Rio Tietê, em São Paulo usado como "hidroanel paulistano"
Nos últimos 110 anos, engenheiros, urbanistas e arquitetos traçaram pelo menos 67 estudos sobre a navegação nos rios Pinheiros e Tietê. Alexandre Delijaicov, coordenador do grupo da FAU, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, é arquiteto e urbanista e explica o projeto: “A principal função do hidroanel seria transporte de lixo e outros resíduos urbanos, como entulho da construção civil, sedimento de dragagens, terra de escavações e lodo das estações de tratamento de água e esgoto” .
Se virar realidade, o hidroanel terá 170 quilômetros de extensão, sendo 17 quilômetros de um canal artificial, a ser construído ligando as represas Billings a Taiaçupeba.
“São Paulo é tão cercada de água, que poderia até ser chamada de ilha. O objetivo do anel fluvial é transportar cargas e, futuramente, passageiros, que poderiam viajar normalmente ou a turismo”, explica o arquiteto.
“São Paulo é tão cercada de água, que poderia até ser chamada de ilha. O objetivo do anel fluvial é transportar cargas e, futuramente, passageiros, que poderiam viajar normalmente ou a turismo”, explica o arquiteto.
Ao longo do Hidroanel, serão instaladas várias unidades com finalidades específicas,como eclusas, portos, travessias de balsas, usinas para tratamento de lixo e material reciclado. “Na zona leste, onde o Tietê percorre a maior parte dentro da capital, haverá parques e áreas verdes nas margens, como na orla marítima de Santos”, compara o arquiteto.
Cada um desses pontos abrigará plantas industriais para triagem e tratamento do lixo e resíduos – espécie de “montadoras ao contrário” na definição de Delijaicov. O material plástico, por exemplo, seria separado, picado, moído e encaminhado a indústrias como matéria-prima. No caso de resíduos da construção civil, o destino seria, após a trituração, a produção de argamassa, concreto e material para pavimentação de ruas. O material orgânico, como o lodo, também teria tratamento próprio. São três destinações: compactação para uso em blocos de pavimentação; transformação em adubo para parques da região metropolitana; e alimentação do biodigestor, equipamento para geração do biogás utilizado para funcionamento das máquinas do porto. Delijaicov e seu grupo de arquitetos da FAU criaram o projeto do Hidroanel há pouco mais de dois anos, embora ele já alimentasse essa ideia desde seu doutorado nos anos 1990.
O custo da empreitada é estimado em cerca de R$ 3 bilhões, investidos ao longo de até 30 anos. Defensores do hidroanel citam outras duas vantagens do sistema: combate aos congestionamentos e à poluição na Grande São Paulo. Os benefícios viriam da redução na quantidade de caminhões, responsáveis por cerca de 440 mil viagens por dia na região metropolitana. Só a movimentação de cargas da construção civil responde por 26.000 viagens diárias. O projeto ainda tem pela frente pelo menos quatro etapas: estudo de viabilidade, anteprojeto, projeto básico, projeto executivo. Fonte: http://www.comunitexto.com.br/
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