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23 de setembro de 2010

BACIAS HIDROGRÁFICAS PODERÃO PERDER ATÉ 30% DA CAPACIDADE DE GERAÇÃO DE ENERGIA

Foto: Canabrava - ISA

Mudanças climáticas ameaçam seriamente bacias do Nordeste até 2100, diz Ipea

Estudo aponta que impactos podem motivar perda de confiabilidade no sistema de geração hidrelétrico, com redução de 31,5% a 29,3% da energia firme.

Danilo Oliveira, da Agência CanalEnergia, Meio Ambiente
22/09/2010

Os impactos das mudanças do clima para o Brasil seriam alarmantes em algumas bacias hidrográficas, principalmente na região Nordeste, com uma diminuição brusca das vazões até 2100 e também mais moderadamente na região Norte. A avaliação consta na quarta edição do Boletim Regional, Urbano e Ambiental, divulgada nesta quarta-feira, 22 de setembro, pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). Segundo o estudo, tal diminuição pode gerar uma perda de confiabilidade no sistema de geração hidrelétrico, com redução de 31,5% a 29,3% da energia firme.

No Nordeste, de acordo com as estimativas, o declínio de precipitação afetaria a vazão de rios em importantes bacias da região, como a do Parnaíba e a do Atlântico Leste, com redução de vazões de até 90% entre 2070 e 2100. No Sul e no Sudeste, segundo os estudos, os impactos seriam mínimos ou positivos. No entanto, isso não seria suficiente para compensar as perdas do Norte e do Nordeste.

De acordo com os dados do estudo, seria necessário instalar uma capacidade extra para gerar entre 162 TWh por ano e 153 TWh/ano para manter a confiabilidade do sistema energético. Os valores correspondem, respectivamente, a 25% e 31% da oferta interna de energia elétrica em 2008. A preferência para essa geração é a partir do gás natural, bagaço de cana e energia eólica, a um custo de capital da ordem de US$ 51 bilhões a US$ 48 bilhões, segundo o estudo do Ipea.

O boletim, elaborado por 25 autores, traz doze artigos que abordam aspectos relacionados à economia da mudança do clima; aos impactos em atividades agrícolas; aos aspectos regulatórios; aos principais acordos internacionais; às ações de mitigação; às alternativas limpas de desenvolvimento; e à chamada justiça climática. Assinantes do CanalEnergia Corporativo podem acessar o estudo, que está disponível na seçãoBiblioteca.

Fonte para edição no Rema:

Eng.º Civil Marcos Carnaúba
CREA 3034 D-PE/AL
Tels. 82.8833.9343-9981.6748
e-mail: marcarnauba@gmail.com
Skype: marcarnauba

por João SuassunaÚltima modificação 23/09/2010

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