15/07/2011
Uma agenda intensa para os integrantes da Câmara Técnica de Ciência e Tecnologia do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CTCT/CNRH).
O 77º encontro do grupo fez parte das atividades programadas para a 63ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia.
A eleição da presidência, a participação de convidados especiais e a discussão sobre a importância das bacias hidrográficas do Cerrado foram incluídos na pauta de trabalho desta quinta-feira (14) durante todo o dia na Biblioteca Central do campus II da universidade.
Os membros da CTCT aprovaram, por unanimidade, a reeleição do engenheiro e doutor em meio ambiente e desenvolvimento Sanderson Leitão, que ficará na condução da câmara por mais um ano, podendo ser reconduzido por igual período. Para o especialista, que é coordenador de Recursos Hídricos do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), trata-se do reconhecimento do esforço empreendido e mais uma oportunidade para que "o grupo possa contribuir para a melhora das questões ligadas a C,T&I em recursos hídricos, bem como da gestão e da qualidade da água no país".
O assunto esteve dentro da temática da reunião da SBPC deste ano: “Cerrado: Água, Alimento e Energia”. Para Leitão, uma discussão que merece atenção especial. “O Cerrado é importantíssimo quando se fala da questão dos recursos hídricos no Brasil. É nesse bioma que nascem sete das 12 regiões hidrográficas brasileiras. Além disso, no Cerrado, existem atividades antrópicas (humanas) intensas, como a sua ocupação acelerada e a atividade agropecuária intensa”, comentou.
Sanderson Leitão lembrou que dois rios de grande relevância para o desenvolvimento e a integração do País, Araguaia e Tocantins, estão totalmente inseridos nesse bioma e que grande parte das nascentes do Araguaia está comprometida com o assoreamento, devido à erosão.
Participação
As características do bioma Cerrado e a sua relevância foram destacadas na apresentação de representantes da Agência Nacional de Águas (ANA) durante o encontro da CTCT. Participaram, ainda, o vice-presidente da SBPC, Ennio Candotti, e o superintendente de Recursos Hídricos na Secretaria do Meio Ambiente do Estado de Goiás, Augusto Almeida Netto, e o professor Ciro Ribeiro, pesquisador da Universidade Federal do Paraná.
De acordo com Leitão, tanto a SBPC quanto o governo goiano se colocaram à disposição para apoiar as atividades da câmara. A ideia é criar um grupo similar à CTCT em Goiás e abrir um espaço maior para o debate sobre recursos hídricos na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.
Uma delegação do governo alemão e representantes de três das suas universidades estiveram na Feira de Ciência e Tecnologia da SBPC, a Expotec. A Universidade de Leipzig, em grande parte voltada para área ambiental, mostrou interesse em realizar um workshop Brasil-Alemanha, com a participação de especialistas e pesquisadores, para tratar sobre diversas questões ligadas à área de recursos hídricos, em especial, sobre micropoluentes, orgânicos, inorgânicos e biológicos emergentes.
“Esses micropoluentes podem estar causando câncer nas pessoas e ainda não temos tratamento adequado no Brasil para retirá-los da água”, ressaltou o presidente da CTCT, acrescentando que a problemática é o foco de grupo de trabalho da câmara, que desenvolve uma proposta de moção a ser apresentada ao CNRH, com o objetivo de normatizar o assunto no país.
Para Sanderson Leitão, é necessário perceber a importância estratégica da água, cada vez mais escassa e geradora de conflitos e guerras em vários países. “O Brasil precisa acordar para a questão. Na região amazônica, por exemplo, está concentrada 70% da água no Brasil, mas há falta conhecimento científico sobre os recursos hídricos superficiais e, em especial, sobre as subterrâneas”, afirmou.
Sobre a câmara técnica
A Câmara Técnica de Ciência e Tecnologia do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CTCT/CNRH) é composta por 17 membros, entre representantes de ministérios, do setor industrial, prestadores de serviço público de abastecimento de água e de organizações técnicas, de ensino e pesquisa.
O grupo propõe e analisa mecanismos de fomento e estímulo ao desenvolvimento científico e tecnológico em matérias ligadas a recursos hídricos. Também sugere diretrizes para capacitação técnica, ações, estudos e pesquisas para a melhoria da gestão, de tecnologia, equipamentos e métodos, entre outras competências.Fonte: Portal do MC&T
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