...A presidente do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), Marilene Ramos, interditou pessoalmente, nesta terça-feira (24), três cerâmicas de grande porte localizadas em Paraíba do Sul, região do Médio Paraíba.
As cerâmicas Alfa e D’ângelo, fabricantes de tijolos com cerca de cem funcionários cada, foram interditadas e autuadas por diversos crimes ambientais. Na Alfa, três empregados foram presos ao tentarem escapar do flagrante escondendo em um buraco madeira sem certificação de origem e extraída da mata nativa em APP (Área de Preservação Permanente).
As empresas, que já haviam sido notificadas a regularizarem as respectivas operações, foram autuadas ainda por funcionarem sem licença ambiental, por extração de argila em APP e de areia do Paraíba do Sul e por despejo de resíduos do processo de produção no rio, responsável pelo abastecimento de vários municípios e de 70% da Região Metropolitana da capital.
- São diversos crimes inaceitáveis, sobretudo as agressões ao Paraíba do Sul. Ao poluírem o rio, estas empresas prejudicavam milhões de pessoas que consomem água desse manancial. Essas cerâmicas serão interditadas e só serão reabertas se cumprirem integralmente as legislações ambientais.
A afirmação é da presidente Marilene Ramos, que afirmou ainda que o proprietário da Alfa, Pedro Santos Ferreira de Oliveira, além de responder a processo e estar sujeito a multas pelos crimes ambientais, foi intimado a recuperar a vegetação ciliar que extraía para usar no processo de queima das cerâmicas. Para isso, deverá usar mão-de-obra própria, enquanto a fábrica estiver interditada.
O Inea também vai tentar auxiliar na recolocação dos cerca de 200 funcionários das duas empresas até que as operações de ambas sejam regularizadas. Uma terceira cerâmica instalada em Miguel Pereira também foi interditada pelos agentes por infrações semelhantes. A presidente do Inea antecipou que o órgão identificou irregularidades em outras empresas durante ações de fiscalização.
- Vamos intensificar as vistorias nas dependências dessas empresas. A partir de agora esse tipo de operação será cada vez mais frequente. E sempre que forem detectadas agressões ao meio ambiente e desrespeito às leis ambientais as empresas responsáveis serão interditadas e responderão com o devido rigor pelos crimes praticados – finalizou a presidente do Inea.
A operação João-de-Barro foi comandada pelo coronel Maurício Padrone, da coordenadoria Contra Crimes Ambientais, da Secretaria do Ambiente, com a colaboração de agentes do Inea e do Batalhão Florestal.
Assista ao vídeo: http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/operacao-joao-de-barro-interdita-tres-ceramicas-de-grande-porte-por-crimes-ambientais-20110524.html
Mais informações : http://www.essentiaeditora.iff.edu.br/index.php/boletim/article/viewFile/936/627
imagem : Peixe de cerâmica raku - Nadmea Carvalho http://pt.artesanum.com/artesanato-raku_peixe_de_ceramica-30387.html
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