...E o caminhão pipa chegou !
Que a falta de água – ou de água potável – é um problema global, todo mundo sabe. Sabe mesmo?
Neste exato momento:
• Cerca de 23 milhões de pessoas do leste africano enfrentam uma seca que já dura pelo menos quatro anos. A Somália, um dos países da região, registra uma verdadeira mortandade de camelos – apesar da proverbial capacidade que estes animais têm de sobreviver por vários dias sem beber.
• Crianças da área mais árida da Guatemala, onde a pior seca dos últimos 30 anos destruiu 80% das colheitas, têm seu crescimento comprometido por falta de comida. Aliás, quase a metade das crianças guatemaltecas com menos de 5 anos estão desnutridas – em grande parte devido à seca.
• Mais de 100 mil iraquianos tiveram que deixar as suas casas desde 2005. Não por causa da guerra que se arrasta no país, mas porque o norte do Iraque praticamente não vê chuva há quatro anos e porque a população bombeou tanto os seus postos que comprometeu o antigo sistema local de aquedutos subterrâneos, os karez. Segundo as Nações Unidas, outras 36 mil pessoas preparam-se para migrar, fugindo do problema.
• O quadro também é grave em partes dos Estados Unidos, da China e da Índia, os três países mais populosos do mundo.
O que eu e você podemos fazer para ajudar?
Primeiro, é óbvio, controlar o próprio consumo. Isto evita que a sua cidade tenha que buscar água em outros municípios para dar conta da demanda, reduz a necessidade de construir novas estações de tratamento, diminui a pressão sobre as águas subterrâneas e os rios. Reaproveite a água do banho para lavar o carro ou o quintal. Regue o jardim à noite, para evitar que a água evapore. Reduza o tempo no banho. Só use a máquina de lavar quando ela estiver a plena carga. Feche a torneira quando estiver fazendo a barba.
Segundo, participe do esforço para conter as mudanças climáticas, parcialmente responsáveis pelo aumento da ocorrência de secas. Isto pode ser feito de várias maneiras: pressionando o governo do seu país para que estabeleça metas de redução das emissões poluentes; dando preferência a produtos de empresas que estão reduzindo o seu impacto ambiental; controlando o consumo de energia na sua casa ou no seu trabalho; evitando circular de carro.
Terceiro, promova o plantio de árvores – no seu quintal, na sua rua, em áreas remotas – e ajude a conservar as que já existem. Elas são fundamentais para regular o clima do planeta e para conservar a qualidade da água, por segurarem o solo e promover a filtragem da água da chuva.
Quarto, dando preferência a alimentos orgânicos – sua produção dispensa agroquímicos, grandes responsáveis pela contaminação das águas – e reduzindo a ingestão de carne – cuja produção consome muitíssima água.
Você talvez não esteja sentindo sede agora. Mas é bem possível que venha a sentir amanhã.
* Coluna mensal da jornalista especializada em meio ambiente Regina Scharf, que publica artigos especiais sobre o tema. A profissional tem passagem por importantes veículos de comunicação e organizações não-governamentais. É autora de vários livros da área e ganhou os prêmios Reuters-UICN (América Latina) e o Ethos. Visite o Blog da autora: link
INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
Divulgando, Promovendo e Valorizando
quem defende as águas brasileiras!
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
Sede
Por Regina Scharf* -
Blog da Gisele Bundchen
Por Regina Scharf* -
Blog da Gisele Bundchen
Que a falta de água – ou de água potável – é um problema global, todo mundo sabe. Sabe mesmo?
Neste exato momento:
• Cerca de 23 milhões de pessoas do leste africano enfrentam uma seca que já dura pelo menos quatro anos. A Somália, um dos países da região, registra uma verdadeira mortandade de camelos – apesar da proverbial capacidade que estes animais têm de sobreviver por vários dias sem beber.
• Crianças da área mais árida da Guatemala, onde a pior seca dos últimos 30 anos destruiu 80% das colheitas, têm seu crescimento comprometido por falta de comida. Aliás, quase a metade das crianças guatemaltecas com menos de 5 anos estão desnutridas – em grande parte devido à seca.
• Mais de 100 mil iraquianos tiveram que deixar as suas casas desde 2005. Não por causa da guerra que se arrasta no país, mas porque o norte do Iraque praticamente não vê chuva há quatro anos e porque a população bombeou tanto os seus postos que comprometeu o antigo sistema local de aquedutos subterrâneos, os karez. Segundo as Nações Unidas, outras 36 mil pessoas preparam-se para migrar, fugindo do problema.
• O quadro também é grave em partes dos Estados Unidos, da China e da Índia, os três países mais populosos do mundo.
O que eu e você podemos fazer para ajudar?
Primeiro, é óbvio, controlar o próprio consumo. Isto evita que a sua cidade tenha que buscar água em outros municípios para dar conta da demanda, reduz a necessidade de construir novas estações de tratamento, diminui a pressão sobre as águas subterrâneas e os rios. Reaproveite a água do banho para lavar o carro ou o quintal. Regue o jardim à noite, para evitar que a água evapore. Reduza o tempo no banho. Só use a máquina de lavar quando ela estiver a plena carga. Feche a torneira quando estiver fazendo a barba.
Segundo, participe do esforço para conter as mudanças climáticas, parcialmente responsáveis pelo aumento da ocorrência de secas. Isto pode ser feito de várias maneiras: pressionando o governo do seu país para que estabeleça metas de redução das emissões poluentes; dando preferência a produtos de empresas que estão reduzindo o seu impacto ambiental; controlando o consumo de energia na sua casa ou no seu trabalho; evitando circular de carro.
Terceiro, promova o plantio de árvores – no seu quintal, na sua rua, em áreas remotas – e ajude a conservar as que já existem. Elas são fundamentais para regular o clima do planeta e para conservar a qualidade da água, por segurarem o solo e promover a filtragem da água da chuva.
Quarto, dando preferência a alimentos orgânicos – sua produção dispensa agroquímicos, grandes responsáveis pela contaminação das águas – e reduzindo a ingestão de carne – cuja produção consome muitíssima água.
Você talvez não esteja sentindo sede agora. Mas é bem possível que venha a sentir amanhã.
* Coluna mensal da jornalista especializada em meio ambiente Regina Scharf, que publica artigos especiais sobre o tema. A profissional tem passagem por importantes veículos de comunicação e organizações não-governamentais. É autora de vários livros da área e ganhou os prêmios Reuters-UICN (América Latina) e o Ethos. Visite o Blog da autora: link
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