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28 de julho de 2009

ATINGIDOS PELA BARRAGEM NO RIO TOCANTINS ACAMPAM EM FRENTE AO CANTEIRO DE OBRAS

Rio Tocantins - divisa entre estados de Tocantins e Maranhão


Atingidos pela barragem de Estreito acampam em frente à obra

Ter, 28/Jul/2009 - Notícias REBIA

Cerca de 200 atingidos pela barragem de Estreito, organizados no MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), montaram hoje (21/07) um acampamento em frente ao canteiro de obras da usina, que fica na BR 010, entre os estados de Tocantins e Maranhão. Os manifestantes pretendem ficar lá até que suas reivindicações sejam atendidas.

Em janeiro, os atingidos realizaram uma grande assembléia para tratar dos problemas causados pela construção da hidrelétrica e construír uma pauta de reivindicações. Alguns itens da pauta são: definição coletiva dos critérios gerais para realização das indenizações; reassentamentos para todos os ocupantes, meeiros, arrendatários; participação direta dos atingidos organizados nas negociações, etc.

Segundo levantamento do MAB, a usina vai atingir cerca de 5 mil famílias, em 12 municípios. No entanto, para o consórcio Ceste são apenas 2 mil pessoas atingidas, já que o consórcio pretende indenizar apenas aqueles que são proprietários de terras, não reconhecendo os que têm profissões ligadas ao rio como, os pescadores, barraqueiros e quebradeiras de côco. Além disso, segundo o MAB, as indenizações propostas pelo Ceste são inferiores às da barragem de Peixe Angelical e São Salvador, também construídas no rio Tocantins.

O consórcio Ceste - formado pelas empresas Suez Energy International, Vale, Alcoa e Camargo Corrêa Energia - já foi alvo de seis ações judiciais, uma delas movida pelo MAB em parceria com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi). (Fones de contato: (63) 9211 4472 e 8428 1894 Cirineu da Rocha ou (99) 9141 0569 Luiz de Abreu de Moura)

Nota do distribuidor:

O presidente Lula e a Ministra Dilma anunciaram sua ida ao local para o proximo dia 6 de agosto, para fazer propaganda do PAC. Seria bom, que conversassem tambem com os atingidos pelas obras... para saber porque as empresas VALE, ALCOA e Camargo Correa, até hoje não cumpriram com seus compromissos, de tomar terra dos outros, sem respeito aos direitos humanos.

Entre as 5 mil familias atingidas, que perderão suas terras, há medios e pequenos fazendeiros, duas tribos indigenas, dois assentamentos do INCRA e centenas de posseiros e camponeses ribeirinhos.

O Ministerio Publico Federal já pediu o embargo da obra em vários processos, mas o poder do capital é maior do que o poder da Constituição brasileira, ainda mais com as empresas e interesses economicos envolvidos.

Fonte: MST/ Noticias REBIA

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