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31 de março de 2011

MOMENTO ÚNICO - A MELHOR FOTO E VÍDEO DE RAIOS NO BRASIL - CONCURSO DO INPE




Grupo de Eletricidade Atmosférica do Inpe lança concurso de fotos e vídeos de raios. Autor de melhor imagem ganhará uma viagem para o Rio de Janeiro (Elat)

Dias de trovão

31/3/2011
Agência FAPESP – Apesar de o Brasil ser campeão mundial em incidência de raios, registrando cerca de 60 milhões de descargas elétricas por ano, ainda há poucas imagens registradas do fenômeno no país.
Para incentivar a documentação do fenômeno, que é diferente em cada região, o Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), lançou o concurso “Momento único – a melhor foto e vídeo de raios no Brasil”.

Voltado para fotógrafos e cinegrafistas amadores e profissionais, o concurso premiará o autor do melhor vídeo e foto com uma viagem para o Rio de Janeiro para participar da solenidade de abertura da 14ª Conferência Internacional de Eletricidade Atmosférica (Icae 2011).
O evento, que é a maior conferência mundial sobre o tema desde 1954, será realizado pela primeira vez no hemisfério Sul, de 7 a 12 de agosto.

O banco de imagens do concurso será utilizado para compor cenas do filme Fragmentos de paixão – que raio de história, que está sendo realizado pelo Elat e abordará os raios no contexto da história, cultura e ciência brasileira.

As gravações do filme, que será lançado em fevereiro de 2012, começarão em agosto. A equipe de filmagem deverá viajar por cidades em todas as regiões do Brasil.

De acordo com o coordenador do Elat, Osmar Pinto Júnior, as primeiras fotografias de relâmpagos foram registradas em meados de 1880. E, após mais de um século, registrar o fenômeno continua sendo uma tarefa difícil. “O fato de nunca saber onde o raio vai acontecer dificulta a captura de imagem”, disse.

Uma das dicas dadas pelo pesquisador para fotografar uma descarga elétrica é tentar controlar o tempo de exposição, que para uma boa foto é em torno de 30 segundos, dependendo de fatores como iluminação.

“Um erro comum cometido durante a captura de imagens de raios é mover a câmera para diversas direções. A melhor forma de se registrar o fenômeno é focar na tempestade e em apenas uma direção”, sugeriu Pinto Júnior, que já fotografou diversos raios.

Os interessados em participar do concurso podem acessar o regulamento em www.inpe.br/webelat/homepage. As inscrições serão encerradas em 30 de junho.

Mais informações: elat@inpe.br ou (12) 3208-6824
 

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SOS RIO PARAÍBA DO SUL - SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO PODEM BRIGAR POR SUAS ÁGUAS






Foto: Daniel Rezende - Divulgação/Agevap
Rio Paraíba do Sul no trecho em que banha o município de Resende (RJ)
Rio teme guerra por água com São Paulo

Publicado por http://ultimosegundo.ig.com.br

  

Governo paulista estuda transposição do Rio Paraíba do Sul. Briga entre outros estados também é esperada pela agência reguladora

A limitação de recursos hídricos combinada ao crescimento do maior centro urbano do País está levando São Paulo procurar novas fontes de água. Uma das possibilidades em estudo é desviar o curso do Rio Paraíba do Sul, que já abastece 14,3 milhões de pessoas, das quais 12 milhões vivem no estado fluminense. Nem ficou pronto, o relatório já desperta críticas de representantes do Rio, temerosos de que a bacia hidrográfica seja insuficiente para saciar a sede de todos.


Tudo começou em 2008, quando o então governador de São Paulo, José Serra, instituiu um grupo de trabalho para avaliar como suprir o aumento na demanda por água nos próximos anos. A Agência Nacional de Águas (ANA), em seu Atlas divulgado neste mês de março, estima que o estado precisará de mais 60 m³ por segundo de água até 2035 – um aumento da ordem de 25% no consumo. Uma fonte extra não será suficiente e, além do Rio Paraíba do Sul, o governo paulista procura alternativas de abastecimento nas bacias de Piracicaba, na região de Jundiaí; de Ribeira do Iguape, no litoral sul do estado; do alto do Paranapanema, em Itapetininga; e do Alto Tietê, na Baixada Santista.


Os estudos ficarão prontos até o final deste ano, segundo o governo de São Paulo. Se optar por usar a água do Paraíba do Sul, o estado paulista terá de pedir autorização à ANA, que arbitra conflitos entre estados e é responsável por autorizar o uso de recursos hídricos em rios federais.


“Para estudar qualquer pedido de outorga de água, primeiro verificamos se a bacia tem condições de manter os usos de hoje e dos próximos 35 anos, para garantir o abastecimento de quem depende da bacia”, afirma ao iG o superintendente de regulação da agência reguladora, Francisco Lopes Viana. Segundo ele, é comum que estados briguem pela água e a tendência é que haja cada vez mais casos deste tipo. A ANA divulgou recentemente que mais da metade dos municípios poderá ter problemas de abastecimento de água até 2015, mesmo sendo o Brasil um dos países com o maior volume de água do mundo. A razão pela briga é que os rios são mal distribuídos geograficamente.


Favorável em outros casos
Outros estados já brigaram pela água, como a Paraíba com o Rio Grande do Norte, pelas águas do Piranhas Açu, em 2006. Ceará e Piauí também travaram disputa pelo Rio Poti-Longá, em 2008. O caso mais polêmico foi o da transposição do São Francisco, que também passou pelo crivo da ANA antes de ser iniciada. Em todos estes casos, a ANA foi favorável à divisão das águas entre estados, entre outros motivos, para beneficiar o maior número possível de pessoas.


A presidente do Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, Marilene Ramos, não demonstra simpatia pela ideia de fazer do rio fonte de água dos dois maiores centros urbanos do País. Também presidente do Instituto Estadual do Meio Ambiente (Inea) do Rio, ela afirma que há municípios paulistas banhados pelo rio, no Vale do Paraíba do Sul, que já sofrem com escassez, a exemplo de Taubaté. E lembra o Rio Paraíba do Sul já sofre uma grande transposição para abastecer quase boa parte da região metropolitana do Rio. Segundo ela, duas transposições num mesmo rio podem trazer impactos tanto para o abastecimento de água já existente como para o meio ambiente.


Boa parte das águas do Paraíba do Sul já é transposta para o Rio Guandu, que, por sua vez, abastece 9 milhões de pessoas. Outros 5 milhões de usuários das águas do Paraíba do Sul encontram-se nos municípios banhados pelo rio, que faz um percurso de 1,137 km de extensão pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
A quantidade de água do Paraíba do Sul destinada ao sistema Guandu é da ordem de 160 m³, de acordo com a disponibilidade do Rio Paraíba, segundo Marilene. A vazão total do rio, segundo ela, é de 250 m³ por segundo. Além de ser a maior fonte de água do estado, abastecendo mais de 80% da população, o rio também gera eletricidade para a distribuidora Light.


Indagado se os estudos de São Paulo contemplam o uso de 20 m³ por segundo do Paraíba do Sul, conforme rumores, o secretário-adjunto da Secretaria Estadual de Saneamento de São Paulo, Rogério Menezes, não confirma a informação.


Além de buscar novas fontes de água, o governo de São Paulo tem projetos para a redução de desperdício de recursos hídricos e para a recuperação de várzeas no Rio Tietê. A preocupação é garantir o abastecimento a região chamada de macrometrópole, que abrange Campinas, Baixada Santista e São José dos Campos, além da capital, num total de 30,8 milhões de pessoas. São consumidos cerca de 225 m³ por segundo na região.


“A preocupação do governo é ter absoluta certeza de que não vai faltar água”, diz Menezes. “Não temos pressa, estamos analisando isso com muito cuidado. O estado de São Paulo vai considerar que o Rio Paraíba do Sul já abastece o Rio”, acrescenta ele.


O presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) do Rio, Wagner Victer, avalia que o estudo de São Paulo sobre o Rio Paraíba do Sul ainda vai “dar pano para manga”. “Isso terá que ser muito bem discutido; é uma questão muito delicada e polêmica”, avalia. Fonte: Tratamento de Água

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DISPUTA: Principal provedor de água do Rio, Paraíba do Sul entra nos planos de SP

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NOVAS POSTAGENS NA SEMANA - SOSRIOSBR




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PROF.DR. JORGE PAES RIOS, NOSSO CONSULTOR DE HIDROLOGIA, NA TV BAND RJ FALA SOBRE ÁGUA




Dr. Jorge Rios da CEFET/RJ
PROF. RIOS NO PROGRAMA DA BAND - CIDINHA LIVRE - FALA SOBRE ECONOMIA DA AGUA 
E NOVA LEI ESTADUAL DO HIDRÔMETRO OBRIGATORIO  
 NESTA QUINTA, DIA 31/03  AS 14:00 NA TV BAND RJ  
 sds. fluviais ;  
 prof. jorge rios    

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CONHEÇA OS EFEITOS NEGATIVOS DAS ALTERAÇÕES NO CÓDIGO FLORESTAL




Vídeo alerta para os efeitos negativos das alterações no Código Florestal 

28/03/2011 - ISAMBIENTAL


Fundação Grupo Boticário e SOS Florestas lançam animação para mobilizar sociedade e estimular a assinatura do manifesto contra o substitutivo de Aldo Rebelo e em defesa de propostas que conciliem produção e conservação

A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, em parceria com a campanha SOS Florestas, lançou nesta segunda-feira o vídeo “Código Florestal em Perigo”. A animação alerta para os efeitos negativos das alterações no Código Florestal previstas no substitutivo do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) que está pronto para ir ao plenário da Câmara dos Deputados.

O vídeo está disponível no Youtube (o link também já está disponível no site da Campanha SOS Florestas). A campanha é uma aliança entre organizações ambientalistas e movimentos sociais que são contrários ao projeto de Rebelo e da qual a Fundação e o ISA fazem parte. O objetivo dessas instituições é utilizar o filme como uma ferramenta de mobilização social, incentivando o público a aderir à causa e assinar um manifesto virtual que será enviado aos parlamentares.

O vídeo apresenta a dimensão dos impactos decorrentes da redução das Áreas de Preservação Permanente (APPs) – beira de rios, topos de morros e encostas íngremes – e de Reserva Legal (RL), caso sejam aprovadas as alterações propostas.

Com a diminuição das APPs, por exemplo, os riscos de erosão, deslizamentos e enchentes, tanto em zonas urbanas como rurais, aumentariam. De acordo com relatório do Observatório do Clima divulgado no fim de 2010, com a redução das matas nas margens de rios, estima-se que o país possa perder uma área equivalente a dois milhões de campos de futebol em florestas.

“Se as alterações previstas forem aprovadas, as atividades econômicas e o bem-estar da sociedade serão ameaçados. Teremos grandes prejuízos que, em um curto espaço de tempo, podem afetar a qualidade da água e a fertilidade do solo”, diz a diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes. Além disso, a redução de áreas naturais também faria com que o Brasil elevasse suas emissões de gases do efeito estufa, contribuindo ainda mais para o aquecimento global.



Petição

A petição mencionada no vídeo - cuja assinatura está disponível no site da campanha SOS Florestas - apresenta também um novo texto desde esta segunda-feira (no ano passado, uma petição já havia sido divulgada pela campanha contra a aprovação do relatório de Rebelo em uma Comissão Especial da Câmara).

O novo texto a ser enviado aos parlamentares menciona a importância do Código Florestal “na medida em que, ao determinar a manutenção de um mínimo de vegetação natural na paisagem rural, tenta garantir não só a conservação da biodiversidade mas, sobretudo, a continuidade na oferta de serviços ambientais básicos”. Pede que os deputados rejeitem as propostas contidas no relatório de Rebelo, em especial a redução de áreas ambientais importantes e a anistia aos desmatadores, e aprovem propostas alternativas que conciliem conservação e produção, partindo da premissa de que não é necessário aumentar o desmatamento para alcançar o desenvolvimento sustentável (veja o texto integral da petição).

Contatos / assessoria de comunicação
Fernando Oliveira (fernando@nqm.com.br)
(41) 3254-6077 e (41) 7812-9113
Ronan Pierote (ronan@nqm.com.br)
(41) 3254-6077 e (41) 7812-8402

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EMBRAPA CRIA SITE INFANTIL PARA ENSINAR CIÊNCIA E A CUIDAR DA ÁGUA





Bioindicador Trichoptera
Trichoptera é um organismo bentônico (insetos, crustáceos, moluscos e vermes que habitam o substrato de fundo de rios e lagos) usado como bioindicador.  Foto: Mariana Silveira G. Moura e Silva)

Embrapa lança nacionalmente site infantil Contando 


Ciência na Web‏



Embrapa Meio Ambiente lança o site na Escola Municipal Oscarlina Pires Turatto, para 40 alunos da 4ª. série do ensino fundamental

Informação e diversão com linguagem fácil e visual leve, colorido. É o que oferece o site infantojuvenil lançado pela Embrapa para divulgação de conteúdos científicos de todas as Unidades da Empresa

Criado pela Embrapa Informação Tecnológica (Brasília, DF) para divulgar, a crianças e adolescentes, conteúdos científicos produzidos por todas as Unidades da Empresa, o site Contando Ciência na Web será lançado oficialmente em abril, mês em que a Embrapa comemora 38 anos de pesquisa e promoção do desenvolvimento científico agropecuário nacional.

Trata-se de uma ferramenta especial que promete oferecer, ao mesmo tempo, informação e divertimento em linguagem fácil. Está disponível no endereço www.embrapa.br/contandociencia.

Na Embrapa Meio Ambiente, o lançamento oficial será em 8 de abril, na Escola Municipal Oscarlina Pires Turatto, para 40 alunos da 4ª. série do ensino fundamental.

Mariana Silveira, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, estará na escola para apresentar os biondicadores de qualidade de água. Ela irá perguntar às crianças: você sabe o que são animais bioindicadores?

"Quando se está doente, o médico nos pergunta quais são os sintomas, ou seja, o que estamos sentindo. Estes sintomas ajudam os médicos a descobrir qual a nossa doença. Com a água também é assim! O grupo dos macroinvertebrados bentônicos é visível a olho nu. Eles são larvas de insetos, moluscos, crustáceos e vermes. Vivem e se alimentam no fundo de lagos, rios e lagoas, que pode ser composto por lodo, areia, pedra, cascalho ou folhas e galhos. Existe uma grande variedade destes animais, sendo que cada um deles possui uma capacidade para aguentar a poluição. Assim, temos os animais sensíveis (que só vivem em ambientes limpos) e os tolerantes (vivem tanto em ambientes limpos quanto poluídos). Desta forma, quando os cientistas vão investigar se a água está poluída, procuram saber quais animais estão vivendo naquele ambiente. Depois dão o diagnóstico, isto é, a resposta se aquele ambiente aquático está doente (poluído) ou não", explica a pesquisadora, de uma maneira que as crianças possam entender um pouco mais sobre pesquisas científicas.

Coordenado pela Embrapa Informação Tecnológica a líder do projeto Regina Fiuza, diz que “durante a edição dos primeiros conteúdos uma das preocupações foi o desafio de submeter o trabalho aos usuários. São muitos detalhes para pensar”, destacando o acompanhamento constante de especialistas, entre os quais pedagogos, encarregados de garantir a qualidade da informação como fonte do processo educativo.

Personagens representando a diversidade do povo brasileiro foram criados para conduzir os internautas pelos caminhos da ciência, e a navegação flui por meio de dez modalidades de jogos, cinco e-books, glossário, bloguinho, informações sobre as Unidades da Embrapa, uma versão especial do programa de rádio Prosa Rural e muito mais coisas elaboradas para entreter e, claro, ajudar nas pesquisas escolares e nos 

momentos de lazer da turma.



Essa iniciativa foi elogiada até pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, que enviou um representante para uma das fases da avaliação.
Trabalho em Rede
“O site será uma porta de entrada para que a criança conheça os trabalhos que estão sendo desenvolvidos pela Embrapa”, comentou Regina Fiuza, dando como exemplo os projetos Agrobiologia para Gente que Cresce (Embrapa Agrobiologia/Seropédica, RJ) e Atlas Ambiental (Embrapa Monitoramento por Satélite/Campinas, SP), além de outras informações geradas pela pesquisa nas demais Unidades da Empresa.
(com informações de Kátia Marsicano, Embrapa Informação Tecnológica)


Cristina Tordin
Jornalista, MTB 28499
Embrapa Meio Ambiente
Campinas - SP19.3311.2608




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SOS AQUÍFERO GUARANI - CANAVIAIS E LIXÕES AMEAÇAM NOSSA MAIOR RESERVA DE ÁGUA





Canavial oferece risco ao aquífero, aponta IPT – Mapeamento prevê manejo sustentável e o veto a indústrias de alto risco


Estudo do IPT indica as áreas de risco para o aquífero Guarani no Estado de São Paulo

Publicado em março 29, 2011 por HC

Estudo sobre o Guarani irá para comitês de bacias hidrográficas e, depois, deverá se tornar um projeto de lei
Técnicos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) concluíram o primeiro estudo sobre as áreas de risco para o aquífero Guarani no Estado de São Paulo.
Hoje o maior vilão do aquífero são lixões desativados, segundo o responsável pelo estudo, José Luiz Albuquerque, pesquisador do departamento de hidrografia e avaliação socioambiental do IPT. Reportagem de Adriana Matiuzo, na Folha de S.Paulo.
Apesar da rigidez atual com os aterros, o total de lixões antigos é desconhecido. O estudo também aponta que os canaviais são maioria entre as chamadas zonas de potencial de risco na região, devido ao uso de agrotóxicos e ao tipo de manejo.
O mapeamento, que traz uma série de recomendações para a ocupação sustentável do manancial, embasará um futuro projeto de lei.
O estudo dividiu em três categorias o solo dos 143 mil km2 do aquífero.
O mapa se divide em áreas de restrição à ocupação (172,9 km2 de áreas de preservação permanente e reservas legais), de ocupação dirigida (25,9 mil km2 considerados vulneráveis à contaminação) e de recuperação ambiental (degradadas por erosões, lixões ou favelas).
Para as áreas de restrição, o estudo indica, entre outros, promover o manejo sustentável e projetos ambientais.
Já para as áreas de ocupação dirigida, as diretrizes do estudo indicam, por exemplo, a necessidade de barrar indústrias de alto risco ambiental, culturas agrícolas que usem agrotóxicos de grande mobilidade e até mesmo a ocupação onde há supressão de florestas.
Já nas áreas degradadas, as regras são peculiares e definidas caso a caso.
Segundo Albuquerque, o estudo será levado para discussão de comitês de bacias hidrográficas e, depois, deverá se tornar um projeto que proteja o aquífero.
Apesar de ter sido mapeado nos anos 70, até hoje o manancial não tem leis específicas que o protejam, de acordo com o pesquisador.
De acordo com ele, foram avaliados os graus de vulnerabilidade conforme a proximidade do solo com o manancial, a presença de mata nativa para protegê-lo e o tipo de atividade econômica.
Para o diretor do Daee Carlos Alencastre, o estudo é importante porque propõe uma série de ações para coibir empreendimentos que causem contaminação ao aquífero.
“Ainda tem muita discussão, porque o estudo esbarra em interesses particulares”, afirmou ele.
O promotor Marcelo Pedroso Goulart disse acreditar que o processo será lento por depender do crivo da Assembleia Legislativa.
O ESTUDO DO AQUÍFERO
1 O que é o estudo?
É um mapeamento sobre o aquífero, que recomenda uma série de regras, especialmente da ocupação sobre o manancial. Iniciado em 2008, teve seu relatório concluído em 2010
2 O que diz?
O estudo analisou os 143 mil km2 do aquífero no Estado e classificou em: áreas de restrição (preservação permanente e reservas legais), de ocupação dirigida (altamente vulneráveis à contaminação) e de recuperação ambiental (degradadas por erosão, lixões ou favelas)
3 Quem fez?
IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), CPRM (Serviço Geológico Brasil) e Instituto Geológico da Secretaria de Estado do Meio Ambiente
4 O que acontece agora?
O estudo foi aprovado pelo setor jurídico da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e será discutido nos comitês das bacias hidrográficas e no Conselho Estadual de Recursos Hídricos. Depois poderá virar projeto de lei e ir para a Assembleia
EM RIBEIRÃO
Ministério Público e sociedade civil listaram normas para a zona leste da cidade, área de recarga do manancial. Há pré-projeto na prefeitura, que pode ir à Câmara como projeto de lei
NO PAÍS
O governo federal planeja uma legislação para o manancial, que passa por seis Estados. O estudo servirá como referência.
Fonte: IPT
EcoDebate, 28/03/2011
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