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23 de junho de 2011

CANTINHO LITERÁRIO: HOMENAGEM AO HOMEM DO CAMPO PELO "DIA DO LAVRADOR" - 23 JUNHO


 Lavrando a terra - (foto: Quixabeira - Instituto Xingó)

Silvia Cristina Martins Trevisani *
* Poetisa Paulista
HOMEM DO CAMPO

O homem arando a terra,

As mãos lançando a semente

A luz germinando a terra

A terra sustentando a gente!

A chuva mansa…

O cheiro da terra molhada…

O lavrador que não se cansa…

O suor e as mãos calejadas.

Vem a luz no pé da serra…

E o sol do meio dia…

O som da enxada na terra…

Não é uma melodia.

A colheita farta…

O sonho… A emoção…

Olhares enternecidos…

Nos frutos deste chão!

HOMEM DO CAMPO

Vai o lavrador cansado,
No seu recolhimento diário,
Não vê o seu dia passar.
No campo, as horas,
São medidas e aproveitadas,
De acordo com a altura do sol.

Bem baixo, vermelho, é a aurora,
Com o movimento e o cantar,
Dos pássaros nos arvoredos,
Matando sua fome matutina,
Até as sementes aguardam,
Que as disseminem em espaço aberto.

Vem o retireiro com a ordenha,
Leva os filhotes bezerros,
Famintos para sugar,
Do bom leite, sobrado pouco depois,
Levado dos baldes aos latões,
Para o urbano aproveitar.

Subindo... subindo... subindo...
Já é um sol escaldante,
Refletindo grande luz nos recantos,
Dos horizontes sem fim,
Não se vê mais a vermelhidão,
Deixado lá atrás com o amanhecer.

E o lavrador deixa o arado,
As sacas das sementes também,
Solta o cavalo trabalhador,
Puxador dos varais protetores,
Das semeadoras rústicas e primitivas,
Enterrando grão a grão,  os futuros alimentos.

Ali o homem do campo senta,
Na sombra de uma frondosa mangueira,
Abre a marmita cheirosa,
Do tempero, lá da madrugada,
Feita no fogão caipira, a lenha,
Muito antes do sol amanhecer.

Retorna às ruas nas carreiras,
Já aradas e agora plantadas,
Dos produtos naturais valiosos,
Transportados por vagoes ou caminhões,
Até mesmo aos portos dos mares,
Levados aos múltiplos rincões do homem.

Outra pausa é chegada,
A estrela sol já dá o sinal,
Aproximando do oeste poente,
É hora da merenda, do lanche,
Bom pão de milho recheado,
Com manteiga e boa carne suína;

Sobra ainda mais um pouco,
Da força readquirida,
Põe o chapéu de palha,
Desce a manga comprida da camisa
Ruma ao solo fértil,
A espera depois da boa chuva.

Mais um pouco cai o sol,
Como chamamento, ele avisa:
Terminou o seu dia,
Beija agora o crepúsculo,
Vá à fonte se banhar...
Espere a sua lua chegar.

Lembrando da semente semeada,
Lá, pouco distante no campo,
Adormece, descansa...
No seu colchão de palha,
Na esperança de outra aurora
Lá longe... no horizonte despontar.

POESIA

Autor da Poesia: Rodolfo Antonio de Gaspari -Rodoangas


BLOG SOS RIOS DO BRASIL
ÁGUA - QUEM PENSA, CUIDA!

2 comentários:

  1. Silvia Trevisani - Campinas SP21 junho, 2011 20:40

    PLANETA ÁGUA

    Água que brota do solo,
    Que chora! Implora inocente!
    Quer saciar nossa sede!
    Ainda tem pena da gente!

    Nasce pura com suave textura…
    Dos rios, dos lagos, dos mares…
    Faz redemoinhos e segue solta!
    Encrespa os mares e serve os lares.

    Surge e segue além das fronteiras…
    Se doa aos filhos dos filhos…
    e serve os filhos da gente.
    canta com as cachoeiras e encanta!

    Água que cobre a superfície da terra,
    desce cantarolando pela serra,
    Com seus recursos abundantes,
    Atiçando a mente dos estudantes.

    Planeta que resiste às explosões,
    e brota de um único fio de esperança,
    que luta pela criança…
    Sobrevive de emoções.

    Água doce, salgada e sagrada!
    Escolhida, bendita e bem acolhida.
    Lava a nossa vida e a nossa alma.
    Que seja sempre planeta água!

    Que assim seja! Nosso Planeta!

    de Silvia C Martins Trevisani *

    Campinas - Sp
    silvia.trevisani@ig.com.br

    ResponderExcluir
  2. Obrigado Silvia,

    Na postagem do dia 23 vou reproduzir o Cantinho Literário do dia 19 e acrescentar esta sua linda poesia Planeta Água!

    Fica aqui meu convite para nos enviar suas produções sobre a água, os rios, lagos, fontes, chuvas e recursos hídricos em geral.

    A Profª Clarice Villac, escritora e poetisa, também de Campinas, mantém nossa página especial "Cantinho Literário" (vide coluna da esquerda).

    Seja bem vinda e nos ajude a salvar os rios do Brasil!

    Obrigado!!!

    ResponderExcluir

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