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21 de abril de 2010

OS AMBIENTALISTAS E A 2ª PISTA DA BR 116 NA SERRA DO CAFEZAL


FOTO: Uma das Muitas Nascentes do Caçador/ Iterei - retrata 7 m. dos 7000 metros que se pretende rasgar com pistas divididas. Foto de Léa Corrêa Pinto - Ocasião matéria Expedição Dia Mundial da Agua 2010 reprodução permitida citando a fonte.

Br 116 - Serra do Cafezal  Ambientalistas são  favoráveis a duplicação com pista contígua e oferecem soluções. Ministra diz há necessidade de se retomar a discussão sobre o traçado da segunda pista.

noticia de 19/04/10

Agência Estado e C

Consulta junto a Léa Corrêa Pinto:

Os ambientalistas são favoráveis a duplicação.


Nesta ultima década as entidades ambientais em conjunto com a sociedade civil tem apontado e registrado junto aos órgãos competentes e ao MPF os gravames da rodovia, causadores de acidentes, o que pressionou a intervenção do Ministério
Publico Federal para a recuperação da rodovia. Agora a concessionária, melhorou a recuperação da via, contudo os ambientalistas estão alertos e sempre oferecendo voluntariamente suas observações e recomendações , sempre em caráter público . A duplicação não saiu antes, por que não havia verbas, ou porque o projeto de duplicação e, num segundo tempo o processo de licitação da concessão estavam no TCU . Os ambientalistas contribuíram para acelerar o processo de concessão e tem desde o primeiro instante encaminhado suas recomendações a OHL.


O movimento pela duplicação sustentável da serra, tem colaborado no processo de duplicação com pareceres técnicos e soluções. Os ambientalistas são favoráveis a duplicação contígua ao leito atual, que não secciona as cabeceiras do manancial do Caçador formando uma ilha de mata atlântica. A duplicação contígua é mais segura do ponto de vista geológico e geotécnico, segundo dados do IPT, é de construção mais rápida, econômica e evita maiores custos com desapropriação, e segundo dados atuais da OHL traz menor índice de acidentes do que duplicação em pistas divididas.

A alternativa contígua é viável e perfeitamente exeqüível segundo o engenheiro rodoviário Horácio Ortiz. Por sua vez, os ambientalistas propuseram, para a duplicação da Serra, ineditamente e antes dos IMIGRANTES, a duplicação com alternativa subterrânea de forma racional, apresentando várias configurações - inclusive intercaladas por viadutos - e evitando impactos, conforme concepção oferecida voluntariamente pelo CBT. A propositura permitiria grandes vantagens, foi amparada por toda a sociedade, sindicatos, entidade de classe, inclusive pelos prefeitos locais. Em 1999 a alternativa com túneis longos e viadutos era inédita e supra moderna.

Dentre as muitas vantagens a alternativa trazida ao lume pela intervenção propositiva dos ambientalistas é evitar a neblina, reduzir, as curvas, reduzir as distancias e, portanto os tempos e custos de viagem. Segundo os especialistas do CBT a alternativa subterrânea proposta é adequada e perfeitamente exeqüível, o túnel na Serra do Cafezal, transporia pela montanha do Cafezal – apropriada e propicia -, após o restaurante do Japonês até o pé da serra, segundo Léa Correa Pinto, evitaria dividir a atual pista que se encontra na montanha Cafezal levando-a até a face atlântica das montanhas da Serra São Lourencinho - topo da Serra do Mar - onde estão as cabeceiras da Bacia do Caçador, cortando estas cabeceiras do manancial transversalmente por aproximadamente 7- Sete- km., num trecho - com matas e muitas nascentes - ainda não impactado. Os ambientalistas são a solução do problema e devem ser ouvidos, de fato são favoráveis a duplicação em benefício do bem comum, a curto e em longo prazo.
Duplicação da BR-116 pode demorar mais que previsto
19/04/10 às 16:12 | Agência Estado
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Apesar de a concessionária OHL ter previsto a duplicação dos 30,5 quilômetros até 2013, os 18 quilômetros que correspondem ao meio da Serra não têm prazo para serem iniciados e concluídos. Foi o que disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante a entrega da licença ambiental para dois trechos menores da duplicação, hoje, em Registro (SP). "Não é possível falar em prazo.

Quem estabelece o prazo é o Ibama (Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), mas depende de estudos complexos." Segundo ela, há necessidade de se retomar a discussão sobre o traçado da segunda pista, se ela será no mesmo eixo atual, ou se a nova pista será construída num eixo mais afastado para reduzir o impacto ambiental. Os estudos podem ser prejudicados pela greve dos servidores públicos do setor. "Temos de levar em conta que estamos interferindo num ecossistema extremamente sensível.

As obras precisam ser feitas e esperamos fazer esse licenciamento com rapidez." Ela pediu à superintendência do Ibama em São Paulo que passe a atuar no processo, hoje delegado a Brasília, interagindo com os prefeitos da região. A ministra também anunciou a Licença de Instalação (LI), documento que possibilita o início das obras para dois trechos, o primeiro entre o km 363 e o km 367, região de Juquitiba, e o outro do km 336 ao km 344, região de Miracatu. Eles estão situados nas duas extremidades da serra. A concessionária prevê o início das obras em dois meses, mas isso também depende do cumprimento de algumas condicionantes, como estudo de fauna, coleta de sementes e de amostras de água.

A ministra deixou claro que as máquinas só entram na pista depois de cumpridas as exigências. Ela pediu aos prefeitos que fiscalizem o cumprimento. Também recomendou à concessionária que mantenha no site informações atualizadas sobre o processo. A empresa pretende iniciar as obras pelo bairro Barnabés, em Juquitiba, onde termina a pista dupla.

Na outra ponta, no km 367 está prevista a construção de uma ponte sobre o rio São Lourencinho. A OHL assinou o contrato de concessão para os 402,1 quilômetros da Régis, de São Paulo a Curitiba, em fevereiro de 2008. O prazo é de 25 anos. A empresa já cobra pedágio em seis praças - cinco ficam no lado paulista. A tarifa é de R$ 1,50 por automóvel ou por eixo nos veículos de carga. A rodovia recebe cerca de 110 mil veículos por dia.
Fonte: Léa Corrêa Pinto - NGIterei

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