Rio Paraguai - Pantanal - Projeto Ecoa (foto Embrapa Pantanal/Sérgio GaldinoO trabalho da Ecoa no Pantanal
Ecoa - 19/01/2009
O Maciço do Urucum, localizado no município de Corumbá, MS, possui uma reserva de minério de ferro e manganês (estima-se 30 milhões de toneladas) de alta qualidade.
O município, que está às margens do rio Paraguai, no Pantanal, transformou-se em um ponto estratégico para as mineradoras e uma região de grande potencial para indústrias siderúrgicas. Estão presentes em Corumbá hoje as empresas Vale, MMX, Vetorial Siderurgia, Rio Tinto e Pirâmide.
Infelizmente, este modelo de desenvolvimento econômico proposto para região irá alterar a paisagem natural, dividindo-a com fornos de siderúrgicas, termelétricas, mineradoras e até mesmo, com um pólo gás-químico. Provavelmente, o tão esperado desenvolvimento econômico trará conseqüências irreparáveis para os ecossistemas pantaneiros.
Foi nesse cenário que, em 2002, a Ecoa começou a desenvolver o projeto Pantanal e os Riscos da Contaminação com a finalidade de levar informações de credibilidade a população e promover o debate sobre o potencial econômico do município.
Neste período os pólos mínerossiderúrgico e gás-químico eram os principais programas de desenvolvimento do governo e as notícias que chegavam a população era somente sobre os números de empregos que seriam criados.
Por meio do Projeto Pantanal e os Riscos da Contaminação, foi possível a participação de especialistas nas audiências públicas e a identificação de falhas no estudos de impactos ambientais apresentados pelas empresas, além de denúncias ao Ministério Público e Ibama. Seminários, palestras e workshop foram importantes para mostrar à população a realidade de outros municípios que tem sua economia baseada em indústrias de alto potencial poluidor e que os impactos ambientais são irreversíveis.
Um aspecto importante do projeto é a sua estratégia de trabalho em conjunto com outras organizações. Tendo em vista esta particularidade da Ecoa e do projeto, no decorrer desses cinco anos foram identificados novas redes e fóruns e criado um novo grupo para trabalhar o tema da mineração e siderurgia.
Com a iniciativa de reunir e trocar informações sobre o processo siderúrgico no Brasil, o projeto Pantanal e os Riscos da Contaminação em parceria com outras Ongs,
ajudou a formar o grupo Articulação Siderurgia dentro da Rede Brasileira de Justiça Ambiental. Em 2008, outra articulação positiva possibilitou a participação da Ecoa como membro do Conselho do Observatório de Conflitos da Mineração na América Latina (OCMAL).
A Plataforma de Diálogo entre o segundo e o terceiro setores é uma iniciativa, que está ocorrendo em Mato Grosso do Sul, com objetivo de buscar soluções para conciliar as necessidades do desenvolvimento do município de Corumbá com a conservação do Pantanal. A participação da Ecoa está sendo possível através do Projeto Pantanal e os Riscos da Contaminação.
A Ecoa, organização não-governamental socioambiental, em sinergia com outras organizações, luta contra as ameaças mais graves do Pantanal. Por meio de campanhas, disseminação de informações, articulações políticas e construção de parcerias. Conheça melhor o trabalho da Ecoa e do projeto Pantanal e os Riscos da Contaminação.
Autor: Patrícia Zerlotti
Pantanal e os riscos da contaminação
Empreendimentos como os pólos gás-químico e minero-siderúrgico e uma termelétrica estão previstos para serem instalados em Mato Grosso do Sul. Mais especificamente em Corumbá, município conhecido como Capital do Pantanal.
Atualmente se vê com extrema urgência a necessidade de buscar mais informações sobre os riscos da contaminação, os impactos que podem trazer para o solo, os rios, os aqüíferos e principalmente para saúde das pessoas. A poluição mata e "mata de forma invisível e lentamente".
Por este motivo a ECOA-Ecologia e Ação, em parceria com a Coalizão Rios Vivos, está trabalhando para levantar informações sobre os reais riscos da contaminação no Pantanal. Além do Pantanal ser de extrema importância ambiental para o planeta, também tem um valor social e econômico para o sul-mato-grossense e principalmente para os corumbaenses.
A alta biodiversidade da região permite o desenvolvimento de diversas atividades econômicas que geram trabalho e renda para as comunidades regionais.
Saiba mais sobre os riscos da contaminação no Pantanal clicando aqui
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ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
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