29 DE JUNHO - DIA DO PESCADOR
Hoje, dia 29 de junho é o Dia de São Pedro, o apóstolo pescador e que também é padroeiro dos pescadores. Por isto, a data foi escolhida para comemorar o dia do pescador.
Pescador não é só bom de história. É aquele sujeito que conhece a natureza, entende o mar, sabe olhar para a lua e ver a maré que vem. Antes do sol nascer, lá vai ele com seu barco pesqueiro e pára onde sabe que dá peixe - sabe direitinho onde a pescaria é boa. Quando o dia é bom, traz alimento para a família e ainda garante o sustento da casa com o que consegue vender.
Este personagem - o pescador que vive de sua própria produção - é bastante comum no nosso país. Muitos vivem em praias paradisíacas e pouco habitadas; nos feriados e nas altas temporadas, costumam ganhar bem mais do que a média anual. Porém, a subsistência destes trabalhadores pode estar ameaçada pela pesca esportiva de pessoas sem licença e sem consciência ambiental, que pescam quantidades superiores à permitida; a poluição das águas também compromete a vida dos peixes e conseqüentemente a dos pescadores.
Portanto, além de cuidar e entender a natureza, o pescador precisa que todos sua volta façam o mesmo. Afinal, ele é um dos que sentem na pele como o equilíbrio da natureza é também o equilíbrio do homem.
TIPOS DE PESCA
Um bom pescador
Aquele que pesca de verdade, não o que só sabe contar história - deve dominar algumas técnicas. É um hobby bastante simples, mas para tudo tem um segredo: tem a isca certa, a escolha dos equipamentos, técnicas de arremesso, tipos de nós usados na pescaria, os melhores locais e horários, quais os pontos de pesca de cada região, entre outros. É preciso saber também distinguir os peixes, e saber onde encontrá-los e o tamanho certo para fisgá-los. Afinal, pescar filhotes não é uma boa idéia: além de render pouco, ainda não tiveram tempo de se reproduzir e, em grande escala, sua pesca pode comprometer a quantidade de peixes do local.
Existe a pesca artesanal, exercida pelo proprietário do meio de produção - sozinho, em parceria ou sociedade. E existe também a pesca empresarial, que contrata terceiros e geralmente é feita em embarcações. Enquanto esta é voltada a processos industriais e à exportação, a pesca artesanal é responsável pelo abastecimento do mercado interno.
DENTRO DA LEI!
Existem atualmente vários tipos de pesca. Em locais fechados, como os clubes e parques próprios, há regras específicas. Mas, para quem quer pegar seu barquinho e se aventurar pelos rios por aí, é bom saber que a pesca ao ar livre exige um documento: a licença de pescador amador. Ela serve para controlar a atividade nas regiões do Brasil e quem for pego pela fiscalização pescando sem a carteirinha deve pagar uma multa de R$ 41 por quilo.
A licença obriga o pescador amador a pescar unicamente com caniço simples, caniço com molinete ou carretilha, utilizando linha de mão e anzóis simples ou múltiplos, com isca natural ou artificial, puçá e tarrafa (esta última somente no mar). Há um limite de captura e um tamanho mínimo.
A fiscalização da pesca, realizada pela Feema, pelo Ibama, por policiais florestais e ONGs diversas também serve para evitar que se pesque na época da piracema. A piracema é o período de reprodução dos peixes, quando as fêmeas vão para as margens dos rios desovar. É, portanto, uma época delicada e por isto a pesca é proibida, sendo permitida apenas a pesca científica e ribeirinha, para subsistência de pequenas comunidades. Quem for autuado pela fiscalização pescando na época da piracema deve pagar uma multa de R$ 69 por quilo pescado.
Para conseguir a licença para a pesca amadora, você pode se informar nas agências do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal ou dos Correios.
PESQUE E SOLTE!
Pesque e solte! Este é o lema de quem vê a pescaria como um ótimo esporte de integração com a natureza, em que o importante são as táticas, estratégias e contato com o meio ambiente. Não vale mais aquela filosofia de contar vantagens; quantos peixes foram pescado ou qual o tamanho deles.
O que importa é cada peixe, como foi pescado, as emoções que trouxe, a luta para tirá-lo da água. Um bom pescador, na hora de soltar o peixe que pegou, sabe que ele precisa estar em boas condições de voltar para a água, sem ferimentos e pronto para continuar nadando. É melhor pescar um peixe, com habilidade, do que vários, com truques.
Alguns peixes exigem paciência e um aprendizado especial. Para outros, os acessórios utilizados vão determinar em grande parte o sucesso do empreendimento. Pescadores modernos lançam mão de iscas artificiais de vários formatos, cores, odores, sabores, sensibilidade e elasticidade. Isto porque as iscas artificiais facilitam a retirada do peixe do anzol, para sua devolução à água; também aumentam a sobrevida do peixe, porque não são engolidas, ao passo que as iscas naturais são - e assim o anzol fica alojado no estômago do peixe.
As varas também ganham novas tecnologias, assim como os chumbos e anzóis. A retirada do anzol é o principal cuidado que o pescador deve tomar quando for devolver o peixe. Quando o anzol não se fixa em áreas importantes, como as brânquias e o intestino, o peixe provavelmente sobreviverá. Nos casos mais graves, é melhor cortar a linha e deixar o anzol no peixe, porque retirá-lo diminuiria suas chances de sobreviver.
É importante também evitar a manipulação; logo que o peixe sai da água, o pescador deve retirá-lo rapidamente do anzol e devolvê-lo, pois este momento entre a captura e a soltura é causador de muita tensão para o peixe. Nesses momentos, o peixe libera hormônios e altera toda sua química interna num processo estressante que, quando muito longo, reduz suas forças e imunidade. Isto aumenta a possibilidade de um peixe solto depois de muita luta morrer por infecção.
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Peixe de couro da família Pimelodidae, a Piraíba (Brachyplatystoma filamentosum), é a maior espécie de peixe de couro da América do Sul e uma das maiores do mundo.
Governo do Amazonas e ALE realizam Semana do Pescador
O Governo do Estado em parceria com a Assembléia Legislativa do Estado (ALE) realiza de 24 a 29 a Semana do Pescador. O evento, coordenado pela Secretaria de Estado da Produção Rural e Comissão de Agricultura, Pecuária e Pesca da ALE, acontece em homenagem ao dia do Pescador, comemorado no dia 29 de junho.
Várias atividades estão programadas para esse período, entre elas a realização de curso de retirada de espinha de peixe, audiência pública, missa em ação de graças, distribuição de folder com orientação sobre qualidade do pescado, projeto Peixe Popular (venda de cinco jaraquis a R$ 1) e a tradicional procissão de São Pedro.
Dia 24, será realizada missa na Igreja Nossa Senhora dos Remédios; dia 25 haverá panfletagem nas feiras da Panair, Adolpho Lisboa, Ceasa e Mutirão; dia 27 realização do curso de retirada de espinha de peixe no Parque da Expoagro às 8h e seminário sobre a valorização do pescador no Amazonas realizado na ALE a partir das 14h.
Finalizando as atividades da Semana, dia 28, está agendada audiência pública no plenário da ALE. A Semana do Pescador encerra com a tradicional procissão de São Pedro com a saída de barcos da Catedral Metropolitana de Manaus até a Feira da Panair.
Assessoria Sepror
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ÁGUA - QUEM PENSA, CUIDA!
Tudo muito bem explicado, Parabéns, Professor Jarmuth !
ResponderExcluirMas, continuo achando estranha e cruel a diversão de 'pescar por esporte'...
Não compreendo o prazer de lutar com um animal indefeso, que está apenas vivendo sua vida na água,
o prazer de espreitar, enganar e causar susto, dor, infecção no pobre peixe,
só para 'o pescador' poder tirar 'uma foto gloriosa'
em que posa de 'astuto vencedor' da 'natureza selvagem'...
Acho isso muito triste, especialmente 'humano', pois 'humanos' são seres que encontram prazer no sofrimento de outros seres sencientes.
Como não se afligir ao ver o peixe fisgado pular, ficar ofegante, de olhos apavorados, com um metal doendo em sua boca ?
Acho uma situação absurda e horrível.
E, acho isso desde menina, quando fui pescar com meus tios e primos, e fiquei muito aflita e tristíssima por muitos dias, depois que um coitado de um peixe mordeu minha isca... gritei, meus primos acudiram, soltaram o peixe, devolveram pra água, mas eu nunca mais me esqueci...
Será que só 'meninas bobas' sentem a angústia do peixe ?
Não concordo com 'pesca esportiva'.
Porque continuo sendo a mesma pessoa, desde menina.
Até quanto a crueldade e os absurdos 'humanos' continuarão ?
Sim, sou radical.
Clarice