Publicado em: 30/04/2009
A estiagem que assola o Sul do País já provocou racionamento de água e perdas expressivas na agricultura.
A estiagem que assola o Sul do País já provocou racionamento de água e perdas expressivas na agricultura.
No Rio Grande do Sul, 144 municípios decretaram situação de emergência desde o início do ano. Deste total, metade foram só entre março e abril, período mais crítico da estiagem. Em Santa Catarina, dos 38 municípios que decretaram situação de emergência por estiagem este ano, 24 foram só nos dois últimos meses.
No Paraná, desde novembro do ano passado, 34 cidades notificaram problemas pela falta de chuvas, sendo 11 delas somente nos dois últimos meses.
No Paraná, desde novembro do ano passado, 34 cidades notificaram problemas pela falta de chuvas, sendo 11 delas somente nos dois últimos meses.
Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) a situação é mais grave no Rio Grande do Sul. Na cidade de Pelotas, no sul do Estado, este foi o abril mais seco da história, com apenas 2,4mm acumulados até o dia 29 deste mês.
Os municípios de Passo Fundo, Bagé e São Luiz Gonzaga, registraram o mês de abril mais seco dos últimos 80 anos, com 4,8mm, 0,8mm e 7,5mm acumulados, respectivamente, até o dia 29 deste mês.
Em Santa Catarina, o oeste do Estado também vive um período crítico por conta da seca. A cidade de Chapecó registrou apenas 36mm ao longo do mês, sendo que a média climatológica de abril é 167mm. Pelo menos nos últimos 9 anos, a cidade não registrava um valor tão baixo.
No Paraná, choveu apenas 12,7mm na cidade de Loanda nesses 29 dias do mês, apenas 12% da média na cidade. Segundo a Somar, desde 2002 não se via uma seca tão severa por lá.De acordo com Paulo Etchichury, meteorologista e sócio-diretor da Somar, um dos motivos da falta de chuvas no sul do País é a presença do La Niña.
Apesar de fraca intensidade, o fenômeno afasta as frentes frias que passam pela Região. Além do La Niña, esta época do ano coincide com o período de chuvas no centro-norte do País, que concentra toda a umidade da Amazônia e que dificulta a formação de nuvens de chuvas na Região Sul.
Segundo os meteorologistas da Somar, a situação só deve começar a mudar a partir do início da segunda quinzena de maio no Rio Grande do Sul, quando se esperam volumes de chuva mais significativos. Porém, ainda não é o suficiente para reverter o quadro de estiagem, apesar de aliviar um pouco.
Até lá, o tempo seco deve predominar entre alguns episódios de chuva isolados e com baixo volume, de maneira geral.
Fonte: Tempo Agora (UOL)
INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
Divulgando, Promovendo e Valorizando
quem defende as águas brasileiras!
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
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