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26 de janeiro de 2010

PROJETO ÁGUAS DO CERRADO VAI REALIZAR AÇÕES NAS SUB-BACIAS DOS RIOS GRANDE, CORRENTE E CARINHANHA (BA)

"O Cerrado é fundamental para a preservação dos recursos hidrícos. O Cerrado é a caixa d'água do Brasil (Cesar Victor)". Foto: Aymés Buys.

INGÁ seleciona empresas para atuar no Projeto Águas do Cerrado


As ações de recuperação ambiental de áreas degradadas beneficiarão, diretamente, 167 comunidades tradicionais de 23 municípios, em uma população de cerca de 200 mil habitantes, em uma área superior a 12 milhões de hectares. É a Bahia preocupada com seus cursos d' água!



O Instituto de Gestão das Águas e Clima (INGÁ), autarquia da Secretaria do Meio Ambiente do Estado, está selecionando empresas para prestar serviços de engenharia referentes ao “Projeto Oeste: Águas do Cerrado”, que irá realizar as ações de recuperação ambiental das subbacias hidrográficas dos Rios Grande, Corrente e Carinhanha. Conforme edital de licitação, publicado no Diário Oficial do Estado, no último dia 7 de janeiro, a concorrência pública está marcada para acontecer no dia 22 de fevereiro, às 10h, na sala anexa do auditório do órgão, no Itaigara.

Os interessados poderão obter o edital e seus anexos gratuitamente nos sites www.inga.ba.gov.br ou www.comprasnet.ba.gov.br. Mais informações podem ser obtidas através dos telefones 3116 3296 / 3203 ou por fax 3351 1062.

Sobre o Projeto Águas do Cerrado

O projeto visa a recuperação ambiental das bacias hidrográficas do Oeste do Estado da Bahia e promove a integração das comunidades tradicionais nas ações de revitalização dos três afluentes da bacia do Rio São Francisco. As ações de recuperação ambiental de áreas degradadas beneficiarão, diretamente, 167 comunidades tradicionais de 23 municípios, em uma população de cerca de 200 mil habitantes, em uma área superior a 12 milhões de hectares.

Dentre as atividades que serão executadas no projeto, estão a recuperação e proteção de nascentes, revegetação de topos de morro, reservas legais, unidades de conservação e restauração de vegetação em pontos críticos das redes hidrográficas onde haja repercussão sobre quantidade e qualidade dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos na região Oeste do Estado.

O projeto será executado prioritariamente em áreas remanescentes de quilombolas, territórios indígenas, projetos de assentamento rural, áreas com predominância de agricultura familiar, de preservação permanente e com forte ação antrópica (alterada pelo homem), e também onde vivem comunidades tradicionais como gerazeiros e Fundo de Pasto. As comunidades contempladas terão atuação participativa no projeto para definir áreas prioritárias de recuperação e garantir sustentabilidade às intervenções realizadas.

Equipes do INGÁ estão em campo percorrendo os 23 municípios da região para dar prosseguimento ao levantamento socioeconômico e ambiental das comunidades, além de promover diálogos de sensibilização e integração ao projeto. Nesta semana, estarão em todas as pequenas comunidades tradicionais de Formosa do Rio Preto.

O diretor geral do INGÁ, Julio Rocha, destaca a importância do projeto. “A implantação de ações integradas deve promover o uso sustentável dos recursos naturais, a melhoria das condições socioambientais da bacia hidrográfica e o aumento da quantidade da água para usos múltiplos”, ressalta o diretor.

Ele destaca a abrangência geográfica das intervenções como um dos pontos mais importantes do Projeto. “É uma iniciativa inovadora porque pulveriza os benefícios, atingindo toda a margem esquerda da Bacia do São Francisco, com um caráter de recuperação ambiental e um viés social muito forte”, complementa o diretor geral.

Os municípios beneficiados são Angical, Barreiras, Cocos, Canápolis, Coribe, Correntina, Formosa do Rio Preto, Riachão das Neves, Santa Maria da Vitória, Santana, Santa Rita de Cássia, São Desidério, Baianópolis, Catolândia, Tabocas do Brejo Velho, Cotegipe, Cristópolis, Mansidão, Wanderley, São Félix do Coribe, Jaborandi, Barra e Butirama.

Ações

Reflorestamento de nascentes e de matas ciliares, recuperação de áreas degradadas pela erosão e conservação de topo de morro, implantação de barraginhas (tecnologia que capta a água das chuvas, impede erosões e recupera áreas degradadas), e cercamento e contenção de áreas de voçorocas (grandes buracos de erosão causados pela chuva e intempéries) são algumas das intervenções que serão realizadas até setembro de 2010, em um investimento de R$ 19,01 milhões.

Ao todo, serão replantados 844 hectares de vegetação de proteção de nascentes e 1.854 hectares de matas ciliares, e recuperados 260 hectares de áreas degradadas pela erosão. O projeto será responsável ainda pela conservação de 767 hectares de áreas de topo de morro – que são áreas de recarga de nascentes e devem ser protegidos da erosão. Para se ter uma ideia, um campo de futebol possui 1,08 hectares, ou seja, serão recuperados mais de quatro mil campos de futebol de área degradada nas margens dos rios e nascentes.



26/01/2010

Ascom INGÁ

Letícia Belém/Yordan Bosco

(71) 3116-3286/ 3042 /3215 /9966-7345



INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
Divulgando, Promovendo e Valorizando
quem defende as águas brasileiras!
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!

Um comentário:

  1. Por um lado os governos gastam milhões para recompor/preservar matas ciliares, nascentes e ao mesmo tempo, estes mesmos governos autorizam estudos para implantar PCHs nas "mesmas" areas onde serão gastos estes milhões. Qual a lógica nisso????
    Para isto basta abrir o edital do INGÁ e na lista de comunidades beneficiadas, muitas encontram-se dentro das áreas a serem inundadas pelas futuras PCHs a serem autorizadas pela ANA.
    Será a construção destas PCHs o golpe de misericórdia no Velho Chico?? Só no Rio Corrente existem mais de 100, isso mesmo, 100 estudos para implantar PCHs em cascata. O mesmo está acontecendo em TODOS os afluentes da margem esquerda do RSF, na BA e MG.

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