Encontro dos Rios Tietê e Pinheiros - SP
Limpeza do Tietê e do Pinheiros termina este ano
Até o fim de 2012, o governo estadual promete concluir o desassoreamento dos rios Tietê e Pinheiros, assim como dos seus afluentes que cortam a capital paulista e a Região Metropolitana. O previsão foi feito nesta segunda-feira (30) pelo governador Geraldo Alckmin durante vistoria aos serviços de limpeza do rio Pinheiros. "Do ponto de vista de macrodrenagem, que são os Rios Tietê e Pinheiros, a Região Metropolitana de São Paulo está melhor preparada e estará com as obras praticamente concluídas ao final deste ano. A partir daí, será preciso fazer apenas a manutenção", explicou o governador.
Só em 2011, as obras no Pinheiros retiraram 450 mil m3 de detritos. Em toda a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), o trabalho de limpeza dos rios e córregos atingiu a marca de 3,7 milhões m³ de sedimentos removidos, um aumento significativo na capacidade de dar vazão às enchentes. O volume retirado representa 60% da capacidade dos 30 piscinões construídos nos últimos 16 anos. É como se, em menos de um ano, o Estado tivesse acrescentado 20 piscinões ao sistema de combate às enchentes da RMSP.
Rio Pinheiros - Somente das águas do Rio Pinheiros, desde 2009, já foram retirados 700 mil m³ de material assoreado (450 mil m³ em 2011) e a previsão é que até 2013 esse número chegue a 2 milhões m³. O investimento da EMAE no desassoreamento do Pinheiros é de R$ 71,8 milhões.
Para realização dos trabalhos estão sendo empregadas quatro dragas de sucção e recalque, quatro barcaças, plataformas flutuantes com escavadeiras, cerca de 90 caminhões, além de escavadeiras, pás carregadeiras e veículos de apoio.
O Canal Pinheiros tem por origem a retificação do Rio Pinheiros, iniciada no final da década de 1930 e concluída em 1957. O principal objetivo era o aumento da geração de energia na Usina Henry Borden, por meio da reversão do curso d'água dos Rios Pinheiros e Tietê para o Reservatório Billings.
A Usina Elevatória de Traição divide o canal em dois: o Canal Pinheiros Inferior, com 10.083 metros, trecho compreendido entre a confluência com o rio Tietê ("Cebolão") e a Usina Elevatória de Traição; e o Canal Pinheiros Superior, com 15.461 metros, entre as usinas elevatórias de Traição e Pedreira. Além da geração de energia, o sistema se tornou indispensável para o controle de cheias na Região Metropolitana de São Paulo.
Tietê e afluentes - Somente em 2011, foram retirados 3,3 milhões de m³ de sedimentos do Tietê e dos córregos e rios afluentes que deságuam no rio (Córrego Juqueri, Córrego Carapicuíba, Rio Cotia, Rio Cabuçu de cima, Rio Baquirivu - Guaçu, Córrego Três Pontes). O volume é equivalente a 1.864 piscinas olímpicas, com dimensão de 50m x 22m, lotadas de material assoreado. Para se ser uma idéia, todos os dias são retiradas 500 toneladas de lixo do Rio Tietê. É o mesmo volume de lixo produzido por dia por uma cidade como Ribeirão Preto, que tem 600 mil habitantes.
O DAEE está investindo R$ 148,2 milhões no desassoreamento dos três lotes do Tietê: Lote 1 - Edgar de Souza até a Barragem Móvel do Cebolão (16,5 km); Lote 2 - Cebolão até a Barragem da Penha (24,5 km); Lote 3 - Barragem da Penha até o Córrego três Pontes (25 km). O trabalho é feito concomitantemente nos três trechos (66 km).
O principal objetivo é aumentar a capacidade de vazão do Rio Tietê, reduzindo o risco de inundações nas avenidas Marginais. As máquinas estão trabalhando 24 horas por dia, seis dias por semana. O material escavado está sendo depositado na Lagoa de Carapicuíba e em aterros sanitários. O transporte do material escavado é realizado por mais de 70 máquinas, entre elas 18 barcaças, 50 caminhões e 27 escavadeiras.
Piscinões - As obras de desassoreamento estão tendo um impacto significativo já neste verão. Ao mesmo tempo, o governo está trabalhando em obras que trarão benefícios ainda maiores nos próximos anos. No momento estão em obras ou em processo de licitação a construção de 11 piscinões na Região Metropolitana de São Paulo. Com essas intervenções, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, irá aumentar em 2,7 milhões de m³ a capacidade de armazenamento contra enchentes na região até 2014. Está em obras o piscinão Olaria, com previsão de entrega para maio de 2012; e outros 10 estão em fase de licitação: Guamiranga, Miranda d'aviz, Pindorama, Jaboticabal, quatro reservatórios em Franco da Rocha, e mais dois na região de Guarulhos, um no Córrego dos Cubas e dos Japoneses e outro na Foz do Tietê. Ao todo, o investimento nesses novos piscinões soma R$ 233 milhões.
Além da construção de novos piscinões, o Governo do Estado está investindo R$ 29 milhões em limpeza, desassoreamento e manutenção de 25 piscinões localizados no ABC, Osasco, Embu e Taboão da Serra. Com o contrato para limpeza dos 25 piscinões, assinado em dezembro de 2012, o DAEE assume o trabalho que era de responsabilidade das prefeituras municipais onde estão localizados os reservatórios e que têm dificuldades para realizá-lo. O objetivo é manter a capacidade de acumulação desses piscinões, contribuindo para minimizar o risco de inundações e garantir as condições operacionais do sistema, que beneficia toda a Região Metropolitana de São Paulo. Fonte: Caderno SP
BLOG SOS RIOS DO BRASIL
Deve ser mais econômico , e claro que mais vantajoso aos rios, que a sujeira seja retirada antes de chegar aos corpos hídricos. Ao invés de contratos milionários com empresas especializadas, o lógico seria a ampliação da mão de obra das empresas de coleta e varrição de lixo, diminuindo o lançamento de lixo nas ruas. Mas, ficamos felizes de saber que estão dragando os principais rios de São Paulo .
ResponderExcluirNewton Almeida MEIO AMBIENTE RIO DE JANEIRO http://limpezariomeriti.blogspot.com