Codevasf comemora 37 anos de atuação
Vinculada ao Ministério da Integração Nacional (MI), a Codevasf direciona investimentos públicos para construção de obras de infraestrutura, particularmente para a implantação de projetos de irrigação e de aproveitamento racional dos recursos hídricos. Atualmente, a Companhia possui 25 perímetros públicos de irrigação instalados ao longo do vale do São Francisco, ocupando uma extensão de aproximadamente 125 mil hectares de área irrigada.Neste sábado, 16 de julho, a Codevasf completou 37 anos de existência. Precedida pela Comissão do Vale do São Francisco e pela Superintendência do Vale do São Francisco, a Companhia tem sua história associada à importância do “Velho Chico” no âmbito do crescimento social e econômico brasileiro. A empresa, que já atuava nos estados de Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Pernambuco e Alagoas, a partir de 2000, teve sua área de atuação estendida para vale do Parnaíba e, no início de 2010, essa passou a incluir também os vales do Itapecuru e Mearim, no Maranhão.
O vale é hoje um dos principais produtores do país de culturas de alto valor agregado, das quais as frutas são o carro-chefe e respondem por parcela significativa das exportações brasileiras, além de abastecer o mercado interno. Dessa forma, a empresa investe na aplicação de novas tecnologias, diversificação de culturas, capacitação e treinamento de produtores rurais, bem como realiza pesquisas e estudos socioeconômicos e ambientais e proporciona a geração de emprego e renda.
Com relação às ações de revitalização das bacias, a Codevasf tem coordenado obras de contenção de encostas, recomposição de matas ciliares, implantação de sistemas de esgotamento sanitário, coleta, tratamento e destinação de resíduos sólidos nos estados onde atua. Esse é o Programa de Revitalização das Bacias Hidrográficas dos Rios São Francisco e Parnaíba, que, entre 2007 e 2010, teve investimentos de R$ 2,7 bilhões por parte do governo federal. A esse programa, foi incorporado o “Água para Todos”, que tem a finalidade de levar água de qualidade para o consumo humano e uso na agropecuária em comunidades que estejam situadas até 15 quilômetros de distância das margens do Velho Chico.
A Codevasf implementou, ainda, o Programa de Aquicultura e Recursos Pesqueiros, com a construção e operacionalização de sete Estações de Piscicultura, hoje denominadas de Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e Aquicultura. O objetivo é a produção de alevinos de espécies de peixes de importância econômica, como fomento à piscicultura comercial e ecológica, visando também à recomposição da ictiofauna.
A Hidrovia do São Francisco também vem ganhando uma atenção especial do Ministério da Integração Nacional e da Codevasf nos últimos anos. Ela foi contemplada com recursos do Programa de Revitalização, visando à manutenção e recuperação de margens de 595 quilômetros de leito navegável. O investimento se deve ao fato de a hidrovia, associada aos transportes ferroviário e rodoviário, representar um vetor de desenvolvimento para a região Nordeste. É com essa visão que o MI e a Codevasf vêm trabalhando em parceria com o Banco Mundial (BIRD) para elaborar um modelo de gestão para o corredor multimodal de transporte, visando, com isso, ampliar e facilitar o escoamento da produção do vale. De acordo com os levantamentos preliminares da instituição, o projeto deve beneficiar vários estados em setores produtivos importantes, como produção agrícola e segmentos associados, agroindústria e produção de gado.
A Codevasf também tem a proposta de capacitar a população que reside nos vales. Para isso, desenvolve o Projeto Amanhã, a partir do qual já capacitou cerca de 25 mil jovens, filhos de produtores rurais, em segmentos como apicultura, piscicultura, ovinocaprinocultura e fruticultura, bem como em áreas não-agrícolas, a exemplo de corte e costura, artesanato, cabeleireiro, manicure, produção de doces, entre outras. O Programa de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais (APLs) é outra iniciativa importante da Companhia, que incentiva a estruturação de diversos empreendimentos, respeitando a vocação econômica de cada região.
Fonte para edição no Rema:
Marcelo Luiz - marcelolct@hotmail.comÉ o Núcleo de Estudos e Articulação sobre o Semiárido (NESA), da Fundação Joaquim Nabuco, divulgando a realidade do Nordeste seco.
ENVIADO POR João Suassuna — UFPE
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