JC ONLINE - 05/02/2009
Os remanescentes de mata atlântica que abrigariam maior número de espécies diferentes coincidem com as regiões mais ameaçadas. É o que mostrou um artigo publicado nesta quinta-feira (5) pela Revista Science. No estudo, pesquisadores brasileiros e americanos apresentam um novo método para determinar quais áreas de um bioma devem receber atenção prioritária por abrigar maior biodiversidade. A mata atlântica foi escolhida como modelo para aplicar a técnica.
(foto biólogo Miguel Rodrigues da USP)*
Os resultados apontam o corredor central do bioma, localizado na Bahia, como a região com maior potencial de biodiversidade. Mas apenas 8,15% dos 20 milhões de quilômetros quadrados originais da mata ainda estão de pé. O Estado de São Paulo, que possuía uma área semelhante do bioma, preservou 13,24% das suas florestas. Contudo, de acordo com o trabalho, não conta com a mesma biodiversidade.
MÉTODO - Em primeiro lugar, os pesquisadores escolheram espécies que ocorriam em quase todo bioma, do nordeste à região sul. "Optamos por três pererecas porque anfíbios são excelentes bioindicadores", afirma a brasileira Ana Carolina Carnaval, da Universidade da Califórnia, em Berkeley. "São altamente susceptíveis a mudanças ambientais."
Com base em informações de espécimes de museus, os cientistas desenharam mapas que delimitavam os hábitats ideais para as três pererecas. Depois, com base em registros e simulações climáticas, verificaram o "grau de estabilidade" de cada um dos ambientes.
Surgiram indícios de que a atual mata atlântica do Sudeste é relativamente recente, pois sofreu um forte processo de glaciação há cerca de 21 mil anos. O corredor central baiano constituiu assim um refúgio durante o período gelado e, por isso, preservou uma maior variabilidade genética.
Para comprovar a hipótese de uma colonização pelos animais mais antiga na Bahia, os cientistas analisaram o DNA mitocondrial das pererecas encontradas nos diversos Estados. Como esperado, havia menor variabilidade nos anfíbios do Sudeste. O biólogo Miguel Rodrigues, da Universidade de São Paulo (USP), coautor do trabalho, sublinha que o método será útil também para outros biomas.
Fonte: Agência Estado
SOBRE O COAUTOR DA PESQUISA
Miguel Trefaut Urbano Rodrigues
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1A
Graduou-se em Ciencias Biologicas pela Université de Paris VII (1978), obtendo seu doutorado em Zoologia (1984) e sua livre-docência (1995) pelo Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. É Professor Titular do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo desde 1996, foi Diretor do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (1997-2001), Chefe do Departamento de Zoologia do Instituto de Biociências USP (2002-2007), Presidente do Conselho Orientador da Fundação Parque Zoológico de São Paulo (1999-2006), Membro do Conselho Deliberativo de Curadoria das Coleções Científicas Zoológicas do Instituto Butantan (2003-2007), é Research Associate do American Museum of Natural History e membro do International Herpetological Committee. Tem experiência na área de Herpetologia, com ênfase em sistematica, zoogeografia e evolução.
(Texto informado pelo autor)
INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
essas pessoas naõ ten nossaõ do que e a mata atlantica , eu nunca cheguei perto mais só de ser brasileiro sinto orgulho.
ResponderExcluirsou carlos alexandre
ResponderExcluirmarques lemos , 26 anos casado tenho 01 filha e espero um dia poder levar minha filha la , na mata atlantica se deus guiser , e o sonho de muitos brasileiros e também estrageiros