PÁGINAS ESPECIAIS DO BLOG

31 de outubro de 2011

SÃO PAULO COMPRA EQUIPAMENTOS PARA COMBATER ENCHENTES



Caminhão-bomba tem capacidade de limpar bueiros, reciclar a água e utilizá-la novamente em jato de limpeza
Caminhão-bomba tem capacidade de limpar bueiros, reciclar a água e utilizá-la novamente em jato de limpeza




Kassab apresenta novos equipamentos para combater enchentes




DE SÃO PAULO

O prefeito Gilberto Kassab (PSD) apresentou na manhã desta segunda-feira, no parque do Trote, (zona norte de São Paulo), três equipamentos que prometem prevenir e agilizar a solução de problemas com enchentes na cidade.


Três motos, chamadas de motolinks, têm uma câmera acoplada para fazer gravações em movimento. As imagens ficarão disponíveis para todas as subprefeituras para poder decidir o que será feito para prevenir alagamentos. O outro equipamento é uma bomba móvel que serve para drenar a água.

Também foi apresentado um caminhão-bomba que realizará a limpeza de bueiros e bocas de lobo. Após o serviço, o veículo pode reciclar a água e utilizá-la novamente como jato de limpeza.

Rivaldo Gomes/Folhapress



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30 de outubro de 2011

RESENDE (RJ) TEM PLANO DE CONTINGÊNCIAS A EMERGÊNCIAS PARA PERÍODO DAS CHUVAS


                         A cidade de Resende (RJ) está dizendo não às enchentes 

Defesa Civil em prontidão para atendimentos de emergências


A Prefeitura investiu este ano mais de R$ 60 mil, que foram utilizados na aquisição de um bote destinado à remoção de moradores de áreas de enchentes e ainda em ações no Rio Paraíba do Sul

RESENDE
A Defesa Civil está trabalhando em esquema de prontidão para atender possíveis casos de emergência que possa surgir no município em decorrência da chegada da época das chuvas. No período da estiagem, o órgão realizou uma série de ações preventivas para diminuir os riscos de transtornos no período entre outubro e março, como o levantamento e o monitoramento das áreas críticas, além da execução de obras de infra-estrutura. A Prefeitura adquiriu novos equipamentos para agilizar o atendimento às localidades que forem afetadas pelas chuvas.

Segundo o diretor da Defesa Civil, coronel Marco Antônio Resende, desde ano passado a Prefeitura conta com o Plano de Contingências a Emergências, com o objetivo de coordenar, organizar e facilitar as ações dos órgãos públicos e privados, antes, durante e depois de desastres naturais. "O Plano tem como meta prioritária preparar ações para atuar rapidamente em locais de alagamentos e enchentes, realizando dessa maneira uma assistência imediata às famílias que por ventura ficarem desabrigadas ou desalojadas", informou Resende, acrescentando que por determinação do prefeito José Rechuan (PP), o Plano de Contingências a Emergências reúne diversos setores da Prefeitura para que o trabalho de prevenção e atendimento à população ocorra de forma integrada. "Fazem parte do Plano de Contingências as secretarias de Obras, Saúde, Educação, Assistência Social e Serviços Públicos); além da Agência do Meio Ambiente de Resende (Amar); Superintendência de Transportes e Trânsito do município e Guarda Municipal e outras instituições da Prefeitura", destaca.

Ele também informa que a atuação do Plano de Contingências a Emergência é dividida em três níveis: amarelo (pequena), laranja (grande) e vermelho (ocorrência extraordinária). "Em caso de qualquer problema, estamos com o telefone 199 à disposição 24 horas todos os dias da semana, incluindo sábado, domingo e feriado. Trabalhamos de forma preventiva com o objetivo de evitar problemas, mas todo cuidado é pouco, pois nunca sabemos qual será a intensidade das chuvas", explica o diretor.




Obras preventivas
O diretor da Defesa Civil, Marco Antônio Resende, informou a Prefeitura está realizando várias obras e serviços de infra-estrutura para diminuir os riscos de inundações e alagamentos em áreas do município. Uma nova galeria de águas pluviais entre o Loteamento Mirante das Agulhas e a Cidade Alegria e canalização do córrego do Surubi, que passa próximo ao posto de saúde deste bairro, foram construídas este ano. "Os pontos onde estas obras foram executadas eram considerados locais críticos no período das chuvas", disse Resende, salientando que na época da estiagem foram realizadas a limpeza de rios, serviços de drenagem em vias públicas e a limpeza de bueiros.

Resende também anunciou que nos próximos meses começam as obras de desassoreamento do Rio Sesmarias, que transbordou duas vezes no ano passado devido a temporais ocorridos na cidade paulista de São José do Barreiro. "Está na reta final o processo de licitação para a realização desta obra que estava dependendo da liberação de recursos federais da ordem de R$ 5 milhões. 

O recurso foi obtido em Brasília por meio de uma emenda parlamentar inserida no orçamento da União pelo deputado Glauber Braga (PSB)", explicou o diretor, ressaltando que a Defesa Civil do município tem entre 40 a 50 residências consideradas de risco, a maioria delas situada nos bairros Surubi, Lavapés, Vila Vicentina, Alto dos Passos, Vila Moderna e no distrito de Engenheiro Passos. "A proposta do novo Plano Diretor da cidade, cujo projeto de lei será encaminhado brevemente à Câmara de Vereadores para apreciação e votação, impedirá a construção de imóveis nas áreas próximas aos rios e ribeirões sem a devida autorização dos órgãos competentes da administração municipal", destacou.
Agente Cidadão

Outra ação de prevenção da Defesa Civil contra as chuvas acontece na segunda quinzena de novembro, quando será promovido o curso Agente Cidadão. "Com o curso, os moradores de Resende serão preparados para atuar como voluntários em suas comunidades onde residem. Uma das tarefas dos agentes será orientar as pessoas a não jogar lixo ou entulho nas vias públicas e não realizar construções irregulares", explica Marco Antônio, citando ainda a compra de novos equipamentos para a Defesa Civil. "A Prefeitura investiu este ano mais de R$ 60 mil, que foram utilizados na aquisição de um bote destinado à remoção de moradores de áreas de enchentes e ainda em ações no Rio Paraíba do Sul; materiais de resgate, como cintos, capacetes, cordas, maca e colares cervicais para atendimento a vítimas de acidentes; escada de seis metros de altura; serras para corte de árvores; serra para corte de vergalhões; e rádios transmissores. Até uma Estação Metereológica foi adquiria. O equipamento está instalado no Centro Administrativo para acompanhar, 24 horas por dia, a umidade relativa do ar, temperatura, velocidade e direção do vento", revela. Fonte: A VOZ DA CIDADE


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SOS RIO NEGRO (AM) - VAZAMENTO DE ÓLEO ESTÁ SENDO ANALISADO


Mancha no Rio Negro, em foto tirada em 18 de outubro (Foto: Chico Batata/Agecom)

Ipaam diz que notificará hotel após 



possível vazamento no Rio Negro


Mancha foi fotografada perto do hotel Tropical Manaus.
Tropical diz que hangar próximo ao rio não pertence ao resort.


O Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam) informou nesta sexta-feira (21) que notificará o hotel Tropical Manaus como parte da apuração de um possível vazamento de óleo no Rio Negro.
Uma foto tirada na terça-feira (18) registra uma mancha no rio nas proximidades do hotel (veja acima). A equipe de reportagem do G1 mostrou a foto para o Ipaam e, na tarde de quinta-feira (20), uma equipe de analistas do órgão ambiental percorreu a calha do Rio Negro em uma embarcação. O trajeto foi formado pela área do Tropical Manaus, Porto da Itacal, orla da Ponta Negra, condomínio Jardim das Américas e Área Militar do Exército Brasileiro.
Após a vistoria, técnicos do Ipaam levantaram a hipótese de vazamento de resíduos de óleo provenientes do abastecimento de aeronaves em um hangar existente no trecho fiscalizado.
O Ipaam disse que a notificação a ser entregue ao hotel Tropical é para que um representante se apresente no Instituto, no prazo de 20 dias, com documentos que comprovem a anuência do órgão responsável pela instalação e manutenção do hangar no local fiscalizado.
O hotel também será notificado a não realizar nenhuma manutenção, troca de óleo ou abastecimento de aeronaves no hangar enquanto prosseguem as análises quanto à procedência da mancha de óleo.
A ação de vistoria na quinta aconteceu por volta das 16h30, ocasião em que o vento sobre a água era muito forte, o que associado à velocidade das águas pode ter contribuído para dispersar o óleo registrado na foto. Diante disso, o Ipam diz que pretende fazer uma vistoria pormenorizada e pontual na área do hangar para atribuir responsabilidades.
O que diz o hotel
Neste sábado (22), o hotel Tropical informou que o hangar não pertence ao resort e que também ainda não foi notificado pelo Ipaam, e desconhece o vazamento de óleo que causou a mancha no Rio Negro.
O que diz o CMAO Comando Militar da Amazônia (CMA) informou por meio de nota que o vazamento de óleo não foi originado pela Organização Militar do Exército (OME) ou pelo Centro de Embarcações do Comando Militar da Amazônia (CECMA).
Segundo a nota, na ocorrência de um acidente ambiental de tal natureza, provocado por uma OME, serão acionados o Corpo de Bombeiros do Estado e a Petrobrás para auxiliarem na contenção do vazamento e na despoluição das águas. Segundo o CMA, a unidade militar apresentada na foto está finalizando um projeto para posterior instalação de cercamento do porto com bóias de contenção.
Na análise do Comando Militar da Amazônia, a fotografia mostra que a mancha não se restringe ao complexo portuário do CECMA e que é possível verificar que a área afetada se estende para leste, onde se encontram vários portos e embarcações de empresas ligadas à atividade de transporte fluvial.
Crime ambiental
As penalidades para crimes ambientais dessa natureza são aplicação de multas e termos de embargos, baseados na Lei de Crimes Ambientas e no decreto federal 6.514/08. As multas podem variar de R$ 5 mil a R$ 50 milhões, conforme a gravidade, dimensão e/ou reincidência do sinistro, bem como as medidas imediatas tomadas pelo infrator para estancar e minimizar os danos ambientais.
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OBRA DO MARACANÃ GASTARÁ R$ 1 BILHÃO, MAS SERÁ OBSOLETO EM ENERGIA


Crédito: Genilson Araújo / Agência O Globo
Obra do Estádio do Maracanã 


1992- Artigos & Debates na RIO+20
Aliança RECOs
Redes de Cooperação Comunitária Sem Fronteiras
"...E quem disse que o custo de instalação de um projeto como esse só seria possível com recursos públicos? Se houvesse vontade política para promover inovação tecnológica no setor energético usando o novo Maracanã como garoto-propaganda, seria perfeitamente possível sondar o interesse de grandes empresas com know-how em energia solar que aceitassem instalar os equipamentos fotovoltaicos a custo zero, sem ônus para o governo. E o que essa empresa ganharia em troca? O direito de explorar a imagem do Maracanã como “estádio solar” graças à tecnologia oferecida pela empresa..."
Este artigo foi publicado no jornal O Globo, 27/10/11
Novo Maracanã já nasce velho
Por André Trigueiro
O projeto do novo Maracanã confirma a exclusão de um item absolutamente importante para que qualquer projeto de engenharia do gênero possa ser chamado de “moderno e sustentável”. Apesar do variado cardápio de estádios de futebol espalhados pelo mundo com aproveitamento energético do sol, a caríssima obra de reconstrução do Maracanã – quase 1 bilhão de reais – ignorou essa possibilidade.
Estranho que isso tenha acontecido num país onde o sol brilha em média 280 dias por ano. Ainda mais estranho que isso tenha acontecido na cidade que sediou a Rio-92, que vai sediar a Rio+20, e que está situada na mesma faixa de exposição solar que Sidney, na Austrália, que se notabilizou por realizar os primeiros Jogos Verdes da História, inteiramente abastecidos de energia solar.
Cobri como jornalista os Jogos de Sidney em 2000 e lembro-me das imensas estruturas com placas fotovoltaicas que captavam energia solar para iluminar as competições no estádio olímpico, no Superdome e em todas as instalações esportivas. A Vila Olímpica com 665 casas se transformou no maior bairro dotado de energia solar do planeta. O porta-voz do Comitê Olímpico Internacional, o australiano Michael Bland, justificou assim os investimentos em energia solar: “Queremos fazer com que a energia solar se torne popular em todos os países. É ridículo que, na Austrália, todas as casas não usem um captador de energia solar. Temos os telhados, temos o sol, e os desperdiçamos. É um jeito estúpido de levar a vida”.
Que estupidez a nossa desperdiçar a imensa área das marquises do novo Maracanã – quase 29 mil metros quadrados – que poderiam abrigar um vistoso conjunto de placas fotovoltaicas capazes de gerar energia elétrica para até 3.000 domicílios. O custo varia de dez a vinte milhões de reais, dependendo da tecnologia empregada. Alguém poderá dizer: “É caro demais! Não vale a pena”. Mas será que a forma usual de comprar energia está valendo a pena?
Vivemos num país onde, segundo o IBGE, a tarifa de energia elétrica subiu mais do que o dobro da inflação oficial nos últimos 15 anos. A opção pelo solar – embora mais cara – oferece como vantagem a amortização do investimento em alguns poucos anos.
Alguém poderá dizer que a nova marquise – mais leve – poderia não suportar as tradicionais placas fotovoltaicas. Pois que se pensasse numa estrutura compatível. O que está em jogo é a possibilidade de tornar o estádio útil mesmo em dias que não aconteçam partidas de futebol. O Maracanã poderia ser uma usina de energia – ainda que com potência modesta – que além do benefício direto de gerar eletricidade, funcionaria também como elemento indutor de mais pesquisas e investimentos em energia solar no Brasil.
E quem disse que o custo de instalação de um projeto como esse só seria possível com recursos públicos? Se houvesse vontade política para promover inovação tecnológica no setor energético usando o novo Maracanã como garoto-propaganda, seria perfeitamente possível sondar o interesse de grandes empresas com know-how em energia solar que aceitassem instalar os equipamentos fotovoltaicos a custo zero, sem ônus para o governo. E o que essa empresa ganharia em troca? O direito de explorar a imagem do Maracanã como “estádio solar” graças à tecnologia oferecida pela empresa.
Alguém duvida que a imagem aérea do estádio tanto na Copa de 2014 quanto nas Olimpíadas de 2016 alcançará bilhões de telespectadores pelo mundo? É mídia espontânea, super-exposição positiva de imagem, e tudo aquilo que um bom negociador não levaria mais do que alguns minutos para convencer o investidor a botar a mão no bolso e bancar a ideia.
Com recursos públicos ou privados, o certo era fazer. Não basta instalar alguns coletores solares para aquecer a água do banho usadas pelos atletas nos vestiários. É pouco. Se os responsáveis pelo projeto do Maracanã marcaram um gol contra desprezando o sol, os estádios de Pituaçu, em Salvador, e Mineirão, em Belo Horizonte, terão a energia solar como aliada para a produção de energia elétrica. Acorda Rio! Maracanã sem energia solar é como o Rio sem praia. Infelizmente os cariocas continuarão usando o sol apenas para se bronzear.Símbolo da sustentabilidade por suas belezas naturais e por sediar grande conferências ambientais da ONU, o Rio de Janeiro continua com um Maracanã aquém do que merece.
"Existem dois infinitos: o do universo e o da ignorância humana; do primeiro tenho dúvidas, do segundo, certeza". Albert Einstein

ENVIADO PELA COLABORADORA PROFª AMYRA EL KHALILI - ALIANÇA RECOs


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1º ENCONTRO MUNDIAL DE BLOGUEIROS APROVOU A CARTA DE FOZ DO IGUAÇU (PR)



Blogueiros de 23 países aprovam Carta de Foz do Iguaçu
http://www.ihu.unisinos.br/templates/interna/images/pontilhado_news.jpg

O 1º Encontro Mundial de Blogueiros, realizado em Foz do Iguaçu (Paraná, Brasil), nos dias 27, 28 e 29 de outubro, confirmou a força crescente das chamadas novas mídias, com seus sítios, blogs e redes sociais. Com a presença de 468 ativistas digitais, jornalistas, acadêmicos e estudantes, de 23 países e 17 estados brasileiros, o evento serviu como uma rica troca de experiências e evidenciou que as novas mídias podem ser um instrumento essencial para o fortalecimento e aperfeiçoamento da democracia.

A notícia é de
 Carta Maior, 29-10-2011.

Como principais consensos do encontro – que buscou pontos de unidade, mas preservando e valorizando a diversidade –, os participantes reafirmaram como prioridades:

- A luta pela liberdade de expressão, que não se confunde com a liberdade propalada pelos monopólios midiáticos, que castram a pluralidade informativa. O direito humano à comunicação é hoje uma questão estratégica;

- A luta contra qualquer tipo de censura ou perseguição política dos poderes públicos e das corporações do setor. Neste sentido, os participantes condenam o processo de judicialização da censura e se solidarizam com os atingidos. Na atualidade, o
 WikiLeaksé um caso exemplar da perseguição imposta pelo governo dos EUA e pelas corporações financeiras e empresariais;

- A luta por novos marcos regulatórios da comunicação, que incentivem os meios públicos e comunitários; impulsionem a diversidade e os veículos alternativos; coíbam os monopólios, a propriedade cruzada e o uso indevido de concessões públicas; e garantam o acesso da sociedade à comunicação democrática e plural. Com estes mesmos objetivos, os Estados nacionais devem ter o papel indutor com suas políticas públicas.

- A luta pelo acesso universal à banda larga de qualidade. A internet é estratégica para o desenvolvimento econômico, para enfrentar os problemas sociais e para a democratização da informação. O Estado deve garantir a universalização deste direito. A internet não pode ficar ao sabor dos monopólios privados.

- A luta contra qualquer tentativa de cerceamento e censura na internet. Pela neutralidade na rede e pelo incentivo aos telecentros e outras mecanismos de inclusão digital. Pelo desenvolvimento independente de tecnologias de informação e incentivo ao software livre. Contra qualquer restrição no acesso à internet, como os impostos hoje pelos EUA no seu processo de bloqueio à Cuba.

Com o objetivo de aprofundar estas reflexões, reforçar o intercâmbio de experiências e fortalecer as novas mídias sociais, os participantes também aprovaram a realização do
 II Encontro Mundial de Blogueiros
, em novembro de 2012, na cidade de Foz do Iguaçu. Para isso, foi constituída uma comissão internacional para enraizar ainda mais este movimento, preservando sua diversidade, e para organizar o próximo encontro.
Fonte: INSTITUTO HUMANITAS UNISINOS

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29 de outubro de 2011

PARQUE VÁRZEAS DO RIO TIETÊ ESTARÁ PRONTO EM 2014

Vista futura do parque na região de Biritiba-Mirim (crédito: Ruy Ohtake Arquitetos)

São Paulo terá novo parque às margens do Rio Tietê

Projeto prevê 70 km de áreas verdes no extremo leste da cidade. Parte da obra estará pronta em 2014


atualizado em 24/10/2011 
Projeto do arquiteto Ruy Ohtake prevê parque linear com 75 km ao longo do mais simbólico rio paulista. Ciclovia com 140 km e 33 núcleos compõem a obra, que deve ficar pronta até 2016, mas já servirá os turistas que forem a São Paulo para a Copa de 2014
O arquiteto Ruy Ohtake assina o novo projeto do Parque Várzeas do Tietê, envolvendo os municípios de Salesópolis, Biritiba-Mirim, Mogi Cruzes, Suzano, Poá, Itaquaquecetuba e Guarulhos, além dos bairros de São Miguel Paulista e Penha, na zona leste de São Paulo. A fração já executada do projeto está no extremo leste da capital, exatamente entre o aeroporto de Cumbica e a futura Arena Corinthians, em Itaquera.

O trabalho envolve os cerca de 75 km do rio (veja mapa) entre sua nascente e a barragem da Penha, ainda repletos de sinuosidades e lagoas, tal como era o Tietê até 1940 antes de sua retificação. Ohtake explica que o projeto tem uma característica mais urbana na região metropolitana  porque a cidade roubou quase 70% da várzea.

O projeto procura recuperar ao rio nas áreas ocupadas por moradores de baixa renda, hoje vivendo sob risco de inundações. "Algumas casas estão literalmente dentro do rio, como palafitas", explica Ohtake.  Além de equacionar o problema de moradia, por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), o plano prevê a instalação de uma série de equipamentos sociais e de lazer para essas populações, como parques infantis, quadras esportivas e equipamentos para ginástica.

São assim os núcleos Jardim Helena, Itaim Biacica, Jardim Any Jaci, que tiveram suas obras contradas agora no mês de agosto de 2011, com financiamento de 330 milhões de dólares do BID. Esta fase do projeto deverá ficar pronta até 2012, e o restante da obra, até Salesópolis, em 2016, prevê o arquiteto.

Ciclovia: 140 km
O ponto mais visível do Parque Várzeas do Tietê é o núcleo Vila Jacuí, implantado a partir de 2009 às margens da rodovia Airton Senna, junto à conexão com a av. Jacu-Pêssego. Ali, todos os dias, é possível ver o parque intensamente utilizado pela população local e utilizar parte da ciclovia de 140 km que será construída em torno do Tietê. Ruy Ohtake explica que a partir de Itaquaquecetuba as margens do rio ganham contornos naturais encantadores, com grande apelo para o turismo ecológico.

O plano prevê uma ciclovia que acompanha toda a margem do rio até a nascente, em Salesópolis, e retorne, pela outra margem, a São Paulo. Nesse trajeto, 33 núcleos serão implantados, permitindo que os viajantes vivenciem as mudanças da paisagem, a cultura das cidades e até mesmo o aumento da poluição do Tietê em seu trajeto até a capital paulista.

Paisagismo e Poluição
O Várzeas do Tietê procura recuperar a vegetação original com paisagismo do arquiteto Olayr de Camillo, que procurou inspirar-se nos desenhos de Roberto Burle Marx, autor do projeto original de 1974. As diferenças, explica Ohtake, se devem às mudanças no entorno do rio ao longo de três décadas, em função da ocupação ilegal, construção de rodovias e maior urbanização. "Onde tem mata nativa não haverá paisagismo. Vamos fazer intervenções de paisasismo apenas nas áreas ocupadas, hoje mais degradadas", explica Ruy Ohtake.

O arquiteto paulista espera que o projeto do parque estimule as prefeituras, governo do estado e também os moradores da região a lutar para reduzir a poluição das águas do rio Tietê, hoje ainda sobrecarregadas com esgotos domésticos. "O projeto é uma aposta, para chamar a atenção para o rio e para a beleza que ele tem", completa Ohtake.

Para recuperar o rio
Telúrica é a relação que Ruy Ohtake mantém com a cidade de São Paulo. O adjetivo foi sugerido pelo próprio arquiteto para explicar sua forte ligação com a terra, as montanhas e os rios da cidade. Nos anos 1970, preocupado com a rápida deterioração das margens do rio Tietê, Ohtake procurou o governador Paulo Egídio Martins e propôs um projeto de parques lineares ao longo da várzea do rio.

Na época, as avenidas marginais tinham apenas duas pistas em cada margem e os clubes localizados em seu entorno ainda mantinham cais para a prática do remo. Desta proposta original, apenas duas áreas foram contempladas, uma a leste, o Parque do Tietê; e outra no extremo oeste da Região Metropolitana, na Ilha do Tamboré. E toda a orla do rio foi rapidamente ocupada por edificações e pela expansão gradativa das avenidas Marginais.

Trinta anos depois, foi a vez do governo do estado de São Paulo procurar Ruy Ohtake para pedir-lhe uma proposta de parques para a região do Tietê. Nasceu assim o projeto Parques Várzeas do Tietê.


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VETADA A CONSTRUÇÃO DA HIDRELÉTRICA DO RIO ARAGUAIA



Ibama veta hidrelétrica do Araguaia
20/10/2011
Órgão nega pedido de licenciamento e sepulta tentativa de construção de represa por "invalidade ambiental"

A Diretoria de Licenciamento Ambiental do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apro-vou parecer da Coordenação de Usinas Hidrelétricas e Transposições que nega licenciamento para uma usina no Rio Araguaia. A UHE de Couto Magalhães estava em estudos para ser feita na cachoeira do mesmo nome, na região do Alto Araguaia.

O extenso parecer de 153 páginas discorre sobre todos os aspectos do Estudo de Impacto Ambiental e, ao final, conclui que o empreendimento “não a-tende aos requisitos de viabilidade ambiental“. Outros aspectos constantes do EIA também foram analisados pelos técnicos do Ibama e considerados conclusivos no sentido de que o passivo ambiental provocado pela construção da usina seria de grandes proporções e sem sentido insistir nesse projeto.

“A decisão da Diretoria de Licenciamento Ambiental do Ibama sepulta a continuidade do projeto nos moldes que os empreendedores pretendiam para construir essa usina hidre-létrica”, comentou o superintendente do Ibama em Goiás, Luciano de Menezes Evaristo. Ele comentou que o estudo técnico desenvolvido para embasar a decisão é sério e feito dentro de critérios científicos sólidos.

Por ser o órgão licenciador para esse tipo de empreendimento – bem público federal – o Ibama dá a última palavra para a questão, explica Luciano Evaristo. “O EIA demonstrou para os técnicos da Diretoria de Licenciamento que a construção dessa usina no Rio Araguaia é tecnicamente inviável por provocar agressões, à fauna e à flora, irrecuperáveis”, frisa.

Para o superintendente Luciano, a Usina Hidrelétrica de Couto Magalhães seria de grande porte e os impactos que ela provocaria são manifestamente danosos para ser liberada. Ele lembra que o Ibama não se destina a referendar situações em que o meio ambiente esteja sob ameaça de agressão ou condições de degradação que exijam sua presença.

De posse do relatório, o superintendente comenta que se ainda persistir alguma intenção dos empreendedores de fazer algum aproveitamento hidrelétrico no Rio Araguaia, o projeto dever ser retomado do marco zero e refeito todo o planejamento, pois a tentativa de construir uma usina hidrelétrica na Cachoeira de Couto Magalhães foi definitivamente neutralizada.

Ecologistas comemoram “vitória da preservação”

O professor Maurício Tovar comemorou a negação do Ibama à construção da UHE Couto Magalhães como sendo uma vitória de todo o movimento preservacionista em Goiás. “O impacto na fauna aquática e terrestre e na flora seriam muito danosos, e todos os estudos sérios apontavam issto.”

Tovar lembra que o impacto na formação geológica da bacia do Rio Araguaia também é uma situação que necessita estudos muito mais profundos que os envolvidos em tentativas de construir às margens do grande rio se negam a patrocinar. Para ele, a estrutura geológica não é suficientemente conhecida da ciência, e que isso é um impeditivo natural para a continuidade de projetos de grande impacto como esse.

“Haveria impactos muito grandes, como mexer com a vegetação de bordo e de fundo, além das espécies animais que habitam as margens e que necessitam desses ecossistemas para viver, sem falar na contaminação de todo o ecossistema em um efeito dominó que colocaria em risco grande parte da bacia hidrográfica por quebrar elos da hidrografia e da cadeia alimentar”, explicou.

Para Maurício Tovar a providência do Ibama de sepultar a ideia de construir uma usina hidrelétrica no Rio Araguaia dará fôlego renovado aos ambientalistas para combater outras iniciativas de degradação do meio ambiente. “Estamos vivendo uma era de resgate do que já foi feito de agressão ao meio ambiente e recomposição do passivo ambiental. Isso deve ser prioridade máxima para todos os governos como forma de garantir qualidade de vida às sociedades futuras”, finalizou.

Fonte: Hélmiton Prateado, Diário da Manhã, quinta-feira, 20 de outubro de 2011



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