Tietê é cenário para Virada Esportiva
O poluído rio Tietê foi cenário de um desafio durante a Virada Esportiva, no fim de semana. Dez remadores percorreram 25 quilômetros, da zona leste à zona oeste da capital.
O poluído rio Tietê foi cenário de um desafio durante a Virada Esportiva, no fim de semana. Dez remadores percorreram 25 quilômetros, da zona leste à zona oeste da capital.
Os barcos usados são iguais aos de antigamente, chamados de "iole", do tempo em que o Tietê era limpo, mas os atletas precisaram de equipamento especial, para remar no meio do esgoto.
Foi um dia cinza e frio para remar nas águas sujas do rio Tietê. Por isso os dez atletas se preveniram usando camiseta comprida, luva de borracha, óculos e máscara cirúrgica. Os barcos eram duas ioles de madeira com capacidade para cinco pessoas. “Meu avô remava quando o rio passava dentro do clube Pinheiros e nadava”, conta o fotógrafo Ricardo Rohans.
Praticar regatas era muito comum no início do século passado quando clubes como o Tietê, Espéria e o Pinheiros faziam grandes campeonatos. A partir de 1972, por causa da poluição, as regatas foram transferidas para a Raia Olímpica da USP.
As regatas no Tietê atraiam milhares de pessoas, um acontecimento associado ao vigor e à saúde. Bem diferente de agora. O trajeto de 24 km, começa na barragem da penha, na zona leste e o pique inicial dos atletas é grande - remam a quase 30 por hora.
Ao longo do rio, as equipes vão passando pelo lixo que os paulistanos jogam na rua e acaba sempre no rio. Em meia hora, os remadores estão na altura do Tatuapé. Depois de mais de uma hora de esforço passam pelo mais famoso ponto de observação das antigas regatas, a ponte das Bandeiras na região central. “O rio está morto né? O que a gente sonha que ele venha a ficar vivo”, diz Otoniel da Silva, zelador.
Depois de 18 quilômetros remando durante uma hora e meia, a única paradinha junto à ponte Júlio de Mesquita, para esticar as pernas e recuperar o fôlego.
“O rio é mais pesado do que a raia, mais denso então cansa bem mais”, diz o remador Gustavo Pinheiro.
O descanso dura pouco e as equipes voltam para encarar os últimos quilômetros até chegar embaixo do cebolão, na zona oeste. Foram duas horas de aventura e mau cheiro no mais autentico espírito de remadores. “Foi uma experiência única que eu vou levar pra sempre”, diz uma jovem.
Home > SPTV 1ª Edição > 21/09/2009 > Reportagem
Carcaças são retiradas do Tietê
O poluído rio Tietê foi cenário de um desafio durante a Virada Esportiva, no fim de semana. Dez remadores percorreram 25 quilômetros, da zona leste à zona oeste da capital.
O poluído rio Tietê foi cenário de um desafio durante a Virada Esportiva, no fim de semana. Dez remadores percorreram 25 quilômetros, da zona leste à zona oeste da capital.
Os barcos usados são iguais aos de antigamente, chamados de "iole", do tempo em que o Tietê era limpo, mas os atletas precisaram de equipamento especial, para remar no meio do esgoto.
Foi um dia cinza e frio para remar nas águas sujas do rio Tietê. Por isso os dez atletas se preveniram usando camiseta comprida, luva de borracha, óculos e máscara cirúrgica. Os barcos eram duas ioles de madeira com capacidade para cinco pessoas. “Meu avô remava quando o rio passava dentro do clube Pinheiros e nadava”, conta o fotógrafo Ricardo Rohans.
Praticar regatas era muito comum no início do século passado quando clubes como o Tietê, Espéria e o Pinheiros faziam grandes campeonatos. A partir de 1972, por causa da poluição, as regatas foram transferidas para a Raia Olímpica da USP.
As regatas no Tietê atraiam milhares de pessoas, um acontecimento associado ao vigor e à saúde. Bem diferente de agora. O trajeto de 24 km, começa na barragem da penha, na zona leste e o pique inicial dos atletas é grande - remam a quase 30 por hora.
Ao longo do rio, as equipes vão passando pelo lixo que os paulistanos jogam na rua e acaba sempre no rio. Em meia hora, os remadores estão na altura do Tatuapé. Depois de mais de uma hora de esforço passam pelo mais famoso ponto de observação das antigas regatas, a ponte das Bandeiras na região central. “O rio está morto né? O que a gente sonha que ele venha a ficar vivo”, diz Otoniel da Silva, zelador.
Depois de 18 quilômetros remando durante uma hora e meia, a única paradinha junto à ponte Júlio de Mesquita, para esticar as pernas e recuperar o fôlego.
“O rio é mais pesado do que a raia, mais denso então cansa bem mais”, diz o remador Gustavo Pinheiro.
O descanso dura pouco e as equipes voltam para encarar os últimos quilômetros até chegar embaixo do cebolão, na zona oeste. Foram duas horas de aventura e mau cheiro no mais autentico espírito de remadores. “Foi uma experiência única que eu vou levar pra sempre”, diz uma jovem.
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Carcaças são retiradas do Tietê
O SPTV conta uma ótima notícia para os amantes do rio Tietê: começaram a tirar as carcaças de carro que foram jogadas dentro do rio. O problema foi mostrado durante a expedição do nosso flutuador.VEJA
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