PÁGINAS ESPECIAIS DO BLOG

29 de fevereiro de 2012

OS PREOCUPANTES PROJETOS DA ÁGUA NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO

semiárido: área em vermelho


Água no Semiárido brasileiro

Não é de megaprojetos que o Semiárido precisa. É de pequenos projetos baratos e localizados, que gerem soluções na área da água e também trabalho e renda para as comunidades isoladas.
24/02/2012
Site Mundo Sustentável
Washington Novaes*
São preocupantes algumas notícias sobre a questão de obras no setor de recursos hídricos no Semiárido brasileiro.

A primeira delas é na área do megaprojeto de transposição de águas do Rio São Francisco. Numerosos estudos mostraram inutilmente, durante décadas, que não é essa a melhor solução para prover de água regiões carentes e isoladas, que sofrem com as secas. Agora, informa-se que estão paralisadas, e até se deteriorando, obras em seis dos 14 trechos da transposição, embora os recursos tenham sido aumentados de 5 bilhões de reais para 6,6 bilhões. E embora o Tribunal de Contas da União esteja apontando superfaturamento em certos locais.

Outros estudos confirmam que a água transposta custará muito caro, pois terá de subir centenas de metros. Quem pagará a energia? E por que se vai levar água para cidades que continuam a desperdiçar mais de 40 por cento da que sai das estações de tratamento?

O ex-ministro Ciro Gomes, um dos maiores defensores da transposição para prover comunidades isoladas, agora tem confirmado também que a maior parte da água não será para abastecer casas nesses locais, e sim grandes plantações de produtos destinados à exportação.

E para complicar tudo, o governo federal decidiu substituir as cisternas de placa – que recebem água de chuva recolhida nos telhados – por cisternas de plástico, nas comunidades isoladas. Uma coligação de organizações não governamentais já implantou, com os melhores resultados, mais de 350 mil cisternas de placa, usando mão de obra e materiais locais. Por que substitui-las por cisternas de plástico, menos adequadas e que exigirão mais de 200 mil viagens de caminhões, a alto custo, para transportá-las desde os locais de produção – até completar um milhão de cisternas do projeto?

Não é de megaprojetos que o Semiárido precisa. É de pequenos projetos baratos e localizados, que gerem soluções na área da água e também trabalho e renda para as comunidades isoladas.

* Jornalista, é supervisor geral do Repórter Eco.

Fonte: Repórter Eco - ASA BRASIL
ENVIADO PELO COLABORADOR ENG. JOÃO SUASSUNA - REMA ATLÂNTICO - PE


OBS. Segundo o site da Academia Brasileira de Letras (Busca no Vocabulário) a forma correta de escrever (nova nomenclatura) é SEMIÁRIDO  (sem o hífem).  Semi-árido não existe, segundo aquele site. 


BLOG SOS RIOS DO BRASIL
ÁGUA - QUEM PENSA, CUIDA!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja bem vindo e deixe aqui seus comentários, idéias, sugestões, propostas e notícias de ações em defesa dos rios, que vc tomou conhecimento.
Seu comentário é muito importante para nosso trabalho!
Querendo uma resposta pessoal, deixe seu e-mail.

A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários. Portanto, não serão publicados comentários que firam a lei e a ética.

Por ser muito antigo, o quadro de comentários do blog ainda apresenta a opção comentar anônimo; mas, com a mudança na legislação,

....... NÃO SERÃO PUBLICADOS COMENTÁRIOS DE ANÔNIMOS....

COMENTÁRIOS ANÔNIMOS, geralmente de incompetentes e covardes, que só querem destruir o trabalho em benefício das comunidades FICAM PROIBIDOS NESTE BLOG.
No "COMENTAR COMO" clique no Nome/URL e coloque seu nome e cidade de origem. Obrigado
AJUDE A SALVAR OS NOSSOS RIOS E MARES!!!

E-mail: sosriosdobrasil@yahoo.com.br