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1 de junho de 2009

BARRAGENS ABANDONADAS E SEM MANUTENÇÃO PODEM ROMPER E PROVOCAR TRAGÉDIAS


Mais 200 barragens podem se romper no país

Agência Folha e Folha Online - 30/05/2009

"São barragens que nós chamamos de sem dono, porque perderam sua finalidade. Não tem ninguém controlando. Se há uma cheia grande, tem que ter alguém para abrir comportas e permitir vazamentos.

Ao menos outras 200 barragens no país correm o risco de se romper e causar destruição semelhante à provocada pelo vazamento da Algodões 1, no Piauí. É o que diz o especialista em barragens Rogério Menescal, que trabalha na Ana (Agência Nacional de Águas).

Ontem, o número de mortos na tragédia chegou a seis, segundo o governo do Estado. O Ministério Público e a Polícia Civil abriram um procedimento para investigar as responsabilidades pelo rompimento. O vazamento da barreira provocou ondas de 10 metros de altura e deixou 3.000 desabrigados na cidade de Cocal.

O risco de novas tragédias é apontado por mapeamento, via satélite, de cerca de 7.000 barragens (para todas as finalidades, elétricas e de abastecimento, por exemplo) com ao menos 20 hectares de superfície de reservatório de água no Brasil. Menescal, quando ainda era diretor de Recursos Hídricos do Ministério da Integração Nacional, foi o responsável pelo estudo.

Ele diz que há 200 sem manutenção, que podem causar acidentes. "Essas barragens estão em condições similares à de Algodões, precisando urgentemente de reparos e de melhorias em seus procedimentos de segurança.

Segundo Menescal, houve rompimentos recentes, como os das barragens de Altamira (PA), que, em 12 de abril, não suportaram as fortes chuvas e inundaram a cidade, deixando 300 famílias desabrigadas.

Menescal diz que os Estados com maior número de barragens no Brasil são o Ceará e o Rio Grande do Sul.

O estudo iniciado por ele em 2004 para quantificar as barragens do país e os riscos que elas podem apresentar não foi finalizado. O Ministério da Integração Nacional diz não saber se houve continuidade no estudo.

Edilberto Maurer, presidente do Comitê Brasileiro de Barragens, diz que há, de fato, pelo menos 200 barragens sob risco. Segundo ele, as abandonadas são as mais problemáticas.

"São barragens que nós chamamos de sem dono, porque perderam sua finalidade. Não tem ninguém controlando. Se há uma cheia grande, tem que ter alguém para abrir comportas e permitir vazamentos.

Para os especialistas, há dificuldade em fiscalizar as barragens porque o Brasil não possui uma lei que as regule. Para ambos, o Congresso precisa aprovar o projeto que estabelece "diretrizes para verificação da segurança de barragens de cursos de água", com alusão ao acidente da barragem São Francisco, em Miraí (MG), de onde 2 bilhões de litros de água vazaram em 2007, atingindo sete cidades. "Faltam homogeneidade no projeto, na construção e na manutenção das barragens", diz Maurer.

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