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30 de maio de 2009

COMITÊ DO RIO SINOS ESTUDA DIVISÃO EM 21 SUBUNIDADES


Dividir para diagnosticar

Por Castor Becker Júnior/Comitesinos
17 de Maio de 2009

A divisão da Bacia do Rio dos Sinos em 21 subunidades, seguindo critérios que vão desde hidrologia até população e demanda da água, para os diagnósticos destinados ao Plano de Bacia da região. Esse foi um dos temas tratados na última quinta-feira, durante a 3ª reunião ordinária do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (Comitesinos). O encontro ocorreu entre as 14 e as 16h30, no Miniauditório da Biblioteca da Unisinos e reuniu cerca de 50 pessoas, entre membros do Comitesinos e, representantes de prefeituras, prefeituras, Metroplan e outras entidades.

O Plano de Bacia é uma espécie de plano diretor dos recursos hídricos da região e abrange, além do diagnóstico, o planejamento de ações até longo prazo, para garantir a qualidade e quantidade de água necessária à população e à economia locais. A proposta de fracionamento da Bacia foi apresentada pelo engenheiro Henrique Kotzian, que integra a equipe técnica encarregada da elaboração do Plano.

“Poderíamos considerar apenas as três divisões (alto, médio e baixo Sinos) consideradas atualmente na região. Ou ainda fracionarmos em 100 áreas menores. Mas a divisão em 21 áreas, com tamanho entre 120 e 320 quilômetros quadrados cada uma, se mostrou eficaz para um planejamento adequado”, justificou o engenheiro.
O fracionamento apresentado por Kotzian segue valendo, já que nenhum dos representantes discordou da proposta, embora algumas sugestões tenham sido apresentadas pelos presentes e devem ser analisadas pela equipe técnica. “Não se descarta a hipótese de, no decorrer do diagnóstico, se prever a junção de duas ou mais subunidades ou mesmo novas divisões, na hora de estabelecermos futuras intervenções na Bacia”, comentou o engenheiro.

MATA CILIAR
Entre os outros temas da reunião ordinária da última quinta-feira, a secretária-executiva do Comitesinos, Viviane Nabinger, apresentou o andamento dos projetos de recomposição da mata ciliar na região. Viviane começou a explanação pelo andamento do Projeto-Piloto de Recomposição da Mata Ciliar, resultado de uma parceria entre o Comitesinos, a Unisinos e o Ministério Público Estadual (MP), a partir de uma iniciativa da Empresa Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e do instituto Riograndense do Arroz (Irga).

A secretária comunicou a parceria acertada com a Associação dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais da Regional Sindical do Vale do Rio dos Sinos/Serra, vinculada à Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), que vai facilitar a abrangência regional da iniciativa. A Sindical Regional da Fetag aceitou tornar-se a pessoa jurídica referencial para os repasses do MP, nas ações que resultarem em compensações ambientais. No entanto, a decisão sobre a aplicação dos recursos será tomada por um grupo gestor, do qual a entidade fará parte, mas que terá também representantes do Comitesinos, Emater e MP.

Viviane aproveitou a deixa para falar também do Projeto Verde Sinos, que terá patrocínio da Refinaria Alberto Pasqualini S/A (Refap), mas representará um avanço na iniciativa de recuperação da vegetação nas margens do Rio dos Sinos e seus afluentes. “Teremos não só o replantio das árvores, mas isso será feito de forma sustentável, ou seja, economicamente atraente para o produtor rural”, completou.

BR-448, barragens & cia
A recuperação da mata ciliar foi a deixa para o presidente do Comitesinos, Sílvio Klein, falar à plenária sobre as tratativas com o governo do Estado e o Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit) para que as ações de compensação ambiental sobre a construção da BR-448, a Rodovia do Parque, sejam aplicadas na Bacia do Sinos. Principalmente como um reforço nas ações de recomposição de mata ciliar.

Klein também falou sobre o resultado da reunião com o secretário extraordinário da Irrigação e Usos Múltiplos da Água, ocorrida em Porto Alegre no início do mês. O presidente comunicou que a proposta de trazer para o Comitesinos a discussão sobre os projetos para a construção de barragens na região.

Na ocasião, o secretário trouxe para a reunião os responsáveis pelas duas empresas encarregadas dos estudos e ambas deverão agora trocar informações com a CPA do Comitesinos. “Também foi bem aceita a proposta de se avaliar o efeito remanso do Guaíba no Rio dos Sinos”, emendou Klein. A idéia aí é avaliar até que ponto uma seca em outras bacias hidrográficas pode afetar indiretamente o Rio dos Sinos. Especificamente, como uma baixa de nível no Guaíba pode fazer “escoar” mais rapidamente as águas do Sinos a partir de São Leopoldo.

Fotos: Castor Becker Júnior/Comitesinos

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