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22 de maio de 2009

SEAP INICIA EM JULHO O PRIMEIRO CENSO AQUÍCOLA BRASILEIRO

Pesca da tainha - Fotonato (Flickr)



Primeiro Censo Aquícola deve apresentar primeiros resultados até o fim do ano

A Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (Seap) pretende, até o final do ano, apresentar os resultados do primeiro Censo Aquícola Brasileiro. O censo será o marco zero para o setor, afirmou o ministro Altemir Gegolin, da Seap, durante a assinatura de convênio com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) para a realização da pesquisa

Gregolin disse acreditar que a produção brasileira de pescado seja bem maior do que as estatísticas têm mostrado, porque não há uma coleta regular e sistematizada dos dados do setor. Além disso, a atividade vem crescendo a níveis elevados nos últimos anos, ressaltou. “No momento em que fizermos o censo, dimensionarmos a produção, mostrarmos a importância econômica real que essa atividade tem, evidentemente, isso vai impactar, inclusive, na locação de mais recursos orçamentários e mais investimentos para uma área que tem um potencial enorme.”

De acordo com o ministro, o governo considera a atividade aquícola “estratégica para o país, na medida em que é uma fonte de segurança alimentar, de geração de trabalho, emprego, renda e riqueza”. A evolução do montante de recursos destinados à Seap mostra isso, disse Gregolin. De 2003, quando foi criada, até este ano, o orçamento da pasta cresceu de R$ 11 milhões para R$ 464 milhões.

No entanto, a produção brasileira de pescado, segundo o ministro, ainda está muito aquém do potencial do país. “O Brasil produz hoje 1 milhão de toneladas de pescado, mas tem potencial para produzir mais de 20 milhões de toneladas, pela riqueza de recursos hídricos e a existência de espécies nobres”, avaliou. Para isso, no entanto, ele acredita que são necessários cada vez mais investimentos na área.

Gregolin disse à Agência Brasil que o setor gera, no país, cerca de 3,5 milhões de empregos, com 150 mil aquicultores, aqueles que têm criações de pescado, e 680 mil pescadores, que fazem a captura em águas abertas. O Produto Interno Bruto – conjunto das riquezas geradas – da atividade é de R$ 5 bilhões.

O Censo Aquícola será iniciado até o final de julho e os 232 recenseadores contratados para o trabalho deverão visitar os produtores em todas as regiões do país, partindo de dados já coletados no censo agropecuário e de informações de vendedores de rações e alevinos (filhotes de peixe). Até o resultado final da pesquisa, deverão ser investidos US$ 4,4 milhões.

Assinaram o convênio com o ministro da Pesca o representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, José Tubino, e o diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), Marco Farani. (Fonte: Danilo Macedo/ Agência Brasil)


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