PÁGINAS ESPECIAIS DO BLOG

31 de dezembro de 2008

POSTAGEM N° 1000 - "FELIZ ANO NOVO SALVANDO OS RIOS DO BRASIL"


AMIGOS E COMPANHEIROS,


Completamos neste 31/DEZ a milésima postagem do Blog SOS Rios do Brasil e 65.325 visitantes desde 01/JUN/2008.


Com sua ajuda, seu apoio, seu incentivo, sugestões e visitas diárias, pudemos "FAZER A NOSSA PARTE" em defesa dos cursos d' água de superfície e subterrâneas de nosso Brasil.


Segundo as estatísticas do "Google Docs", as 65.325 visitas que geraram 93.887 pagesviews foram originadas de 80 diferentes países, com uma média de aproximadamente 300 visitas/dia.

Considerando que, a nossa divulgação é exclusivamente no boca-a-boca entre os participantes dos fóruns e grupos de debates ambientais, e que o Blog trata apenas de recursos hídricos, num país em que o assunto "meio ambiente" é de interesse de uma pequena parcela do público, o retorno foi muito bom.

Com sua ajuda, vamos melhorar muito no ano de 2009, que se inicia!

Agradecendo a todos que participam, apoiam e incentivam nosso trabalho, desejamos um ANO NOVO muito feliz, repleto de realizações e sucesso, com muitas vitórias e alegria!

Que em 2009 possamos todos FAZER A NOSSA PARTE, com muita dedicação e empenho para que os nossos rios, ribeirões, córregos, mananciais, lagos e águas subterrâneas sejam cada vez mais valorizados, recuperados, protegidos e preservados.

QUE 2009 SEJA MUITO FELIZ, COM MAIOR SAÚDE AMBIENTAL E MELHOR QUALIDADE DE VIDA PARA TODOS OS BRASILEIROS !

Equipe SOSRiosBr

ÁGUA - QUEM USA, CUIDA !
POSTAGEM Nº 1000

INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
Divulgando, Promovendo e Valorizando
quem defende as águas brasileiras!
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!

NOVOS PREFEITOS - PARABÉNS : "DIGA NÃO ÀS ENCHENTES" E EVITE TRAGÉDIAS




NÃO PERMITA QUE AS TRAGÉDIAS SE REPITAM EM SUA CIDADE

Caro (a) Prefeito (a) eleito,
Felicitando-o (a) pela posse, por sua eleição ou reeleição como Chefe desse Executivo Municipal, queremos parabenizá-lo (a) pela confiança depositada pela população de sua comunidade.

No início de sua administração, que certamente será bem movimentada e com metas e planos urgentes a cumprir, o Instituto SOS Rios do Brasil deseja alertá-lo (a) e convidá-lo (a) a tomar parte da importante Campanha "DIGA NÃO ÀS ENCHENTES" que está envolvendo muitos municípios brasileiros, com apoio de muitas ONGs, da mídia em geral, do importante Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronômia (CONFEA) que recomendou-a aos CREAs de cada região, da UFRJ, do Blog da GISELE BUNDCHEN, Portal do Meio Ambiente, entre outros.

Sugerimos entre as primeiras medidas importantes de sua Administração Municipal, frente as intensas chuvas deste verão que, com a sua Defesa Civil, Secretarias e Diretorias de Serviços Públicos, Obras, Saneamento, Meio Ambiente, com apoio de ONGs locais, Grupos Comunitários, Conselhos Municipais, Imprensa e população em geral, organize "UM GRANDE MUTIRÃO PARA LIMPEZA DE BUEIROS, RIOS E CÓRREGOS DO SEU MUNICÍPIO".

Que sejam recolhidos também lixo, pneus usados, embalagens PET, plásticos em geral, móveis e utensílios inservíveis em terrenos baldios próximos a cursos d' água para evitar que as enxurradas possam arrastá-los, entupindo bueiros, assoreando os rios e córregos, impedindo o livre curso das águas, gerando perigosas enchentes e inundações.

Equipes da Defesa Civil devem vistoriar urgente as ocupações irregulares e tomar as providências cabíveis. Os números de pessoas desabrigadas, desalojadas e lamentáveis casos de mortes já é bastante grande nesse verão, em diversos Estados brasileiros, com dezenas de municípios tendo decretado "Estado de Emergência".

NÃO PERMITA QUE AS TRAGÉDIAS SE REPITAM EM SUA CIDADE, MARCANDO NEGATIVAMNETE O INÍCIO DE SUA ADMINISTRAÇÃO, QUE SERÁ CERTAMENTE DE MUITO SUCESSO E PROGRESSO!

SR (SRª) PREFEITO (A):
"DIGA NÃO ÀS ENCHENTES" - EVITE PREJUÍZOS E MORTES!
"CAMPANHA DO INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL"

SAIBA MAIS:
Cuidados durante as enchentes


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CUIDADO COM AS PRAIAS DO LITORAL PAULISTA


Praia de Paúba (prox. Maresias), São Sebastião - SP, sempre com excelente qualidade da água do mar

Qualidade da água das praias do litoral paulista é a pior desde 1996

Com a intensificação das chuvas no litoral do Estado de São Paulo, a qualidade da água do mar piorou, atingindo o pior índice desde 1996, segundo revela reportagem de José Ernesto Credencio e Ricardo Sangiovanni, publicada neste domingo na Folha.

De acordo com a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo), dos 155 pontos pesquisados em 136 praias, apenas 39 não haviam recebido bandeira vermelha nenhuma vez. Em 2008, foram 38%, e em 1996, 19%.

A praia de Maresias, em S. Sebastião - SP, apresenta excelente qualidade de suas águas.

De acordo com a reportagem, o órgão informou que a má qualidade da água é um reflexo do excesso das chuvas --que leva poluentes ao mar-- e da falta de saneamento.

Quem toma banho de mar que apresenta água imprópria pode sofrer alergias, micoses e doenças do aparelho digestivo.

O índice é preocupante, sobretudo porque as praias do litoral paulista devem receber grande parte dos turistas que não puderam viajar para o exterior, devido à alta do dólar, e que desistiram de ir para o litoral de Santa Catarina --Estado que já registrou 131 mortes provocadas pelas chuvas. Fontes: http://www.alemtemporeal.com.br/ /www.tratamentodeagua.com.br/

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AS BOAS ÁGUAS DE BRASILIA - CHEGA A 10 MIL EMBARCAÇÕES REGISTRADAS

A cidade das fotos abaixo é, sim, Brasília. Foto noturna ressaltando a beleza das águas do Lago Paranoá


São mais de 10 mil embarcações registradas na Delegacia Fluvial do Distrito Federal

Para quem acompanha apenas o noticiário político e meteorológico, a capital federal restringe-se ao quadrilátero da Praça dos Três Poderes, com parlamentares e ministros engravatados, magistrados togados e multidões de funcionários públicos, além do clima seco, que esturrica a região central do país durante seis meses seguidos.

Nos últimos anos, porém, os próprios habitantes de Brasília estão descobrindo uma outra face da capital – o Paranoá, lago que abraça a cidade de norte a sul, tem águas límpidas e está-se tornando um epicentro de lazer e esportes, capaz de rivalizar com pontos badalados do litoral brasileiro.
OS ESPORTES AQUÁTICOS
Com uma freqüência cada vez maior, a paisagem do Paranoá nos fins de semana é marcada por
lanchas, jet skis e barcos, além de esportistas praticando remo, vela, fazendo curso de
mergulho ou uma variação do surfe para águas sem ondas, o kitesurf, que mistura prancha
com pára-quedas.

São mais de 10.000 embarcações registradas na Delegacia Fluvial do Distrito Federal, o que já confere a Brasília o título de dona da terceira maior frota de embarcações do país, atrás do Rio de Janeiro e de São Paulo, Estados com uma ampla costa oceânica. Calcula-se que nos fins de semana quase 1.000 embarcações se lancem ao Paranoá. (....)

A fora o lazer puro e simples, a prática de esportes também vem aumentando consideravelmente.

De dois anos para cá, o número de atividades competitivas triplicou.
"Não há semana sem uma regata ou disputa de remo", afirma Paulino de Paula
Junior, da Delegacia Fluvial do DF.

Os atletas amadores preferem utilizar o lago para natação ou um jogo de pólo aquático. É clima de praia no cerrado (...)
QUALIDADE DAS ÁGUAS
Hoje, o Paranoá tem taxa de balneabilidade superior a 93%, o que é considerado uma marca excepcional. Em alguns pontos, a água é tão cristalina que faz lembrar até – sem um pingo de
exagero – as paradisíacas praias de Angra dos Reis."


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MINISTRO MINC ANUNCIA RECUPERAÇÃO AMBIENTAL DO CANAL DO FUNDÃO

Casa flutuante construída com material reciclavel em pleno Canal do Cunha

Minc anuncia projeto de recuperação ambiental do Canal do Fundão

Da Agência Brasil - 22/12/08


Rio de Janeiro - O projeto de recuperação ambiental do Canal do Fundão, no Rio de Janeiro, foi anunciado nesta segunda-feira (22) pelo ministro no Meio Ambiente, Carlos Minc. Também foi anunciada a empresa responsável pela obra de dragagem do canal com reforço estrutural das pontes, urbanismo e saneamento. As obras devem começar em janeiro de 2009.

O projeto de desassoreamento dos seis quilômetros e meio do canal, que contém grande quantidade de metais pesados como bário, chumbo, lítio e mercúrio, consiste em um complicado processo de retirada do lodo com os metais, a colocação de bolsões chamados de geobags na Ilha do Fundão, e depois a reposição desse lodo. Para cobrir os geobags submersos, que guardarão esses metais pesados, será colocada uma capa de argila.

O ministro Carlos Minc lembrou que o projeto já existe há 15 anos e a demora para a realização da obra foi devido ao alto custo e as exigências de segurança para evitar danos ambientais.

“A solução de jogar [o lodo] no mar era cara e ambientalmente discutível, e a solução de jogar no aterro de Nova Iguaçu, além de ser muito mais cara - imagina 120 mil caminhões com lodo saindo da Ilha do Fundão em direção a Nova Iguaçu. Então o impasse que a gente conseguiu resolver foi encontrar lá mesmo [no Fundão] uma solução cara, mas 100% segura. É 100% segura porque senão a UFRJ não aceitaria”, explicou Minc.

O projeto será realizado em parceira com a Secretaria do Ambiente, a Petrobras e a Universidade Federal do Rio de Janeiro.

A Petrobras financiará a obra de recuperação do canal, ao custo de R$ 185 milhões. A obra deve durar dois anos.

O Fundo Estadual de Educação Ambiental investirá R$ 30 milhões em projetos de educação ambiental no Complexo da Maré.


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OS RIOS DO RIO DE JANEIRO ESTÃO CONDENADOS?

Lagoa da Tijuca - Rio de Janeiro

Degradação

O Globo - 29/12

"Quando analisada a área compreendida entre os municípios do Rio de Janeiro e Duque de Caxias, que representa uma das áreas mais impactadas da Baía de Guanabara, observa-se que há décadas sua bacia hidrográfica foi convertida oficialmente num conjunto de enormes valões de esgoto.

O que se pode indicar como um dos possíveis caminhos para reverter esse caos que só faz crescer?

A sugestão é baseada nos dados do tratamento das Unidades de Tratamento de Rios (UTRs), que são estações instaladas na calha dos rios transformando esgoto puro em água, com reduções de 99,9% de coliformes fecais e 98% de fosfato, entre outras melhorias excepcionais.

Destaca-se que as UTRs não podem ser encaradas como uma solução única e milagrosa para todo o passivo ambiental existente", artigo de Mario Moscatelli - O Globo, 29/12, Opinião, p.7.


Alternativa

"Essa solução das UTRs não tem embasamento científico e tecnológico, pois elimina o que restou de vida ao rio, ao invés de recuperá-la."

É indicado, outrossim, que seja criado nas ocupações irregulares com comunidades carentes um programa de coleta seletiva e reciclagem do lixo, protegendo o solo e os rios e gerando renda para essas comunidades, que, com investimentos adequados em educação ambiental, também podem vir a proteger os rios, ao invés de degradá-los.

Deve-se investir também em reflorestamento (priorizando as Faixas Marginais de Proteção - FMPs - e nascentes dos rios) e controle ambiental e de uso e ocupação do solo adequados, visando à garantia da sustentabilidade ambiental da bacia hidrográfica como um todo, havendo a conseqüente recuperação permanente da qualidade da água", artigo de Adacto Benedicto Ottoni - O Globo, 29/12, Opinião, p.7.

VEJA MAIS FOTOS SOBRE A DEGRADAÇÃO DOS RIOS DO RJ - CLIQUE AQUI

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PESQUISADORES CRIARAM TECIDO QUE NÃO MOLHA


Cientistas criam material que não molha nunca

Folha Online - 31/12/08

Imagine uma roupa que se lava sozinha. Ou a capa de chuva que não deixa entrar nem uma gotinha. Ou a camisa branca imune a manchas de vinho tinto. Feitos com um material que resiste não só à água, mas também não admite ser manchado com óleo ou com gasolina. Pois os primeiros protótipos deste tipo de material já foram produzidos nos EUA e na Europa.

Os pesquisadores conseguiram um feito raro, melhorar o que existe na natureza. Há folhas de plantas com superfícies hidrofóbicas, isto é, repelem a água, que em vez de penetrá-las forma gotas na sua superfície. As penas das aves também têm essa propriedade - mas podem ser maculadas por óleo, como os derramamentos de petróleo demonstram tristemente.

A equipe de Robert Cohen, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, EUA, criou superfícies igualmente hidrofóbicas e oleofóbicas. As propriedades "anti-sociais" do material são tão fortes que os pesquisadores criaram uma nova palavra para descrevê-lo: "omnifóbico", o que repele tudo.

Uma das maneiras de obter a propriedade envolveu produzir uma textura microscópica na superfície capaz de repelir o líquido em contato graças a minúsculos bolsões de ar. A textura tem estruturas que lembram a forma de um cogumelo.

O conceito essencial é o de "tensão superficial", o efeito que faz a superfície de um líquido se comportar como uma membrana elástica. Ela é causada pela atração entre as moléculas no interior do líquido. Os líquidos procuram adotar uma forma que minimize a superfície, o que explica por que as gotas tendem a ser esferas (a forma com a menor relação entre superfície e volume).

A água tem uma tensão superficial alta, o que explica sua facilidade em formar gotas sobre uma superfície hidrofóbica. Já os óleos têm tensão baixa, por isso tendem a formar poças rasas e a penetrar tecidos.

Além da superfície com a forma correta, Cohen e colegas também usaram uma camada de um composto químico hidrofóbico, o fluorodecil-POSS, para criar um material verdadeiramente omnifóbico, como descreveram em artigo publicado no periódico "PNAS". O efeito pôde ser observado até em uma pena de pato, que passou a repelir óleo depois de mergulhada no composto.

"Os efeitos sinergéticos da textura reentrante da pena de pato e a pequena energia de superfície das moléculas de fluorodecil-POSS permitem à pena repelir facilmente diversos tipos de líquidos", diz Anish Tuteja, primeiro autor do estudo.

Já a equipe de Stefan Seeger, da Universidade de Zurique, Suíça, conseguiu um tecido com propriedades super-hidrofóbicas ao revestir fibras de poliéster com microscópicos filamentos de silicone.

O tecido impede a entrada de água, que se mantém na forma de gotas esféricas, mantendo o mínimo contato com a superfície. Segundo Seeger, é também a combinação da estrutura microscópica com a camada química que produz o efeito.

Mesmo debaixo d'água o tecido mantém a propriedade. Retirado em seguida, ele está seco. Seeger descreveu o material na revista científica "Advanced Functional Materials".

As aplicações da tecnologia não se limitam a tecidos. O estudo de Cohen e Tuteja teve financiamento da Força Aérea dos EUA, interessada em obter membranas e vedações à prova de óleo e combustível de avião. Mas a descoberta despertou interesse até de fabricantes de aparelhos auditivos, que querem evitar o acúmulo de cera do ouvido nos seus produtos. (Fonte: Ricardo Bonalume Neto/ Folha Online/AMBIENTE BRASIL

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CAMPANHA "DIGA NÃO ÀS ENCHENTES' - O QUE FAZER EM CASO DE ENCHENTES


CUIDADOS DURANTE AS ENCHENTES

Considerando o risco de enchentes e inundações que podem ocorrer com essas fortes chuvas de verão estamos reeditando o artigo que postamos em 25/11, elaborado pela Defesa Civil de Santa Catarina, e que pode ser muito útil nas comunidades:

Defesa Civil de Blumenau alerta sobre os cuidados durante enchente

(Publicado no Jornal Diário Catarinense em 25/11/08)


Mantenha-se calmo e observe os procedimentos recomendados

A Defesa Civil de Blumenau, no Vale do Itajaí, divulgou neste domingo uma série de dicas, regras e procedimentos que devem ser observados em caso de enchente.

Fique calmo. Não dê importância e nem propague notícias alarmantes ou infundadas. Havendo emergência, a Defesa Civil acionará seu sistema de alerta, mobilizando todo o seu efetivo e equipamento. Acompanhe somente os boletins oficiais informativos da Defesa Civil, pelas emissoras de rádio e TV, que estarão informando a respeito dos níveis do rio e procedimentos a serem adotados.

Se sua residência foi atingida ou estiver em local onde há previsões de inundação, de acordo com a Defesa Civil, proceda da seguinte forma:

1) Reúna os alimentos, roupas e documentos e transporte-os para local seguro;

2) Inicie a retirada dos móveis e eletrodomésticos mais úteis, como fogão e geladeira;

3) Procure o Abrigo da Defesa Civil de sua região, levando consigo alimentos para 24 horas, pratos e talheres, colchonetes, roupas de cama e travesseiros, roupa e material de higiene individual, remédios e objetos de uso pessoal (óculos, aparelho de surdez, dentadura etc).

Em caso de deslizamento ou desabamento:

Abandone rapidamente a sua residência;

Peça auxílio aos seus amigos e vizinhos;

Conforme a gravidade acione o Corpo de Bombeiros (fone 193) ou a Defesa Civil (fone 199);

Constatando que a sua casa está em segurança, faça a retirada dos escombros e inicie a reparação dos danos.

Alimentos:

Não consuma alimentos que tenham entrado em contato com a água da enchente;

Evite consumir alimentos crus;

Sempre que possível, ferva os alimentos durante 10 minutos;

Dê preferência a produtos defumados e salgados, enlatados em geral, doces e conservas;

Verifique se há alteração de cor, cheiro ou sabor dos enlatados. Na dúvida, é melhor não ingerir os alimentos;

Evite embalagens sem rótulos ou identificação, rejeite embalagens rompidas, amassadas, enferrujadas ou estufadas;

Os vegetais e as frutas, se não forem cozidos, deverão ser deixados de molho e lavados com água contendo hipoclorito de sódio(5 gotas para cada litro de água).

Dejetos:

Evite que os dejetos (fezes, urina e lixo) contaminem a água, os alimentos e as pessoas;

Sempre que possível, utilize caixas, jornais e papéis para colocação dos dejetos, jogando-os posteriormente em buracos abertos especialmente para este fim;

Na possibilidade de se construir uma privada de emergência, cavar um buraco com 80 cm de largura de 1 a 2 metros de profundidade;

Este buraco deverá ser encoberto com tábuas de madeira, destinadas ao apoio dos pés, e deverá ter uma proteção ao redor para evitar a entrada de água de chuva.

Lixo:

Nos abrigos, o lixo deverá ser recolhido em recipientes colocados nos diversos pontos de coleta. Tão logo estejam cheios deverão ser depositados em buracos preparados previamente, e recobertos de terra;

Lembre-se: o destino correto do lixo vai impedir o aparecimento de moscas, ratos, baratas e, portanto, de doenças por eles transmitidas;

Em locais impossibilitados da coleta regular, o destino do lixo deverá obedecer os critérios estabelecidos para os abrigos.

Animais mortos

Se a mortandade for grande, lançar cal sobre os mesmos, cobrindo-os com terra;

Se o estado de decomposição for adiantado, pode-se queimar os cadáveres, lançando sobre eles álcool ou gasolina e ateando fogo;

Enterrá-los sempre que possível.

Importante: Na eventualidade de localizar cadáveres humanos, notificar imediatamente a Polícia Militar (190), Corpo de Bombeiros (193) ou a autoridade mais próxima.

Cuidados ao retornar à residência:

Observe cuidadosamente se a sua residência está em condições de ser habitada (rachaduras, pilares etc.);

Preste muita atenção ao remover os móveis, pois é freqüente a invasão de cobras e outros animais peçonhentos nessas ocasiões;

Verifique as fossas e recomponha-as, fazendo a limpeza;

Antes de religar a energia elétrica, efetue a limpeza e secagem dos disjuntores, interruptores, tomadas, bocais, lâmpadas e eletrodomésticos.

Limpeza da caixa de água:

Esvazie a caixa;

Borrife e escove as paredes com hipoclorito de sódio;

Deixe entrar água limpa, enxaguando as paredes;

Retire a água;

Deixe entrar água limpa;

Adicione hipoclorito de sódio na proporção de 1 litro para cada 1.000 litros de água;

Abra todas as torneiras e registros para limpar a tubulação;

Deixe entrar água limpa;

Se a água não for tratada, adicione uma pastilha de cloro de 10g para cada caixa de 1000 litros.

Água potável:

Se não for tratada, ferva-a durante 15 minutos;

Recolha a água da chuva em recipiente limpo, para consumo;

Para tratar a água, use uma das soluções abaixo:

a) Hipoclorito de sódio: 02 (duas) gotas para cada litro de água;

b) Uma pastilha de cloro, conforme especificação para tratamento de desinfecção da água. Esta pastilha pode ser obtida nos postos de saúde.

Segurança contra raios:

Mantenha-se afastado de aquecedores centrais e grandes objetos metálicos;

Não use aparelhos como: ferro de passar roupa, secador de cabelos, televisores, telefone etc;

Não aproxime-se de cercas de arame, varais metálicos, linhas de forças e telefones, encanamentos metálicos, torres ou redes elétricas;

No mar, não use vara de pescar com carretilha. Evite permanecer na água ou em barcos pequenos;

Na rua, procure abrigo em edifícios ou estruturas não metálicas;

Se estiver trabalhando com trator ou outros implementos agrícolas, pare e procure abrigo, pois eles são freqüentemente atingidos;

Em viagem, permaneça no interior do automóvel pois ele oferece boa proteção;

Quando não existir abrigos, afaste-se do maior objeto da área, principalmente de árvores isoladas , e deite-se no chão;

Afaste-se do topo de morros ou de áreas abertas, onde você seja o ponto mais alto.

EM CASO DE DÚVIDAS LIGUE IMEDIATAMENTE PARA A DEFESA CIVIL, BOMBEIROS OU TEL 156 NAS PREFEITURAS MUNICIPAIS.

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29 de dezembro de 2008

CONCURSO DA ANA - INSCRIÇÃOA ATÉ 12 JAN - R$ 8.389,60


Concurso da ANA tem inscrições prorrogadas

Denise Caputo - 29/12/08

Ainda dá tempo de se inscrever para o concurso da Agência Nacional de Águas (ANA). O período de inscrições foi prorrogado até as 18h do dia 12 de janeiro de 2009. A prorrogação foi anunciada no Edital Esaf nº 102, publicado no Diário Oficial da União de hoje (26/12).

As inscrições custam R$ 100,00 e serão feitas, exclusivamente, pela internet, no endereço eletrônico www.esaf.fazenda.gov.br. O rendimento inicial de todos os cargos é de R$ 8.389,60.

Há 100 vagas para o cargo de especialista em recursos hídricos (qualquer área de formação), 12 para especialista em geoprocessamento (qualquer área de formação) e 40 para analista administrativo, por área de conhecimento: Administração (16); Ciências Contábeis (4); Ciências Econômicas (4); Arquivologia (3); Bibliotecononia (3); Comunicação Social – Jornalismo (1); Comunicação Social – Publicidade e Propaganda (1); Comunicação Social – Relações Públicas (1); Tecnologia da Informação e Comunicação (2); e qualquer área de formação (5).

Mais informações podem ser conferidas no banner Concurso Público, na coluna da direita da página eletrônica da ANA (www.ana.gov.br).

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NOVO LIVRO DE HIDROSSEDIMENTOLOGIA - Sugestão do ISOSRiosBr


Hidrologista da UFRJ, PROF. DR. JORGE RIOS, recomenda livro:

MEU grande amigao de tantas lutas HIDROLOGICAS na ABRH, em Tucuruí e em outras plagas

JA TINHA VISTO SEU EXCELENTE LIVRO LA NA livraria do CEFET - RJ e eu recomendo - o a todos os meus alunos de HIDROLOGIA E HIDROSSEDIMENTOLOGIA da graduacao e da pos e para o pessoal do meio ambiente, amigos, professores, etc .......

Gostei muito da novidade do CDROM .....

Livro HIDROSEDIMENTOLOGIA PRATICA = EXCELENTE com CDROM de programas -

saudacoes fluviais;
prof. jorge rios = http://www.profrios.kit.net/

(APOIO DO ISOSRiosBr)

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NOVA IGUAÇU (RJ) PREOCUPADA COM A QUALIDADE DA ÁGUA POTÁVEL


Em 2000, parte da água de distritos de Nova Iguaçu estava contaminada. E agora, será que mudou

29/12/2008

Por ser um elemento essencial à vida humana, a água requer atenções específicas. Isso porque o consumo de água contaminada pode causar uma série de doenças, dentre elas cólera, disenteria, febre tifóide, hepatite, diarréia e leptospirose. Além disso, a contaminação pode se dar através de poluentes químicos, trazendo mais riscos para toda a população.

Hoje em dia, a avaliação da qualidade da água consiste, de uma forma geral, na análise da água distribuída, ou seja, o controle da potabilidade fica restrito na distribuição geral até a chegada aos domicílios. A água verdadeiramente consumida, nesses casos, não é controlada.

A partir do momento que ela entra no ramal dos prédios ou nas casas, a manutenção da sua qualidade passa a ser de responsabilidade do condomínio ou do proprietário da residência. Isso acaba se tornando um grande problema, à medida que o consumidor é geralmente leigo no assunto, não sabendo como realizar o tratamento, e já que o exame de controle tem um custo relativamente alto, principalmente para a população de menor poder aquisitivo.

Por esses e outros motivos, inclusive, contaminação durante o processo de distribuição, a qualidade da água pode ficar seriamente comprometida para consumo, como mostra artigo publicado na edição de jul./set. de 2000 na revista Cadernos de Saúde Pública por uma equipe de pesquisadores do Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental da Fundação Oswaldo Cruz.

Na época, o estudo foi realizado em dois bairros do município de Nova Iguaçu: Posse e Caioaba. A equipe explica que a escolha dos bairros se deu por eles representarem situações opostas não só quanto ao abastecimento da água, como também no desenvolvimento sócio-econômico. O bairro da Posse apresentava, de acordo com artigo, as melhores condições, sendo o mais desenvolvido do município, enquanto Caioaba representava a situação mais crítica em todos os aspectos.

De acordo com a equipe, o objetivo da pesquisa foi analisar a qualidade da água de abastecimento dos dois distritos, como também a qualidade do fornecimento pela empresa responsável. As amostras de água foram recolhidas em períodos distintos e encaminhadas ao laboratório.


Houve também, segundo os pesquisadores, avaliação local, ou seja, nos prédios e casas, onde se buscou verificar o estado de conservação das tampas, as possibilidades de infiltração de águas servidas do solo ou águas a céu aberto, a possibilidade de penetração de insetos, rachaduras ou desmoronamentos internos e a presença de aves nos reservatórios superiores. Amostras de água também foram colhidas dos reservatórios.

Os resultados foram preocupantes. Segundo o artigo, cerca de 61% das amostras encontravam-se contaminadas. “Os resultados sinalizam a existência de condições favoráveis ao desenvolvimento de acometimentos diarréicos na população, sobretudo nos extremos (crianças, idosos)”, afirma a equipe no artigo.


Além disso, apesar de os dois distritos estarem em condições opostas no planejamento municipal, os dados da pesquisa demonstraram aparentemente evidências igualitárias de acometimento de doenças de veiculação hídrica, provavelmente em virtude de receberem a água de abastecimento da mesma fonte.

Com relação à qualidade da água dos reservatórios prediais e das casas, os pesquisadores dizem que “os reservatórios domiciliares, com raríssimas exceções, encontravam-se em péssimas condições de limpeza”.

Isso demonstra, claramente, que os moradores não estavam informados quanto à importância de manter os reservatórios limpos e higienizados. “Exceto poucas e incompletas iniciativas municipais e estaduais, não existe legislação em vigor que estabeleça as normas de uso e conservação dos reservatórios prediais de água, definindo com clareza as competências e responsabilidades.


Os custos de análises, de manutenção, tal como a desinformação e o descaso dos responsáveis públicos, levam a população a consumir água contaminada apesar de todos os problemas de saúde pública que daí podem advir”, escrevem, ainda, no artigo.

Dessa forma, eram necessárias medidas de inspeção que não analisassem somente a qualidade da água fornecida, mas também a da água consumida. E não só isso: era evidente a urgência de um trabalho de educação sanitária que mostrasse como a limpeza dos reservatórios deveria ser feita, assim como a sua manutenção.

Só assim, os índices de doenças de veiculação hídrica poderiam baixar. Contudo, será que essas medidas foram tomadas? Será que a qualidade da água consumida atualmente nesses dois bairros melhorou? Os condomínios e casas já sabem como realizar a limpeza dos reservatórios? Ou será que poderíamos aplicar esses resultados aos dias de hoje? Com a palavra, população, pesquisadores e autoridades competentes.
Fonte: Agência Notisa/ Vilmar Berna - Portal do Meio Ambiente

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RIO DE JANEIRO TAMBÉM TERÁ ICMS VERDE PARA OS MUNICÍPIOS QUE PRESERVAREM SUAS ÁGUAS

ICMS VERDE COMEÇA EM 2009 E DESTINARÁ R$ 100 MILHÕES PARA MUNICÍPIOS - MINISTRO MINC NA ALERJ COMEMOROU SUA APROVAÇÃO

ICMS Verde entra em vigor no Rio de Janeiro em 2009

29/12/2008

Objetivo do novo imposto fluminense seria o de incentivar a proteção ao meio ambiente

Para receber o ICMS Verde, no entanto, o município terá que, além da defesa da cobertura vegetal, preservar a água e promover o tratamento adequado ao lixo.

Criado por uma Lei de outubro de 2007, o ICMS Verde (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) entra em vigor no início do próximo ano, com o objetivo de consolidar a intenção do estado do Rio de Janeiro de incentivar a proteção ao ambiente “através da incorporação de critérios de conservação ambiental na fórmula de repasse do imposto aos municípios fluminenses”.

As informações são da assessoria de imprensa do Palácio Guanabara e indicam que a Constituição Federal estipula que 25% da arrecadação estadual devem ser repassados às prefeituras, sendo que deste percentual 75% provêm do valor agregado que cada município gera à esfera estadual.

Os outros 25%, ainda segundo informações do governo, com base em determinação de lei estadual, deverão ser proporcionais ao tamanho da população, da área e da arrecadação do município, o que faz com que a distribuição do imposto obedeça também a critérios ambientais.

A intenção do governo, através da Secretaria do Ambiente, é de fazer com que as prefeituras que investirem na preservação ambiental, por meio da manutenção de florestas e de fontes de água e pelo tratamento de lixo, contarão com um acréscimo gradual na parcela do imposto.

“Dependendo do tipo de política que adotar em prol do meio ambiente, o município terá direito a maior repasse do imposto. Em 2009, o repasse equivalerá a cerca de R$ 150 milhões, podendo chegar a R$ 300 milhões em 2011”, informa o governo.

As informações indicam, ainda, que a Fundação Cide (Centro de Informações de Dados do Rio de Janeiro) estruturou os índices para a premiação dos municípios a partir de dados fornecidos pela Feema (Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente), pelo IEF (Instituto Estadual de Florestas) e pela Serla (Superintendência Estadual de Rios e Lagoas).

Para receber o ICMS Verde, no entanto, o município terá que, além da defesa da cobertura vegetal, preservar a água e promover o tratamento adequado ao lixo.

Fonte: EcoAgência / Agência Brasil/VILMAR BERNA - Portal do Meio Ambiente


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CAMPANHA "DIGA NÃO ÀS ENCHENTES" - 30 MIL DESALOJADOS E DESABRIGADOS NO RJ

Município de Cardoso Moreira tem a situação mais grave

Norte Fluminense tem cerca de 30 mil desalojados e desabrigados

Cerca de 30 mil pessoas estão desalojadas ou desabrigadas no Norte Fluminense, segundo o coronel Moacir Pires, coordenador da Defesa Civil dessa região. De quinta-feira (25) para sexta (26), 10 mil pessoas voltaram para as suas casas, já que a Defesa Civil havia contabilizado no dia 25, quase 40 mil desalojados e desabrigados nessas áreas. De acordo com o coronel Pires, esse número vem diminuindo a cada dia, graças à baixa dos rios de todos os municípios, permitindo que as pessoas possam retornar para as suas casas.

O coronel Moacir Pires informou que o município com a situação mais complicada é Cardoso Moreira, por conta do estrago das últimas chuvas. Mas, segundo ele, a situação de todos os municípios já está se normalizando.

"O município mais difícil no momento, ainda é Cardoso Moreira, até porque foi o único que decretou estado de calamidade pública na região do Norte e Noroeste Fluminense. Mas, mesmo assim, o fornecimento de energia elétrica e água potável já foi normalizado por lá. Existe a previsão de chuva para os próximos dias e acredito que o nível de alguns rios possa voltar a subir um pouco, mas a tendência geral é que a situação dos municípios volte ao normal", disse o coronel Moacir Pires.

A assistência para os treze municípios do Noroeste do Rio, de acordo com o coronel Pires, continua, mas agora os mantimentos chegam por terra. Com a baixa dos rios, não há mais a necessidade do transporte via aérea.

O coronel Pires disse ainda que o município com o maior número de desabrigados até o momento é Campos dos Goytacases. A previsão para os desalojados é que muitos possam voltar para suas residências até a virada do ano. A Defesa Civil está acompanhando o retorno dessas pessoas, que foram retiradas de áreas de risco durante as chuvas. (Fonte: Agência Brasil/AMBIENTE BRASIL

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CONSTRUTORA DA USINA SANTO ANTONIO - RIO MADEIRA É MULTADA PELA MORTE DE 11 TON DE PEIXES

Acidente ecológico é o primeiro desafio aos construtores da primeira usina / TV RONDÔNIA

Usina Hidrelétrica de Santo Antônio é multada em R$ 7,7 milhões

MMA/Ambiente Brasil 24/12/08

Pela morte de 11 toneladas de peixes, a Superintendência do Ibama de Rondônia multou nesta terça-feira (13) em R$ 7,7 milhões a empresa Mesa, responsável pela construção da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira.

O montante aplicado tem como referência o § 2° do Art. 24 do Decreto 6.514/2008, que estabelece o valor de R$ 500 por quilo de espécime da fauna, e a Lei 9.605/98 (Lei da Vida), que prevê majoração da multa devido a fatores agravantes. Por isso, aplicou-se 40% sobre o valor base de R$ 5,5 milhões e chegou-se a R$ 7,7 milhões.

Após a autuação o empreendedor terá direito à ampla defesa e ao contraditório. Além da multa, a empresa Mesa tem a obrigação de reparar os danos causados ao meio ambiente.

Histórico - No dia 10 de dezembro de 2008, uma equipe do setor de Fauna da Superintendência de Rondônia deslocou-se até o canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Santo Antônio para acompanhar as atividades de translocação de peixes devido ao início da construção de ensecadeiras. A equipe verificou que os peixes apresentavam problemas que poderiam comprometer a sua sobrevivência. Na ocasião, a equipe técnica do Ibama deu algumas orientações sobre os procedimentos técnicos que deveriam ser adotados para salvar os peixes.

O relatório técnico final, apresentado pela Equipe Técnica do Núcleo de Licenciamento Ambiental - NLA-RO, registra que "ao retornar ao canteiro no dia 12 de dezembro constatou-se a existência de uma grande quantidade de peixes mortos, na ordem de algumas toneladas, mortandade que perdurou por vários dias, sem qualquer alteração positiva no procedimento de translocação". (Fonte: MMA)

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CAMPANHA "DIGA NÃO ÀS ENCHENTES" - Situação Grave em Minas Gerais


Minas Gerais registra mais um desabamento em função das chuvas

Já são 53 municípios mineiros em estado de emergência

Agência Brasil -29/12/08

Nas últimas 24 horas, a Defesa Civil de Minas Gerais registrou mais um desabamento. Uma casa em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, desabou em função das fortes chuvas no município, e deixou três pessoas sob os escombros, mas todas foram socorridas com vida.

No boletim deste domingo (28), a Defesa Civil alerta para fortes chuvas em todo o estado, exceto no Vale do Jequitinhonha e no extremo sul. Trinta e nove municípios foram afetados por chuvas fortes, mas não decretaram estado de emergência. Outros 53 o fizeram, sendo que em 22 deles o decreto foi feito nos últimos 15 dias.

Dados do boletim mostram ainda que ocorreram 15 mortes em função das chuvas em todo o segundo semestre deste ano, sendo que 11 foram nos últimos 15 dias. São vítimas de desmoronamento e soterramento de casas, afogamento por enxurradas e arrastadas por correnteza dentro de carros.



Nível de ribeirão que passa por Caeté subiu quatro metros. Moradores de áreas de risco foram removidos. CLIQUE E VEJA O VÍDEO

Sobe para 18 o número de mortos pelas chuvas em Minas

SÃO PAULO - Três pessoas morreram na manhã deste domingo após terem o carro em que viajavam arrastado por uma enchente no km 90 da rodovia MGP-497, na cidade de Prata (MG), na região do Triângulo Mineiro. Duas motos também foram atingidas pela enxurrada.

Com a confirmação das três mortes, o balanço de vítimas das chuvas sobe para 18 mortes em todo o Estado. A Defesa Civil também aponta 53 cidades em estado de emergência. Além disso, 56.668 pessoas estão desalojadas e outras 5.994 permanecem desabrigadas, ou seja, estão em casa de parentes e amigos.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, a enchente aconteceu por volta das 5h30 arrastando os veículos. As duas pessoas que estavam nas motos foram socorridas por pessoas que passavam pelo local, sem sofrer ferimentos. O Gol que também passava pela rodovia foi arrastado com as cinco pessoas que estavam dentro. (Fonte: Morillo Carvalho / Agência Brasil/Ambiente Brasil)

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ANFÍBIOS QUE DRIBLAM A FALTA DE ÁGUA PARA SOBREVIVER

A perereca-de-Alcatrazes (Scinax alcatraz) como o próprio nome diz é típica da ilha de Alcatrazes, no litoral norte de São Paulo (Foto: Célio F. B. Haddad)

Vida dura: anfíbio enfrentam escassez de água para sobreviver

A vida é difícil numa ilha. Quem não consegue se adaptar às condições, não tem para onde correr e acaba extinto - o que certamente ocorreu com várias das espécies que ficaram isoladas no início.

Os anfíbios, especificamente, passaram por uma peneira evolutiva apertadíssima: a escassez de água doce, elemento crucial para sua sobrevivência. A maioria das ilhas não possui rios ou lagos - só mesmo a água da chuva ou o vapor d’água que chega com o vento. Por isso, os únicos anfíbios que prevaleceram após serem cercados pelo mar foram as espécies de "desenvolvimento direto", que não passam pela fase de girino, ou que necessitam de pouquíssima água para sobreviver.

A bióloga Cinthia Brasileiro, pós-doutoranda da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro, conhece pelo menos três espécies de pererecas endêmicas que se desenvolveram nas ilhas paulistas. Todas são do gênero Scinax e vivem exclusivamente nas piscininhas de água da chuva que se formam dentro de bromélias.
A Scinax alcatraz só existe na Ilha de Alcatrazes. A Scinax peixotoi é exclusiva da Ilha de Queimada Grande. E a Scinax faivovichi só pode ser encontrada na Ilha dos Porcos Pequena. Cada uma tem morfologia e canto distintos, diferentes umas das outras e da Scinax do continente.

"O canto é um aspecto definitivo, porque é espécie-específico", explica Cinthia. "Se o canto é diferente, um bicho não reconhece o outro e eles não se acasalam."

A pesquisadora já fez coletas em 15 ilhas do litoral paulista, mas o trabalho está só começando. Outras duas espécies de pererecas Scinax e três espécies de rãs - das Ilhas Bom Abrigo, Cardoso, Alcatrazes, Ilhabela e Couves do Norte - estão em processo de descrição. Em 2007, Cinthia também publicou a descrição de uma rã chamada Cycloramphus faustoi, que, até onde se sabe, só existe em uma baía rochosa da Ilha de Alcatrazes, chamada Saco do Funil. Para azar da espécie, é onde a Marinha pratica tiros de canhão, que são vez ou outra disparados contra a ilha.

Em dezembro de 2004, um incêndio no Saco do Funil deixou os cientistas temerosos de que a espécie poderia ter sido exterminada. Ela sobreviveu ao fogo, mas ainda assim é considerada criticamente ameaçada de extinção. As rãs vivem e se reproduzem dentro de pequenas tocas no paredão rochoso do Saco do Funil, aproveitando a umidade que fica presa entre as pedras.

Cinthia não tem dúvida de que ainda há muitas espécies novas para serem descobertas nas ilhas. "Se tem até sapo endêmico, imagina o que não tem de invertebrados", especula a bióloga. Com reprodução rápida e ciclos de vida muito curtos, insetos e outros invertebrados podem evoluir e se diversificar de maneira ainda mais acelerada do que os vertebrados. Só que, neste caso, o desconhecimento dos cientistas é ainda maior.

"Que tem endemismo, certamente tem, mas falta fazer muita pesquisa ainda", diz o especialista em aranhas Antonio Brescovit, do Instituto Butantã, um dos poucos que já coletou invertebrados das ilhas. Em 2005 ele publicou a descrição de uma pequena aranha (tamanho = 3 milímetros) endêmica de Queimada Grande, batizada de Mesabolivar cuarassu - que em tupi-guarani significa "vulva grande", uma referência ao fato de a fêmea ter uma genitália do tamanho do abdome.

Com mais estudos, Brescovit também não tem dúvidas de que mais espécies endêmicas poderão ser encontradas. "Só em Queimada deve ter mais, pelo menos, uma meia dúzia", avalia.
(Fonte: Herton Escobar / O Estado de S. Paulo)

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MINISTRO DIZ: "BIOMA AMAZÔNICO É INTOCÁVEL"

Ministro diz que não acredita em solução para a Rodada Doha

'Bioma amazônico deve ser intocável', diz Stephanes

Fabrícia Peixoto
Da BBC Brasil em Brasília

Ministro diz que não acredita em solução para a Rodada Doha
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse em uma entrevista exclusiva à BBC Brasil que o bioma amazônico “tem que ser intocável” e que não é preciso cortar nenhuma árvore da região para aumentar a produção agrícola brasileira.

Stephanes disse que falta “racionalidade” a muitos projetos para proteger o meio ambiente no Brasil e reclamou que há medidas de cunho ambiental que estão punindo agricultores brasileiros de forma injusta.

Ele criticou ainda a participação de ONGs estrangeiras nesse debate. “Se eu for, como ministro da Agricultura, à Holanda, à Alemanha ou aos Estados Unidos, e der um palpite sobre meio ambiente, corro o risco de ser mandado de volta”, diz.

Em outros trechos da entrevista, o ministro disse que não vê um final feliz para a Rodada Doha de comércio internacional.

Segundo ele, o protecionismo no setor agrícola, praticado principalmente pelas economias mais desenvolvidas, é um assunto “complexo e político”. "É muito difícil imaginar que isso se resolva por acordo diplomático", disse. Fonte: BBC Brasil

Leia a seguir trechos da entrevista - Clique Aqui

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PROJETO ProAcqua LANÇADO EM SP PODERÁ TRAZER 40% DE ECONOMIA

Controle do consumo de água


A Sabesp lançou o programa ProAcqua, que permite a medição individualizada do consumo de água de cada apartamento nos condomínios residenciais existentes nos 364 municípios atendidos pela estatal.

Espera-se que esse controle individualizado traga benefícios ao bolso dos moradores e ao meio ambiente. Projetos pilotos realizados recentemente mostraram que, com o novo sistema, a economia com as contas de água nos condomínios pode chegar a 40% para o consumidor.

Acrescente-se que, com o contínuo agravamento da falta de água em várias regiões paulistas - resultado da combinação do alto consumo e da poluição, principalmente na Grande São Paulo -, a medida é de grande importância para o controle do desperdício.

A disponibilidade de água da região metropolitana de São Paulo é de 205 metros cúbicos por habitante/ano. O padrão mínimo estabelecido pela Organização Mundial de Saúde é de 1,5 mil metros cúbicos por habitante/ano.

As bacias que abastecem a região metropolitana estão no limite e a Sabesp tem sido obrigada a trazer água de mananciais cada vez mais distantes. O abastecimento da capital, por exemplo, exige a produção de 3,4 bilhões de litros de água por dia.

Têm sido feitas campanhas educativas para mudar os hábitos do consumidor, mas os resultados estão aquém do desejado. Hoje, na cidade de São Paulo, cada habitante chega a consumir 220 litros de água por dia, mais do que o dobro do recomendado pela ONU.

Além disso, parte considerável da água produzida em São Paulo se perde nos vazamentos existentes nas redes - provocados pelo envelhecimento da tubulação e pela falta de manutenção - e nas fraudes relacionadas à medição e às ligações clandestinas.

Em 2006, a perda de água tratada, antes de ser consumida, era de 32%, segundo o presidente da Sabesp, Gesner de Oliveira. Hoje ela é de 28%. Com a medida que acaba de ser tomada, calcula-se que a perda deva ficar em 24% até 2010. Para se ter uma idéia do que significa essa economia, a água poupada seria suficiente para abastecer uma cidade do porte de Santos durante um ano.

Além da redução do desperdício, a Sabesp busca também aliviar a conta dos consumidores. Serão onerados pela conta individual consumidores que gastam muita água, necessitando ou não, certos de que o custo será rateado em parcelas iguais entre os demais moradores, que assim arcam com uma despesa na qual não incorreram.

Hoje, os condomínios são obrigados a pagar o valor total da conta de água ou o abastecimento de todo o prédio é suspenso. A partir da instalação dos hidrômetros individuais só ficarão sem água as unidades que se mantiverem inadimplentes.

Em reportagem publicada pelo Estado, profissionais especializados em administração de condomínios previram uma redução de 10% a 15% nos custos totais desses prédios. Estudo da Techem, empresa que instala medidores individuais de água, mostrou que aproximadamente 70% dos moradores de prédios da capital paulista pagam tarifa acima daquilo que efetivamente consomem no dia-a-dia.

A instalação dos hidrômetros individuais não é obrigatória. Dependerá da aprovação da assembléia condominial. O custo de instalação do sistema individual de medição de consumo deverá variar entre R$ 700 e R$ 1 mil. Esse custo, estimam os especialistas, deverá ser compensado no prazo de seis meses a um ano, graças à redução da conta de água.

Para o meio ambiente, a preservação dos recursos hídricos é fundamental. Iniciativas como essa da Sabesp são importantes para atingir esse objetivo.

Mas precisam ser complementadas por projetos de controle da ocupação das áreas de proteção dos mananciais que abastecem São Paulo e as regiões mais desenvolvidas do Estado.

Em especial no que se refere à capital, a execução desses projetos é particularmente difícil, porque depende de uma ação firme contra as máfias dos loteamentos clandestinos que há décadas promovem a ocupação ilegal dessas áreas. E essa ação, por sua vez, depende de uma colaboração entre a Prefeitura e o governo do Estado, que infelizmente ainda deixa muito a desejar. Fonte: O Estado


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CAMPANHA "DIGA NÃO ÀS ENCHENTES" - Estratégias paulistas de combate

Família é resgatada de seu carro, por populares, em enchente em SP - (09/11/2007)

TENDÊNCIAS/DEBATES
Folha SP 27/12/08

A atual estratégia de combate a enchentes urbanas na região metropolitana de São Paulo é adequada?
SIM

Um novo paradigma
ALUISIO PARDO CANHOLI*

O enorme desenvolvimento em planejamento, estudos e projetos de drenagem urbana verificado na região metropolitana de São Paulo (RMSP), notadamente nos últimos 15 anos, transformou a região em um dos pólos mais avançados na concepção e aplicação de técnicas inovadoras de controle de enchentes em nível mundial.

Os resultados obtidos até aqui permitem afirmar, sem sombra de dúvida, que estamos trilhando uma rota acertada na busca da redução dos riscos das enchentes associadas às grandes precipitações que assolam a região em todo o verão.E o que mudou?Primeiro, a mudança de paradigma que foi a adoção de obras de reservação, nas suas diversas modalidades, sobretudo os reservatórios de controle de cheias, em detrimento das obras de canalização.

Isso ocorreu em São Paulo após o inicio da operação exitosa do reservatório do Pacaembu, de onde adveio o termo "piscinão".Em épocas ainda não tão distantes, na RMSP multiplicaram-se as canalizações e as retificações de córregos realizadas para a construção das avenidas de "fundo de vale".

Os canais espremidos entre ou sob as vias tiveram suas velocidades aumentadas, o que inflou em até seis vezes os picos de cheia, ampliação bem superior aquela devida à impermeabilização, tida pelos menos avisados como a grande vilã das enchentes.

Em segundo lugar, é preciso louvar a realização, em 1998, pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), do Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia do Alto Tietê.Praticamente toda a RMSP localiza-se em uma única bacia hidrográfica, a do Alto Tietê. Toda a drenagem dessa região de quase 2.000 km2 de área urbana, 39 municípios e quase 20 milhões de habitantes encaminha-se para um único escoadouro, o rio Tietê, o que torna a questão complexa e de caráter metropolitano.

A visão integrada do plano diretor, que adotou a bacia como unidade de planejamento, tornou possível recomendar e priorizar obras e ações corretivas e preventivas, evitando as intervenções pontuais responsáveis outrora pelo simples deslocamento dos pontos de enchente.O critério básico adotado pelo plano foi o das vazões de restrição.

A partir da cheia máxima suportável pelo Tietê -e sucessivamente para os demais rios-, definiram-se os limites da adução por cada afluente. Em todos os casos foi necessária a reservação nos afluentes para obedecer a esses critérios.
Como as restrições eram severas, as reservações recomendadas foram significativas, como na bacia do Tamanduateí, de 7,7 milhões de m3, dos quais já implantados mais de 4 milhões de m3pelo DAEE e pelas prefeituras.

No Aricanduva, dos previstos 2,2 milhões de m3, já estão implantados pela Secretaria de Infra-Estrutura Urbana e Obras da Prefeitura de São Paulo perto de 1,5 milhão de m3.

Em suma, a RMSP já conta com cerca de 7 milhões de m3 em mais de 40 reservatórios, o equivalente a cem piscinões do Pacaembu.Atualmente, muitas outras obras vêm sendo implantadas na RMSP, todas elas seguindo o plano diretor, como no Aricanduva, onde está sendo implantada obra pioneira em nível nacional visando a redução de velocidades no canal, além da construção de "polders" nas áreas mais baixas; e no Pirajussara constrói-se um piscinão de 500 mil m3.

Outro avanço significativo em época recente refere-se ao sistema de alerta às inundações em operação no município de São Paulo, efetuado pela Centro de Gerenciamento de Emergências da prefeitura, além do Sistema de Alerta às Inundações, com apoio de radar meteorológico.

As áreas críticas sujeitas a inundações ainda são significativas, os déficits ainda são enormes, muito ainda há de se fazer, notadamente em termos de ações estruturais (obras), complementadas por ações de educação ambiental e medidas não-estruturais, visando sua sustentabilidade.

Porém, os avanços observados tanto no aspecto institucional, com o planejamento e as ações empreendidas de forma integrada e em nível metropolitano, como no aspecto técnico, dadas as inovações tecnológicas já implementadas, permitem ser otimista com relação aos bons resultados que já vêm sendo e serão paulatinamente obtidos no combate às enchentes na região metropolitana de São Paulo.

*ALUISIO PARDO CANHOLI , doutor em engenharia hidráulica pela USP, é diretor da Hidrostudio Engenharia e autor do livro "Drenagem Urbana e Controle de Enchentes" (Oficina de Textos).


TENDÊNCIAS/DEBATES
Folha SP 27/12/08

A atual estratégia de combate a enchentes urbanas na região metropolitana de São Paulo é adequada?
NÃO
É preciso atacar também outras causas
ÁLVARO RODRIGUES DOS SANTOS *

UM MELHOR entendimento das enchentes da metrópole paulistana exige que voltemos nossa atenção para a equação básica desse fenômeno, por sinal comum a muitas cidades brasileiras: "Volumes crescentemente maiores de água, em tempos sucessivamente menores, sendo escoados para drenagens naturais e construídas progressivamente incapazes de lhes dar vazão, tendo como palco uma região geológica já naturalmente caracterizada por sua dificuldade em dar bom e rápido escoamento às suas águas superficiais".

Essa equação é basicamente sustentada pela cultura tecnológica da impermeabilização e da erosão com que as cidades da região metropolitana foram erguidas e se expandem e pelas condições geológicas e hidrológicas naturais da região, com seus principais rios (Tietê, Pinheiros, Tamanduateí) apresentando uma declividade muito pequena.

Com sucessivos programas de combate às enchentes, o governo paulista, há muitas décadas, tem perseguido exclusivamente o objetivo estrutural de aumentar a capacidade de vazão dos rios principais por meio de alentadas e seguidas obras de retificação, alargamento, aprofundamento e desassoreamento. Bilhões de reais foram gastos nesses serviços.

Sem dúvida, fundamental para um combate exitoso das enchentes. Mas, apesar dos elevados gastos, insuficiente; como, aliás, a realidade o vem demonstrando. Mesmo com o auxílio de já quase 20 piscinões instalados na região metropolitana.

O fato é que faz-se essencial atacar também um outro objetivo, de ordem complementar, qual seja, a reversão da cultura da impermeabilização e da erosão com que a metrópole vem se desenvolvendo, de forma a recuperar ao máximo a capacidade da região de reter a água da chuva e permitir sua infiltração, com isso reduzindo o volume e aumentando o tempo com que essas águas chegam às drenagens.
Ou seja, "quebrar a outra perna" da citada equação das enchentes.Esse objetivo, incompreensivelmente relegado pela administração pública, será atingido pelo somatório de uma série de medidas de fácil execução, como pequenos e médios reservatórios domésticos e empresariais de águas de chuva, estacionamentos, praças, quintais, calçadas, valetas, pátios e tubulações drenantes, poços e trincheiras de infiltração, intenso plantio de árvores e de médios e pequenos bosques florestados.

Os famosos piscinões, obras de alto custo de implantação e manutenção, são concebidos para cumprir hidraulicamente esse papel. Porém, pelo intenso e rápido assoreamento por sedimentos e lixo que os atinge, pelo altíssimo e perigoso grau de contaminação das águas superficiais urbanas e pelo fato de estarem inseridos em áreas urbanas densamente ocupadas, são hoje verdadeiros atentados urbanísticos, sanitários e ambientais.

É uma pena que o poder público os tenha "comprado" como a panacéia para o combate às enchentes.Uma outra fantástica causa das enchentes que precisa ser urgente e imperiosamente atacada em suas origens: o intenso assoreamento das drenagens naturais e construídas pelos sedimentos provenientes dos generalizados processos erosivos que ocorrem sobretudo na zona periférica de expansão urbana da metrópole.A erosão resulta hoje no aporte de mais de 3,5 milhões de m3 anuais de sedimentos para o interior de córregos e rios, reduzindo em muito sua capacidade de vazão.

O lançamento irregular do lixo urbano e do entulho de construção civil colabora nesse assoreamento, e é importante combatê-lo, mas é bom lembrar que os sedimentos são responsáveis por 95% do volume total do assoreamento.Sem sombra de dúvida, somente essa abordagem mais completa do fenômeno das enchentes propiciará aos paulistanos, se não a eliminação total do problema, a drástica e civilizada redução de sua freqüência e intensidade.

*ÁLVARO RODRIGUES DOS SANTOS , geólogo, é consultor em geologia de engenharia, geotecnia e meio ambiente. Foi diretor de Planejamento e Gestão do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e diretor da Divisão de Geologia. É autor, entre outras obras, de "Geologia de Engenharia: Conceitos, Método e Prática".

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24 de dezembro de 2008


A equipe do SOS RIOS DO BRASIL, agradece aos internautas que nos prestigiaram e nos ajudaram a atingir mais de 54 mil visitas em apenas 6 meses. Desejamos à todos BOAS FESTAS e um 2009 repleto de boas notícias em favor de nossos rios brasileiros.


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22 de dezembro de 2008

ONU afirma que 2008 foi o décimo ano mais quente desde meados do século 19

Da EfeEm Genebra

O ano de 2008 foi o décimo mais quente desde meados do século 19
feitos os registros, e em diferentes partes do mundo houve fenômenos meteorológicos extremos, o que confirma a tendência de aquecimento global do planeta.A Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência ligada à ONU (Organização das Nações Unidas), fez a revelação em seu relatório anual divulgado nesta terça-feira.

O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, anunciou que seu futuro secretário de Energia será o Nobel de Física Steven Chu, um defensor das energias renováveis

O estudo aponta a variabilidade dos fenômenos observados: temperaturas mais altas que o normal em partes da Europa, o inverno menos frio registrado em áreas da Escandinávia e frio extremo - em alguns casos até bater recordes históricos - na América do Sul, principalmente na Argentina.Como contraste, as temperaturas médias em julho foram superiores em 3 graus Celsius em grande parte de Argentina, Paraguai, Uruguai, sudeste da Bolívia e sul do Brasil, acrescenta o estudo.Na Austrália, em março foi registrado o calor mais intenso da história, com uma máxima superior a 35 graus Celsius durante 15 dias seguidos.

"Em tudo isto, vemos a manifestação da variabilidade existente", destacou o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud, em entrevista coletiva.A seca foi um fenômeno persistente em vários lugares ao longo de 2008, entre eles Portugal e Espanha, na Europa, e Argentina, Paraguai e Uruguai, na América do Sul, com efeitos muito graves sobre a agricultura destes três últimos países.Jarraud ressaltou que, como parte das variações sofridas pelo clima, 2008 foi um ano mais frio em relação à média da década de 1997-2007, embora tenha sido o décimo mais quente da história meteorológica.

O ligeiro esfriamento deste ano em comparação com os anteriores foi provocado pelo fenômeno de "La Niña", explicou.O especialista acrescentou que as previsões para o primeiro trimestre de 2009 não mostram qualquer indicação de que o fenômeno ou o "El Niño" vão ocorrer, mas esclareceu que as condições podem mudar no decorrer do ano.
Fonte: Uol ciência e saúde - 16/12/2008

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