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23 de outubro de 2009

ENGENHEIRO PERNAMBUCANO DESENVOLVE UM PROJETO INÉDITO PARA LEVAR ÁGUA AO SERTÃO


TIRANDO ÁGUA DE PEDRA - As cacimbas construídas nos leitos secos dos rios garantem água quando acabam as chuvas


Projeto leva água ao sertão


"Uma ideia, que pode ser a redenção de uma região tão castigada pela falta de chuvas."

Em Pernambuco, um engenheiro construiu barragens no leito dos riachos que formam cisternas naturais depois do período de chuvas. A ideia devolve o verde para uma região castigada pela seca.

Na região onde o abastecimento para consumo humano ainda se faz em carroças, encontramos água encanada, jorrando nas torneiras, dentro do mato.

Mais de 20 quilômetros de dutos levam a água até os bebedouros dos animais, em plena caatinga.

“Nós estamos no sertão de Pernambuco, em Afogados da Ingazeira, e Artur veio nos mostrar um projeto, que ele iniciou há dez anos e está dando um resultado maravilhoso. Isso aí é um bebedouro?”, pergunta o repórter.

“É um bebedouro, com utilidade geral, pros animais, bovinos, caprinos, abelhas, animais selvagens...”, conta Arthur Padilha, engenheiro.

Estamos seguindo o curso de um riacho. Ele fica a maior parte do ano, completamente seco. Quando chove, a água passa aqui com correnteza. É exatamente no leito do riacho seco, que ficam as barragens.

“Arthur, já são quantas barragens como esta, aqui nessa região?”, pergunta o repórter.

“Só neste trecho são 28 e ainda cabem mais alguns. No total tem mais de 300 em diversas situações”, explica.

“Nós não estamos vendo, mas a água esta aqui embaixo?”, pergunta o repórter.

“A água está guardada aqui, a salvo da evaporação e, portanto, isso aqui é uma cisterna de tampa verde”, afirma.

As barragens são resistentes. Na construção, não é utilizado cimento ou concreto. O segredo está na arrumação das pedras.

“Isso aqui é uma estrutura em arco romano deitado. De tal modo, que cada pedra é uma cunha e o conjunto é uma grande cunha arrumada. Em menos de quatro horas, as pessoas podem ser perfeitamente capacitadas para construir isso com perfeição”, diz.

Com a água extraída das barragens submersas, não falta pasto para o gado. Uma imagem do alto do penhasco, mostra lá embaixo um corredor verde, cortando a vegetação seca da caatinga. É o pasto que surge naturalmente sobre o rio seco, onde a água está represada embaixo da terra.

“Neste ambiente de água subterrânea, existe uma cacimba. E é nela que a gente capta essa água. Ela chega aqui por gravidade. Não tem bomba, não tem catavento, não tem nada”, informa.

Uma ideia, que pode ser a redenção de uma região tão castigada pela falta de chuvas.

Na reportagem, o Chico José mostrou que seu Arthur já construiu mais de 300 cisternas na região. Ao todo elas chegam a guardar quase 52 milhões de litros d´água. Uma ideia para ser seguida em outras regiões do Nordeste.

Quinta-feira, 22/10/2009 JORNAL HOJE - GLOBO.COM
O engenheiro Arthur Padilha construiu barragens no leito dos riachos que formam cisternas naturais depois do período de chuvas. Como resultado, o verde voltou a aparecer na região castigada pela seca.


INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
Divulgando, Promovendo e Valorizando
quem defende as águas brasileiras!
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!

3 comentários:

  1. gostaria obter contato, caso seja possivel enviar para
    email: ito.freitas@uol.com.br

    tenho um fazenda na chapada diamantina tenho muita chuva e nao consigo armazenar agua.

    agradeço

    ito

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  2. Idéias tão simples que demandam um pequeno investimento. Será que os governos tem interesse em levá-las adiante ou será que eles preferem continuar com as obras faraônicas para só assim conseguirem desviar mais verbas? Não digo que todos são assim, mas existe um jogo de interesse enorme por trás da seca crônica no semi-árido nordestino.

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  3. Profª Marluce Almeida - Curitiba - PR25 outubro, 2009 01:18

    E tem mais....
    fazendo essas obras faraônicas, de preços astronômicos eles faturam uma boa grana, enganam muita gente e ainda podem fazer muitas inaugurações para fazer prograganda da candidata do Governo, como fez o Presidente Lula e sua comitiva na semana passada, gastando um bom dinheiro, pago por todos nós.

    Certamente ninguém do Governo, da ANA, da Embrapa, dos Governos de Minas, da Bahia, de Pernambuco, Alagoas e outros estados do semi-árido vai se interessar por um programa como esse do Eng. Arthur Padilha que FUNCIONA E TEM CUSTO MUITO BAIXO.

    Marluce Almeida - Curitiba

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