima haverá de chuva, portanto não há como prever se haverá danos para a população. Mas sabemos que na Região Norte as chuvas caem em forma de pancada, ou seja, chove muito em pouco tempo”, disse à Deutsche Welle Priscila Farias, meteorologista do CPTEC.
Sobre as chuvas que caíram no Rio de Janeiro e ocasionaram a morte de mais de 800 pessoas, Farias disse que o ocorrido pode não se relacionar ao La Niña. “Não se sabe se o La Niña tem alguma influência nessa que foi a maior fatalidade climática da história do Brasil.”
Histórico – O La Niña, normalmente, provoca o aumento das chuvas na parte ocidental do Pacífico Equatorial, incluindo o norte da Austrália e Indonésia, durante os meses de dezembro a fevereiro. No período de junho a agosto, o mesmo efeito é observado nas Filipinas – e quase não é sentido na parte oriental do Pacífico Equatorial.
Condições mais úmidas também são registradas entre dezembro e fevereiro no norte da América do Sul e sul da África, e entre junho e agosto no sul da Ásia e sudeste australiano. O ar fica seco em algumas regiões do Equador, Peru e África Equatorial ocidental entre dezembro e fevereiro e, entre junho e agosto, esse fenômeno é observado no Brasil e Argentina.
Uma vez que o fenômeno se desenvolve, sua duração média é de 12 meses. Segundo os registros meteorológicos, o forte El Niño de 1997-1998 foi seguido por um La Niña prolongado que durou de 1998 a 2001.(Fonte: Folha.com)/AMBIENTE BRASIL
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