Mortandade de peixes permanece no Rio São Francisco
ADITAL - 04/03/2009
Diversas entidades de pescadores da Bacia do Rio São Francisco, movimentos e pastorais sociais manifestaram repúdio à nota da Associação Mineira de Defesa do Ambiente, publicada no dia 10 de fevereiro no site da instituição (www.amda.org.br), em que afirma que as denúncias sobre a mortandade de peixes no trecho alto/médio São Francisco, devido à contaminação de metais pesados provocada pela Votorantim Metais de Três Marias, são infundadas.
Segundo a nota de repúdio, um dos sócios dessa Associação é a Companhia Mineira de Metais (CMM), antigo nome da Votorantim Metais: "Ressaltamos que esta entidade ‘representa’ a sociedade civil no Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM). Manifestamos nosso repúdio a este tipo de entidade ‘ambientalista’, que fugindo dos princípios éticos de defender o meio ambiente, defende os interesses empresariais".
Em 1969, a Votorantim Metais em Três Marias iniciou sua produção, e, até 1983, lançou todos os dejetos resultantes da produção de Zinco, no córrego Consciência, afluente do Rio São Francisco. A nota dos pescadores afirma que, desde 1973, relatórios de diversos órgãos governamentais e da sociedade civil indicaram a grave contaminação causada pela empresa.
O período entre 2004 e 2006 foi o mais difícil para os ribeirinhos. "Os pescadores ainda não receberam as indenizações relacionadas ao período de 2004-2006, quando a mortandade foi tão grave que eles ficaram impedidos de pescar. Sobreviveram com os escassos recursos do governo e com a solidariedade entre as famílias", explica Letícia Rocha, da Comissão Pastoral da Terra de Minas Gerais.
Segundo Letícia, as empresas que poluem o rio realizam iniciativas pontuais que não resolvem o problema e impedem o processo de denúncias, uma vez que cooptam alguns pescadores. "Nós reconhecemos que a poluição em todo o rio não é só provocada pela Votorantim, mas, no Alto e no Médio São Francisco, a maior responsável é essa empresa", ressalta.
A posição da Votorantim é de refutar de forma sistemática que a causa da morte dos peixes é a contaminação por metais pesados. Segundo os pescadores, para manter sua defesa a Votorantim contrata empresas, laboratórios, pesquisadores especializados, coopta o poder público local e organizações da sociedade civil - neste caso, financiando pequenos projetos de preservação ambiental abafando o problema. A empresa defende o argumento de que
"a morte de peixes na bacia do São Francisco é um problema multifatorial, representando um reflexo da degradação da bacia como um todo".
Letícia informa que, atualmente, existem três processos na justiça contra a Votorantim por causa da poluição no Rio São Francisco. Nos próximos dias 14 e 15 de março, haverá uma reunião entre os pescadores, movimentos e pastorais sociais a fim de discutir novas ações a serem movidas contra a empresa.
Além da contaminação do rio, os pescadores enfrentam outro problema. Em um encontro realizado entre os dias 10 e 11 de dezembro de 2008, em Januária, eles denunciaram a falta de democracia na publicação das leis da pesca, como no caso da portaria nº 18 de 11 de junho de 2008, que estabelece normas para a pesca no Rio São Francisco: "Algumas leis vêm inviabilizando a pesca artesanal, entre elas a que proíbe a pesca do Pirá. Esta espécie, na região do Alto Médio São Francisco não está em extinção e é uma importante fonte de alimento e renda para os pescadores", afirmam na carta-denúncia.
Eles acrescentam que "as águas do nosso rio estão sendo disputadas por grandes interesses econômicos, como as hidrelétricas (mais de 100 planejadas para Minas), o Agronegócio, dentre outros. Tal disputa conta com a conivência de órgãos ambientais, que desconsideram as contínuas denúncias de degradação da vida do rio e de seu povo. Enquanto as leis dificultam a vida dos pescadores, elas são flexibilizadas para as grandes empresas".
Fonte: ADITAL - Fortaleza - Ceará - Brasil/Colaborador: "fabianobarretto@globalgarbage.org"
MAIS MORTANDADE DE PEIXES
No dia 30 de março de 2007 a CEMIG foi responsável pela morte de mais de 25 toneladas de peixes na usina de Tres Marias - MG. (veja)
Promotoria de Defesa do Rio São Francisco abre inquérito para apurar morte de peixes em usina da Cemig
Agencia Brasil 04/04/2009A promotora de Justiça de defesa do Rio São Francisco, Luciana de Paula, informou nesta terça-feira (3) que a promotoria instaurou um inquérito civil para apurar a responsabilidade da Cemig - Companhia Energética de Minas Gerais na morte de 7 toneladas de peixes na usina hidrelétrica de Três Marias, que é propriedade da estatal. A usina fica na cidade mineira de Três Marias, por onde passa o rio.
Segundo ela, a promotoria também requisitou a instauração de inquérito penal, de acordo com a promotora Luciana de Paula. “Há indícios de que pode ter havido um crime ambiental”.
A causa do acidente ainda deve ser apurada, mas segundo o relato que chegou à promotoria, a Cemig teria fechado a barragem e os peixes que estavam no reservatório teriam ficado presos. Como não havia a renovação da água, eles morreram por falta de oxigênio.
De Paula explica que, caso seja condenada, a empresa deverá buscar a recuperação ambiental e poderá pagar multa a ser aplicada em projetos ambientais na região onde foi causado o dano. O acidente também deve gerar impactos sociais, por atingir as pessoas que vivem da pesca na região.
Segundo a promotora, a Cemig foi responsabilizada recentemente por outro acidente que provocou a morte de peixes em 2006.
Em nota, a Cemig informou que um grande cardume se aproximou da usina de Três Marias na noite da última sexta-feira (30). Por ser uma alta quantidade, o nível de oxigênio baixou, provocando a morte de aproximadamente duas toneladas de peixes.
A Cemig, então, abriu o vertedouro (mecanismo usado para escoar água) para aumentar a quantidade de água e evitar a morte de mais peixes, afirma a nota.
O texto diz, ainda, que outras cinco toneladas de peixes teriam morrido porque o cardume estava perto de uma das turbinas que está parada para manutenção. Um problema técnico não teria permitido abrir a máquina e liberar os animais.
A Cemig afirma que para evitar que incidentes como este se repitam “vem adequando seus procedimentos operativos, mesmo porque, a presença de grandes cardumes nesta época do ano é atípica”. (Yara Aquino/ Agência Brasil)/AMBIENTE BRASIL
INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
deveriam criar organizaçoes ou patrulhas,para fiscalizar esse rio,e almentar a fiscalizaçao por meio de cameras...e dar uma puniçao as emprezar que estiverem poluindo o rio e como forma de puniçao teriam que pagar para a despoluiçao e tratamento da água!
ResponderExcluirMuito ruim nao tem nomes de outros rio aqui!!!!!
ResponderExcluireu acho q deviamos cuidar+do rio porque daqui prá frente que vamos ver oque fizemos e ai vai ser tarde demais
ResponderExcluirna minha opiniao dviamos cuidar nao só da agua ,mas tbm da atmosfera,,porque eles sao a nossa sobrevivencia
ResponderExcluireu acho isso uma poca vergonha para um pais como o brasil ter que passar por isso
ResponderExcluirvamos estender a mao e lutar contra essa causa.:(
A meu deus o que tão fazendo com os nossos rios !?
ResponderExcluirQue merda !!!
Puta que pariu
ResponderExcluirAh! não matar uma pessoa dessa néh !?
Vou salvar vocêis PEIXES esperem ai
Eu amo vocêis..... S2