Neste texto sempre atual, o nosso mestre em hidrologia, Eng. Manoel Bonfim Ribeiro, autor de muitos livros e importantes estudos e artigos sobre os rios do Brasil, nos dá no Blog "Palavrastodaspalavras", mais uma importante aula sobre a poluição dos principais cursos d' água de nossas bacias hidrográficas e do mundo.
Nesta semana que nos preparamos para o Dia do Combate à Poluição (14 de Agosto) é importante que reflitamos um pouco sobre as graves poluições e contaminações que provocamos nos rios que saciam nossa sede, irrigam nossas lavouras, transportam nossas riquezas e oferecem ainda peixes, transporte e lazer para as populações ribeirnhas.
Nesta semana que nos preparamos para o Dia do Combate à Poluição (14 de Agosto) é importante que reflitamos um pouco sobre as graves poluições e contaminações que provocamos nos rios que saciam nossa sede, irrigam nossas lavouras, transportam nossas riquezas e oferecem ainda peixes, transporte e lazer para as populações ribeirnhas.
- Prof. Jarmuth Andrade
A POLUIÇÃO DOS RIOS
Manoel Bonfim Ribeiro*
“O planeta Terra está aqui para existir, se não cuidar ele vai embora”.
- De um sertanejo.
Manoel Bonfim Ribeiro*
“O planeta Terra está aqui para existir, se não cuidar ele vai embora”.
- De um sertanejo.
Dentre os bens da natureza que Deus nos ofertou, a ÁGUA, é indiscutivelmente, o mais importante deles. A água é a fonte da vida. É ela que mitiga a sede da humanidade. Umedece e irriga os campos produzindo o alimento que aplaca a fome dos povos. Gera a energia que movimenta as indústrias e ilumina as nossas noites. Faz flutuar os corpos, cujas embarcações transportam nossas riquezas pelos mares, oceanos e pelos rios sinuosos da Terra. A água é um insumo de grande transversalidade, está presente em todos os programas de desenvolvimento.
O homem, ao tempo em que se beneficia da água, a linfa mais preciosa da natureza, ele a polui e a depreda com grande loucura. A poluição grassa em quase todos os rios da Terra, causada pelo homem civilizado e pelo homem inculto. Poluir água e desperdiçá-la é uma cultura da própria humanidade.
A poluição teve seu começo nos primórdios de uma civilização ainda rudimentar. Inicialmente, com excrementos humanos, lixos e animais em decomposição. Depois, com o aumento da população, o desenvolvimento industrial e o advento da irrigação, o teor de poluição começou a ter maior crescimento causado pelos esgotos sanitários, pelos metais pesados, pelos pesticidas e agrotóxicos.
A poluição hídrica passou a se constituir num problema cada vez mais preocupante para os destinos da humanidade.
No ano 2.006 tivemos no Brasil, segundo Atlas do Saneamento, IBGE, 1.430.000 casos de doenças por veiculação hídrica. Pelo volume e quantidade de água disponível, jamais os habitantes do Planeta sentiriam sede se não fora a poluição generalizada, a distribuição deficiente e desequilibrada e o grande desperdício existente. A nossa água é a mesma de sempre, nenhuma gota emigra para outro planeta.
Entenda o processo de poluir: As bactérias aeróbias auto-depuram a água mantendo o seu oxigênio, mas havendo excesso de poluentes surgem as bactérias anaeróbicas que fazem desaparecer o oxigênio e esta água entra em processo de putrefação, transformando rios e lagos em gigantescas cloacas. Estas águas, ricas em componentes químicos provocam verdadeira hecatombe na vida aquática dos diversos corpos líquidos. Mede-se, facilmente, a qualidade das águas de um rio pela intensidade da sua fauna potâmica.
Vejamos diversos exemplos no mundo:
O indiano considera o GANGES o seu rio sagrado, o rio da espiritualidade com seus banhos milagrosos mas os esgotos de Nova Delhi, Benares, Patna e Calcutá são lançados “in natura”, nas suas águas peregrinas. O TÍBERE, de um passado rico de histórias, abrigou nas suas águas os grandes imperadores romanos e até o Incitato, cavalo de Calígula, banhou nas suas águas remansosas. Hoje, este rio está totalmente poluído na sua travessia pelo centro de Roma, recebendo diariamente 450 toneladas de dejetos dos seus três milhões de habitantes, despejando suas águas no Mar Tirreno. O PÓ, também na Itália, em cujo vale os pracinhas brasileiros, na ll Guerra Mundial, derrotaram os alemães no Monte Castelo, é um rio totalmente poluído, apesar das grandes áreas irrigadas nos seus polderes, próximo ao delta, no Mar Adriático.
O TÂMISA, o rio mais importante do Reino Unido, berço de Oxford e Londres, rio dos grandes passeios fluviais de príncipes, reis e rainhas, tornou-se um rio fétido e morto pela incúria dos seus habitantes. O empenho do Governo britânico e da sociedade organizada, o fez ressuscitar, sendo, hoje, o rio mais límpido que deita suas águas no Mar do Norte. O RENO, que atravessa quatro países, o rio mais navegado do mundo, tendo, a cada instante, 2000 embarcações singrando no seu dorso, em 1986 tornou-se um rio morto e mortífero, causado pelos desastres químicos do parque industrial de Basiléia. As águas, do seu terço superior até a sua embocadura no Mar do Norte, em Roterdan, ficaram totalmente vermelhas de mercúrio, a fauna potâmica desapareceu e a fauna alada arribou-se. Em 2 anos de trabalhos técnicos e ecológicos incessantes, a vida aquática ressurgiu. O dia 15 de março tornou-se feriado numa pequena aldeia alemã quando se pescou no rio o primeiro salmão.
O DANÚBIO, navegável da Áustria ao mar Negro, rio da nobreza européia, com seus 300 afluentes, atravessando sete países ao longo do seu curso, foi atingido pela poluição orgânica, pelos agrotóxicos, e esgotos, por diversas vezes. Abriga um riquíssimo acervo histórico nas suas veias, sobretudo em Viena, com o gênio de Strauss e outras luminares da música clássica. Enriquecem mais ainda, o seu Vale, as lutas napoleônicas que aí se desenrolaram. Hoje, despoluído, chega ao mar Negro formando um belíssimo delta. Além de um bonito labirinto de canais, há uma grande variedade de pássaros aquáticos e um refúgio de vida selvagem, em áreas pantanosas, que embelezam toda a ambiência, já em terras da Iugoslávia.
O SENA carrega toda a história da França com Paris, sua cidade Luz. Rico de passado, este rio recebeu as cinzas de Joana D’Arc e assistiu a barbárie da noite de São Bartolomeu. Viu, no Século Xll, o drama de Abelardo e Heloisa e as janelas de Gustave Flaubert se abriam para os seus meandros. Rio de um belo passado histórico sofreu forte poluição de agrotóxicos desde suas nascentes em Borgonha, berço do vinho, até seu estuário no Mar da Mancha. O rio HUDSON, 650 km de extensão, o mais belo dos EE.UU, está literalmente poluído com curtumes e usinas nucleares. Este é o rio que banha a estátua da Liberdade em New York e no seu vale situa-se a Academia Militar de West-Point onde estudaram Dwight Eisenhower e Douglas Mac Arthur.
O TIETÊ, via de acesso à penetração dos bandeirantes pelo interior do País, nasce bem próximo ao litoral e se adentra pelos sertões sulistas. Capta, ainda, boa parte dos dejetos de São Paulo e continua poluído. O Governo já gastou mais de dois bilhões de dólares, mas o problema continua. A capacidade que tem a população de poluir o rio é maior que tem o Governo de despoluí-lo.
O MADEIRA, maior afluente direito do Amazonas, que banha a cidade de Porto Velho, está poluído pelo mercúrio no amálgama para a extração do ouro. Num pequeno subafluente deste grande rio, o JUMA que despeja suas águas no ARIPUANA há uma nova corrida do ouro que está provocando um grande desnudamento do seu vale aliado a uma forte poluição pelo mercúrio. TOCANTINS, dos seus 407 municípios da bacia, somente 27 (6,6%) têm esgotos tratados. No PARNAÍBA apenas 2,2%.(IBGE). Triste retrato. BEBERIBE E CAPIBERIBE são eternamente poluídos pelo vinhoto dos canaviais pernambucanos. O ITAPICURU na Bahia , está contaminado pela cromita que desce, via Jacurici, das fraldas da Chapada Diamantina. O SUBAÉ, no Recôncavo Baiano, está contaminado pelo chumbo.
O TUBARÃO da cor de café é o resultado das minas de carvão de Santa Catarina com mais de 90 anos de exploração. O rio dos SINOS, o vale das indústrias de couro do Rio Grande do Sul, recebe cerca de 100 mil m³ de poluentes por dia e a sua vida aquática está exaurida. A BAÍA DA GUANABARA recebe as águas de 35 rios das encostas circundantes. Belos no passado, hoje todos poluídos. O SÃO FRANCISCO, O VELHO CHICO, o rio da Unidade Nacional, a grande jugular do Nordeste, está cansado dos seus afluentes poluídos. O RIO DAS VELHAS, maior afluente direito e que transportou Pedro II nas suas águas, recebe, diariamente, 470 toneladas de dejetos da Grande Belo Horizonte através dos afluentes Arruda e Onça. O PARAOPEBA, outro afluente pela direita, recebe os metais pesados cádmio, cromo, mercúrio, arsênio, selênio, chumbo, etc., efluentes minerais do Quadrilátero Ferrífero Mineiro.
O DISTRITO FEDERAL com área de 5.800 Km², possui 49 rios perenes em três bacias principais, Maranhão, Rio Preto e S. Bartolomeu, mas a RIDE (Região Integrada do Desenvolvimento do Entorno do D F), a Grande Brasília, com área de 52.000Km2, rica em cursos de água, possui cerca de 550 rios e uma população de 3,1 milhões de almas. A poluição cresce na razão geométrica da população. Os problemas de água do Distrito Federal serão graves, se não houver uma forte política conservacionista. O mal maior, entretanto, está na destruição das nascentes, drasticamente soterradas. Mais de 2.000 nascentes que compõem as micro-bacias no Distrito Federal desapareceram em razão dos loteamentos desordenados. São águas puras e cristalinas que se perderam para sempre. Só a educação ambiental resgata a cidadania de um povo ao ter consciência da importância da preservação do meio, influindo diretamente na sua qualidade de vida.
Somando todas as providências do Governo brasileiro, relativas à despoluição dos nossos rios, os fracassos são bem maiores que os êxitos. O progresso evolutivo industrial e o aumento descontrolado da população estão levando os rios brasileiros a um deplorável estado de saúde, pois, diariamente, centenas de toneladas de substâncias tóxicas e nocivas são despejadas nos nossos mananciais hídricos. O homem se tornou algoz do seu próprio rio, o rio que o beneficia. As transgressões contra os mananciais hídricos resultam, sempre, em pesadas penalidades contra o HOMEM.
*o autor é engenheiro.
manoel.bomfim@terra.com.br
O homem, ao tempo em que se beneficia da água, a linfa mais preciosa da natureza, ele a polui e a depreda com grande loucura. A poluição grassa em quase todos os rios da Terra, causada pelo homem civilizado e pelo homem inculto. Poluir água e desperdiçá-la é uma cultura da própria humanidade.
A poluição teve seu começo nos primórdios de uma civilização ainda rudimentar. Inicialmente, com excrementos humanos, lixos e animais em decomposição. Depois, com o aumento da população, o desenvolvimento industrial e o advento da irrigação, o teor de poluição começou a ter maior crescimento causado pelos esgotos sanitários, pelos metais pesados, pelos pesticidas e agrotóxicos.
A poluição hídrica passou a se constituir num problema cada vez mais preocupante para os destinos da humanidade.
No ano 2.006 tivemos no Brasil, segundo Atlas do Saneamento, IBGE, 1.430.000 casos de doenças por veiculação hídrica. Pelo volume e quantidade de água disponível, jamais os habitantes do Planeta sentiriam sede se não fora a poluição generalizada, a distribuição deficiente e desequilibrada e o grande desperdício existente. A nossa água é a mesma de sempre, nenhuma gota emigra para outro planeta.
Entenda o processo de poluir: As bactérias aeróbias auto-depuram a água mantendo o seu oxigênio, mas havendo excesso de poluentes surgem as bactérias anaeróbicas que fazem desaparecer o oxigênio e esta água entra em processo de putrefação, transformando rios e lagos em gigantescas cloacas. Estas águas, ricas em componentes químicos provocam verdadeira hecatombe na vida aquática dos diversos corpos líquidos. Mede-se, facilmente, a qualidade das águas de um rio pela intensidade da sua fauna potâmica.
Vejamos diversos exemplos no mundo:
O indiano considera o GANGES o seu rio sagrado, o rio da espiritualidade com seus banhos milagrosos mas os esgotos de Nova Delhi, Benares, Patna e Calcutá são lançados “in natura”, nas suas águas peregrinas. O TÍBERE, de um passado rico de histórias, abrigou nas suas águas os grandes imperadores romanos e até o Incitato, cavalo de Calígula, banhou nas suas águas remansosas. Hoje, este rio está totalmente poluído na sua travessia pelo centro de Roma, recebendo diariamente 450 toneladas de dejetos dos seus três milhões de habitantes, despejando suas águas no Mar Tirreno. O PÓ, também na Itália, em cujo vale os pracinhas brasileiros, na ll Guerra Mundial, derrotaram os alemães no Monte Castelo, é um rio totalmente poluído, apesar das grandes áreas irrigadas nos seus polderes, próximo ao delta, no Mar Adriático.
O TÂMISA, o rio mais importante do Reino Unido, berço de Oxford e Londres, rio dos grandes passeios fluviais de príncipes, reis e rainhas, tornou-se um rio fétido e morto pela incúria dos seus habitantes. O empenho do Governo britânico e da sociedade organizada, o fez ressuscitar, sendo, hoje, o rio mais límpido que deita suas águas no Mar do Norte. O RENO, que atravessa quatro países, o rio mais navegado do mundo, tendo, a cada instante, 2000 embarcações singrando no seu dorso, em 1986 tornou-se um rio morto e mortífero, causado pelos desastres químicos do parque industrial de Basiléia. As águas, do seu terço superior até a sua embocadura no Mar do Norte, em Roterdan, ficaram totalmente vermelhas de mercúrio, a fauna potâmica desapareceu e a fauna alada arribou-se. Em 2 anos de trabalhos técnicos e ecológicos incessantes, a vida aquática ressurgiu. O dia 15 de março tornou-se feriado numa pequena aldeia alemã quando se pescou no rio o primeiro salmão.
O DANÚBIO, navegável da Áustria ao mar Negro, rio da nobreza européia, com seus 300 afluentes, atravessando sete países ao longo do seu curso, foi atingido pela poluição orgânica, pelos agrotóxicos, e esgotos, por diversas vezes. Abriga um riquíssimo acervo histórico nas suas veias, sobretudo em Viena, com o gênio de Strauss e outras luminares da música clássica. Enriquecem mais ainda, o seu Vale, as lutas napoleônicas que aí se desenrolaram. Hoje, despoluído, chega ao mar Negro formando um belíssimo delta. Além de um bonito labirinto de canais, há uma grande variedade de pássaros aquáticos e um refúgio de vida selvagem, em áreas pantanosas, que embelezam toda a ambiência, já em terras da Iugoslávia.
O SENA carrega toda a história da França com Paris, sua cidade Luz. Rico de passado, este rio recebeu as cinzas de Joana D’Arc e assistiu a barbárie da noite de São Bartolomeu. Viu, no Século Xll, o drama de Abelardo e Heloisa e as janelas de Gustave Flaubert se abriam para os seus meandros. Rio de um belo passado histórico sofreu forte poluição de agrotóxicos desde suas nascentes em Borgonha, berço do vinho, até seu estuário no Mar da Mancha. O rio HUDSON, 650 km de extensão, o mais belo dos EE.UU, está literalmente poluído com curtumes e usinas nucleares. Este é o rio que banha a estátua da Liberdade em New York e no seu vale situa-se a Academia Militar de West-Point onde estudaram Dwight Eisenhower e Douglas Mac Arthur.
O TIETÊ, via de acesso à penetração dos bandeirantes pelo interior do País, nasce bem próximo ao litoral e se adentra pelos sertões sulistas. Capta, ainda, boa parte dos dejetos de São Paulo e continua poluído. O Governo já gastou mais de dois bilhões de dólares, mas o problema continua. A capacidade que tem a população de poluir o rio é maior que tem o Governo de despoluí-lo.
O MADEIRA, maior afluente direito do Amazonas, que banha a cidade de Porto Velho, está poluído pelo mercúrio no amálgama para a extração do ouro. Num pequeno subafluente deste grande rio, o JUMA que despeja suas águas no ARIPUANA há uma nova corrida do ouro que está provocando um grande desnudamento do seu vale aliado a uma forte poluição pelo mercúrio. TOCANTINS, dos seus 407 municípios da bacia, somente 27 (6,6%) têm esgotos tratados. No PARNAÍBA apenas 2,2%.(IBGE). Triste retrato. BEBERIBE E CAPIBERIBE são eternamente poluídos pelo vinhoto dos canaviais pernambucanos. O ITAPICURU na Bahia , está contaminado pela cromita que desce, via Jacurici, das fraldas da Chapada Diamantina. O SUBAÉ, no Recôncavo Baiano, está contaminado pelo chumbo.
O TUBARÃO da cor de café é o resultado das minas de carvão de Santa Catarina com mais de 90 anos de exploração. O rio dos SINOS, o vale das indústrias de couro do Rio Grande do Sul, recebe cerca de 100 mil m³ de poluentes por dia e a sua vida aquática está exaurida. A BAÍA DA GUANABARA recebe as águas de 35 rios das encostas circundantes. Belos no passado, hoje todos poluídos. O SÃO FRANCISCO, O VELHO CHICO, o rio da Unidade Nacional, a grande jugular do Nordeste, está cansado dos seus afluentes poluídos. O RIO DAS VELHAS, maior afluente direito e que transportou Pedro II nas suas águas, recebe, diariamente, 470 toneladas de dejetos da Grande Belo Horizonte através dos afluentes Arruda e Onça. O PARAOPEBA, outro afluente pela direita, recebe os metais pesados cádmio, cromo, mercúrio, arsênio, selênio, chumbo, etc., efluentes minerais do Quadrilátero Ferrífero Mineiro.
O DISTRITO FEDERAL com área de 5.800 Km², possui 49 rios perenes em três bacias principais, Maranhão, Rio Preto e S. Bartolomeu, mas a RIDE (Região Integrada do Desenvolvimento do Entorno do D F), a Grande Brasília, com área de 52.000Km2, rica em cursos de água, possui cerca de 550 rios e uma população de 3,1 milhões de almas. A poluição cresce na razão geométrica da população. Os problemas de água do Distrito Federal serão graves, se não houver uma forte política conservacionista. O mal maior, entretanto, está na destruição das nascentes, drasticamente soterradas. Mais de 2.000 nascentes que compõem as micro-bacias no Distrito Federal desapareceram em razão dos loteamentos desordenados. São águas puras e cristalinas que se perderam para sempre. Só a educação ambiental resgata a cidadania de um povo ao ter consciência da importância da preservação do meio, influindo diretamente na sua qualidade de vida.
Somando todas as providências do Governo brasileiro, relativas à despoluição dos nossos rios, os fracassos são bem maiores que os êxitos. O progresso evolutivo industrial e o aumento descontrolado da população estão levando os rios brasileiros a um deplorável estado de saúde, pois, diariamente, centenas de toneladas de substâncias tóxicas e nocivas são despejadas nos nossos mananciais hídricos. O homem se tornou algoz do seu próprio rio, o rio que o beneficia. As transgressões contra os mananciais hídricos resultam, sempre, em pesadas penalidades contra o HOMEM.
*o autor é engenheiro.
manoel.bomfim@terra.com.br
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