PÁGINAS ESPECIAIS DO BLOG

13 de março de 2009

USINA DO JIRAU - O OUTRO LADO DA HISTÓRIA


Obra da Usina do Jirau, em Rondônia

Usina de Jirau deve injetar R$ 42 bi na economia de Rondônia em seis anos

Escada rolante e engarrafamento são algumas das novidades que as hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira (RO), estão levando para Porto Velho, capital do estado. Consideradas um novo ciclo econômico para a região, as usinas – em fase inicial de construção – já modificam a paisagem e a rotina do município.

O custo estimado dos empreendimentos é de R$ 21 bilhões, mas de acordo com o professor da Universidade Federal de Rondônia, Sílvio Persivo, só a Usina de Jirau deve injetar R$ 42 bilhões na economia local nos próximos seis anos. “É o chamado efeito multiplicador. Porto Velho vai deixar de ser uma cidade de médio porte para ser grande”, prevê.

A lotação da rede hoteleira e o recorde de emplacamentos de veículos novos estão entre os sintomas do que já é chamado de “efeito usina” pelos moradores. A inauguração do primeiro shopping da cidade (com as primeiras escadas rolantes), em novembro, lotou os hotéis e provocou engarrafamentos inéditos nas redondezas.

Segundo a Federação do Comércio (Fecomercio) do estado, os resultados dos primeiros meses superaram com folga as expectativas dos lojistas. “As grandes redes não estão conseguindo manter os estoques”, afirmou o presidente da entidade, Francisco Linhares.

Para o administrador Antônio Wilson, gerente da maior concessionária de veículos da cidade, o momento não poderia ser melhor. A loja tem nada menos do que 120 veículos encomendados à fábrica para atender os clientes na lista de espera. “Por causa da crise, as montadoras diminuíram a produção, mas a demanda aqui continua alta”, disse.

Em 2008, 8.274 veículos novos foram emplacados na capital rondoniense. “É um número recorde. E foi um crescimento de cerca de 30% em relação ao ano anterior”.

Na contramão do restante do setor no país, a previsão de Wilson é de novas contratações para 2009. “Meu objetivo é não fazer nenhuma demissão por causa da crise. Pelo contrário, vamos expandir o quadro em pelo menos 20%”, calculou.

No setor imobiliário,130 novos edifícios estão em construção e o metro quadrado dos novos investimentos já é avaliado em R$ 2,5 mil, comparável ao de cidades como Brasília ou São Paulo.

No entanto, apesar da euforia, o município ainda não tem infra-estrutura para suportar a pressão demográfica e a expansão econômica projetada pelas usinas, como reconhece Linhares, da Fecomercio. “Você não faz uma cidade pensando em fazer uma hidrelétrica. A usina vem depois, e todas as necessidades recaem sobre a cidade”.

Para o taxista Jurandir Souza, a onda de crescimento econômico trazida pelas hidrelétricas deveria ser aproveitada para impulsionar outros investimentos na cidade. “As usinas são importantes, mas a gente quer ter aqui indústrias de sapatos, de móveis, de alimentos. Investimentos que fiquem depois, que tragam benefícios para a população quando a obra acabar”, defendeu. (Fonte: Luana Lourenço/ Agência Brasil/AMBIENTE BRASIL)

Porto Velho, Rondônia - Vista aérea da capital de Rondônia, às margens do Rio Madeira.

Secretário acha que Porto Velho não está preparada para impactos de obras do Rio Madeira

A cidade de Porto Velho, capital de Rondônia, ainda não está preparada para os impactos demográficos e sócioeconômicos que as usinas do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira vão trazer para o município. O titular da recém-criada Secretaria Extraordinária de Projetos Especiais, Pedro Beber, reconheceu que, como não houve planejamento nem recursos anteriores, as mudanças estruturais no município só estão chegando junto com as obras das usinas.

“Certamente teremos transtornos. Eu não chamo de problemas, porque vão trazer soluções, mas toda obra cria transtornos", afirmou Beber, em entrevista à Agência Brasil. Entre os problemas urbanos, que deverão se agravar com a chegada de cerca de, pelo menos, 100 mil pessoas atraídas pelas obras, estão habitação, saneamento básico – que só atende 3% da população atualmente – e infraestrutura de trânsito. VEJA MAIS


INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
Divulgando, Promovendo e Valorizando
quem defende as águas brasileiras!
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja bem vindo e deixe aqui seus comentários, idéias, sugestões, propostas e notícias de ações em defesa dos rios, que vc tomou conhecimento.
Seu comentário é muito importante para nosso trabalho!
Querendo uma resposta pessoal, deixe seu e-mail.

A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários. Portanto, não serão publicados comentários que firam a lei e a ética.

Por ser muito antigo, o quadro de comentários do blog ainda apresenta a opção comentar anônimo; mas, com a mudança na legislação,

....... NÃO SERÃO PUBLICADOS COMENTÁRIOS DE ANÔNIMOS....

COMENTÁRIOS ANÔNIMOS, geralmente de incompetentes e covardes, que só querem destruir o trabalho em benefício das comunidades FICAM PROIBIDOS NESTE BLOG.
No "COMENTAR COMO" clique no Nome/URL e coloque seu nome e cidade de origem. Obrigado
AJUDE A SALVAR OS NOSSOS RIOS E MARES!!!

E-mail: sosriosdobrasil@yahoo.com.br