Branquinha (AL) - Estragos causados pela enchente do Rio Mundaú. Crédito: Antônio Cruz/Abr
Mecanismos de enchentes em Alagoas
| MARCOS CARNAÚBA*
Grande parte dos rios alagoanos – cerca de 40 bacias hidrográficas – nasce no Agreste e Sertão de Pernambuco e de Alagoas. Nessas regiões existem milhares de pequenos e médios açudes construídos em encostas, córregos e baixios que acumulam águas de chuvas para consumo humano, animal e alguns projetos de irrigação.
A zona costeira tem como referência o nível zero, de forma aproximada o da água do mar, enquanto as zonas agrestadas e sertanejas se encontram em níveis ascendentes de Alagoas até Garanhuns – como exemplo – situado cerca de 900 metros mais alto.
A zona costeira tem como referência o nível zero, de forma aproximada o da água do mar, enquanto as zonas agrestadas e sertanejas se encontram em níveis ascendentes de Alagoas até Garanhuns – como exemplo – situado cerca de 900 metros mais alto.
Quando as chuvas se precipitam nessas regiões, grandes volumes são retidos pela malha de açudagem, reduzindo os volumes de águas que escoariam para os nossos principais rios que fluem sem gerar desastres, como o que se viu em junho de 2010, embora esses eventos sejam recorrentes ao longo de décadas, quiçá de séculos.
Alguns cenários podem ser previstos para o entendimento de enchentes regionais, com ênfase para as dos rios Mundaú e Paraíba que desaguam no Complexo Lagunar de Mundaú – Manguaba.
A malha de açudagem lá no alto está vazia e retém grande parte das águas de chuvas que caem na região, o excesso fluindo para os leitos desses dois rios sem gerar transtornos; os açudes estão cheios, as chuvas são bem distribuídas no tempo e no espaço escoando as sobras rios abaixo sem gerar destruição nas zonas ribeirinhas, mas elevando o nível das águas das lagoas, inundando as zonas marginais de Maceió e Marechal Deodoro como exemplos.
Em 2010 quando os açudes estavam cheios e o solo umedecido por chuvas anteriores um evento meteorológico anômalo despejou sobre a região algo da ordem de 200 litros de água por metro quadrado em menos de um dia, quase um palmo de lâmina de água sobre os solos daquelas regiões agrestadas que escoaram ladeira abaixo pelas calhas dos rios levando tudo de roldão.
No cenário atual, os açudes e barragens estão novamente cheios, os solos úmidos, e as previsões meteorológicas apontam para chuvas intensas no porvir sem se poder prever a sua distribuição no tempo e no espaço.
As previsões meteorológicas estão se tornando mais precisas alcançando hoje cerca de 80% de acertos, e poderíamos prever que outra inundação se avizinha se as chuvas forem intensas, mas há os eventos imprevisíveis que perturbam a já dinâmica atmosfera.
A erupção do vulcão chileno Puyehue lançou grandes volumes de poeira rochosa em forma de nuvens que podem mudar o prognóstico e não chover como se espera.
Um sistema de alerta de inundações já está sendo operado pela defesa civil.
(*) É engenheiro civil e consultor.
Caros
Artigo de minha lavra publicado no jornal Gazeta de Alagoas.
Abraços caetés
Eng.º Civil Marcos Carnaúba
CREA 3034 D-PE/AL
Tels. 82.8833.9343-9981.6748
e-mail: marcarnauba@gmail.com
Skype: marcarnauba
Eng.º Civil Marcos Carnaúba
CREA 3034 D-PE/AL
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ÁGUA - QUEM PENSA, CUIDA!
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