Rio de Janeiro poderá ter lei de substituição de sacolas plásticas
Fernanda Dalla Costa — 17/06/2009
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) deve votar, no dia 24 de junho, o projeto de lei que obriga a substituição, nos estabelecimentos comerciais cariocas, de sacolas plásticas descartáveis por reutilizáveis, informou a assessoria de imprensa da Assembleia.
"O objetivo é acabar com o uso de produtos elaborados a partir de resina sintética oriunda do petróleo, como é o caso, por exemplo, do Polietileno de Baixa Densidade – PEBD, utilizado na fabricação das sacolas plásticas, que, além de não serem biodegradáveis, obstruem a passagem da água, acumulando detritos e impedindo a decomposição de outros materiais", explicou o presidente da Assembleia carioca, deputado Jorge Picciani (PMDB).
De acordo com o projeto, os estabelecimentos comerciais terão de seis meses a três anos para efetuar a substituição. Os comerciantes que não cumprirem a lei serão obrigados a 'comprar' dos clientes as sacolas de plástico já usadas, dando a estes um vale-compra por cada sacola usada.
Os vales-compra poderão ser acumulados e permutados por produtos. Segundo o projeto, um quilo de arroz ou feijão poderão ser trocados por 50 sacolas entregues pelo cliente. O dono do estabelecimento também poderá pagar R$ 0,03 por sacola, qualquer que seja a procedência.
"Tenho orgulho de dizer que a Alerj tem tido papel fundamental nesse processo [na substituição de sacolas plásticas por sacolas reutilizáveis], seja no aperfeiçoamento das leis, seja no acompanhamento da sua implantação, como estamos fazendo em relação ao zoneamento ecológico-econômico", lembrou Picciani.
Campanha paranaense vai distribuir 12 mil sacolas de algodão
A Associação Comercial do Paraná (ACP) e outras entidades do comércio paranaense pretendem retirar de circulação 600 mil sacolas de plástico numa campanha batizada de Pedágio Verde, informou a assessoria de imprensa da ACP.
Até o dia 15 de março, os paranaenses poderão trocar 50 sacolas de plástico por uma de algodão, informou a nota. Estima-se que no Paraná, cerca de 80 milhões de sacolas sejam distribuídas pelos supermercados.
A campanha pretende distribuir 12 mil sacolas de algodão. Vários hipermercados e 25 padarias de Curitiba já aderiram à campanha. O comércio paranaense já vinha fazendo troca das sacolas e agora pretende intensificar a campanha.
“Pretendemos que os comerciantes estimulem essas alternativas, inclusive aconselhando os consumidores a trazer sacolas de casa e concedendo descontos [para quem trouxer sacola de casa]”, afirmou a coordenadora do Conselho da Mulher Executiva da ACP, Isabel Kluger Mendes.
O Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado do Paraná (Sipcep) vai disponibilizar duas mil sacolas de algodão nas padarias.
Segundo o presidente do sindicato, Joaquim Cancela Gonçalves, o desafio é mudar o comportamento dos consumidores.
“Noventa por cento dos clientes de panificadoras que usam as sacolas plásticas não precisariam fazê-lo”, afirmou Gonçalves que vê os panificadores como agentes fundamentais para esta mudança, mas que precisam ser conscientizados também.
Várias redes de supermercados também já ofereciam as sacolas retornáveis e agora pretendem fortalecer a iniciativa.
“Já aderimos às sacolas retornáveis e essa campanha vem para fortalecer ainda mais a conscientização da sociedade,” disse Everton Muffato, presidente da Associação Paranaense de Supermercados (Apras) que cobrou mais ações do poder público. “Necessitamos de ações mais intensas para que o uso dessas sacolas apresentem efeito benéfico ao meio ambiente. É preciso uma ação mais específica do serviço público com as coletas seletivas”.
Algumas redes locais oferecem em suas lojas dois tipos de sacolas, as retornáveis e as oxi-biodegradáveis. Mais de 40% das sacolas plásticas distribuídas pelos supermercados no Estado são oxi-biodegradáveis. Fonte: Revista Sustentabilidade
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