A coleta de dados sobre o nível do rio Negro foi iniciada em 1903, segundo dados do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Cota de água significa a quantidade de água na vertical, medido por uma régua em um porto de Manaus.Segundo dados do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), as chuvas da capital em janeiro e fevereiro foram acima da média histórica desde 1998. Em janeiro deste ano choveu 398 milímetros, 35% acima da média. Em fevereiro, choveu 349 milímetros, sendo a média histórica neste período de 347 milímetros
.De acordo com o superintendente do CPRM, Marco Antônio Oliveira, o registro elevado, contudo, ainda não é indicador de que o rio Negro e outras bacias hidrográficas do Estado viverão a maior enchente em um século."O nível do Solimões e afluentes ainda está baixo e eles vão definir como será o período de cheias, no segundo semestre", afirmou. No dia 31 de março, o CPRM faz o primeiro alerta de cheias do ano, sugerindo quais serão os níveis dos rios a partir de junho, quando começam o período de cheia dos rios.Segundo Oliveira, os números no início de março ainda são contraditórios e não indicativos de uma grande enchente, como em 1923, quando apesar do recorde no final de fevereiro daquele ano, a cheia foi considerada pequena.No interior do Amazonas, já há pelo menos um município, Barreirinha, a 325 quilômetros de Manaus, em estado de emergência. Há 600 famílias morando em lugares alagados, correndo o risco de perderem suas casas.
"Estamos em alerta para outros municípios na calha do Rio Negro", disse o coordenador da Defesa Civil Estadual, Coronel Roberto Rocha.As últimas grandes cheias no rio Negro, em Manaus, foram em 1999 (29 metros e 30 centímetros), 1994 (29 metros e 5 centímetros) e 1989 (29metros e 42 centímetros). A maior, desde 1903, é a de 1953, quando a cota atingiu 29 metros e 69 centímetros.Turismo - O turismo na Amazônia pode vir a ser o novo vilão do meio ambiente, ao lado do desmatamento ilegal da floresta e da poluição dos rios causada pela exploração mineral. A constatação é de uma pesquisa do geógrafo da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), Mauro do Nascimento, que apresentará seu trabalho na reunião regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
A pesquisa mostra que na margem esquerda do baixo Rio Negro, entre o arquipélago de Anavilhanas e o igarapé Tarumã, a natureza já dá sinais de degradação. Nessas áreas, o único acesso é por meio de barcos turísticos, como a praia do Tupé, que recebem mais de 1,5 mil pessoas por dia.
(Fonte: Liege Albuquerque/ Estadão Online)
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ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
Noticia boa por um lado e nem tão boa por outro, né? Mas que a foto é linda, isso é.
ResponderExcluirAbraços