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14 de abril de 2009

EX-PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA PREOCUPADO COM POLUIÇÃO NOS RIOS DO MT


Deputado Sérgio Ricardo mede poluição do Rio Cuiabá

Acompanhado de uma bióloga e um técnico ambiental, o então presidente da AL fez a coleta em quatro pontos do Rio Cuiabá com objetivo de medir o índice de poluição da água e a quantidade de coliformes fecais


ALANA CASANOVA
Assessoria da Presiência

Estudos da Organização das Nações Unidas (ONU) estimam que em 20 anos, faltará água para 60% do mundo. Dentro dessas duas décadas, uma proporção de dois terços da população mundial deve enfrentar escassez de água, de acordo com a FAO - a agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – pois, o consumo de água dobrou em relação ao crescimento populacional no último século.

Em Mato Grosso as perspectivas não vão muito além dessas previsões pessimistas. Na concepção do deputado ambientalista, Sérgio Ricardo (PR), devido à falta de saneamento básico nas grandes cidades como Cuiabá e Várzea Grande, a pesca predatória e às atividades humanas sem controle como os despejos de esgotos sem tratamento, vazamentos de produtos tóxicos e a disposição inadequada de resíduos sólidos - vêm ocorrendo uma degradação vertiginosa do meio ambiente e uma dilapidação do capital natural, principalmente os recursos hídricos.

“O Meio Ambiente sofre com o desenvolvimento desordenado e a poluição das águas representa um fator de risco à população. No Rio Cuiabá não é mais possível tomar banho, beber água e o consumo de peixes já está comprometido por possuírem grande concentração de bactérias. Queremos mudar essas perspectivas de futuro tão catastróficas, mas, para isso, precisamos desenvolver ações agora, no presente”, definiu o presidente da AL durante a primeira expedição e coleta realizada no Rio Cuiabá, no último sábado (29), a fim de medir o índice de poluição da água e a quantidade de coliformes fecais no rio.

Acompanhado pela bióloga Joelma Duarte de Lima e pelo técnico ambiental Cleovan Rodrigues Carvalho, o parlamentar partiu da Ponte Sérgio Mota e fez a coleta da água em quatro pontos do rio considerados críticos: Córrego do Barbado, Córrego do Gambá, na saída dos resíduos da lagoa de tratamento da empresa Sadia e na estação de tratamento e captação junto à Ponte Nova (Várzea Grande). Os resultados devem sair dentro de cinco dias.

“Nosso rio Cuiabá é um dos principais afluentes do Pantanal Mato-grossense, além de ser fonte de alimento para muitas famílias ribeirinhas. Essa primeira expedição vai nos provar aquilo que já prevemos: infelizmente nosso rio Cuiabá está poluído”, lamentou Sérgio Ricardo. O deputado lembrou ainda que, segundo dados da ONU, mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo já não têm acesso a água limpa suficiente para suprir suas necessidades básicas diárias e que mais de 2,5 bilhões não têm saneamento básico adequado.

“Considerada o maior bem da humanidade, a água doce, por ser escassa será o grande motivo de guerra entre povos e nações no próximo século”, ressaltou o presidente da AL ao defender que projetos e iniciativas ambientalistas devem existir constantemente. “Coletamos amostras de água em vários pontos do rio, com o objetivo de medir o nível de poluição e também o índice de coliformes fecais, porém, manteremos uma seqüência de outras ações em prol do meio ambiente, seguindo e apoiando as iniciativas do deputado Sérgio Ricardo”, reiterou a bióloga, Joelma Duarte de Lima, que defendeu sua tese de graduação baseada no monitoramento do período de defeso das espécies de peixes de interesse comercial no trecho do rio Cuiabazinho (nascente do Rio Cuiabá).

O PODER DA ÁGUA - O deputado Sérgio Ricardo faz ressalva às ações de saneamento que são entendidas como instrumento para promoção da saúde, prevenção e controle de doenças. O parlamentar cita ainda, que em 2006 uma pesquisa feita pelo professor Rubem Mauro Palma de Moura, coordenador do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), constatou um índice de coliformes fecais no trecho urbano do rio Cuiabá de 60 vezes acima do admissível. Segundo a pesquisa, são 60 mil coliformes em cada 100 ml de água, enquanto o máximo permitido é de 1000 coliformes na mesma quantidade de água.

“São números que à época já preocupavam, imaginem um ano depois com o crescimento desordenado de Cuiabá e Várzea Grande. Os pequenos afluentes, que deveriam funcionar como artérias para dar vida ao rio Cuiabá, foram sufocados pela poluição. Transformados em simples canais para descartar todo o tipo de lixo, estão matando o rio. Por eles é carreado principalmente lixo orgânico e sólido como: plástico, madeira, ferro, vidro, embalagens diversas, móveis e eletrodomésticos em geral”, concluiu.

Mais informações:
Assessoria da Presidência
3901-6524

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