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22 de novembro de 2012

NASCENTES E CABECEIRAS DOS RIOS DO ALTO PARAGUAI AMEAÇADOS PELA PECUÁRIA EM CRESCIMENTO


Mapa da Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai

Em 2 anos, pecuária compromete 1,4 mil km² da 

Bacia do Alto Paraguai


O avanço das atividades agropecuárias na Bacia do Alto Paraguai (BAP) já comprometeu mais da metade da região do planalto, conforme estudo denominado “Monitoramento das alterações da cobertura vegetal e uso do solo na região”.
Segundo o superintendente de conservação da ONG WWF-Brasil, Michael Becker, a conversão de vegetação natural para atividades de agricultura e pecuária na Bacia do Alto Paraguai é de 1,4 mil km², área equivalente a 140 mil campos de futebol, mudança ocorrida em período de dois anos, de 2008 a 2010. A maior parte, segundo ele, foi utilizada para pastagens.
Na região de Mato Grosso do Sul, o uso do solo comprometeu principalmente o planalto, conforme o levantamento divulgado nesta terça-feira (20). Pelo relatório, constam 40,7% de de cobertura vegetal natural, o que significa que 59,3% correspondem a área de utilização pelo homem. O material foi repassado à vice-governadora do estado, Simone Tebet.
Pelo menos quatro municípios do estado tiveram sua cobertura vegetal natural afetada, são eles: Coxim, Aquidauana, Bonito e Porto Murtinho. “Temos que cuidar do planalto, pois toda alteração que a área sofre causa impacto direto na planície do Pantanal”, explicou Becker. O alerta já constava no primeiro monitoramento, divulgado em 2009, referente ao estudo de cobertura vegetal nativa de 2002 a 2008.
Para a diretora executiva da ONG SOS Pantanal, Lucila Egydio, é preciso um maior cuidado com as nascentes e cabeceiras dos rios. “No próximo ano, vamos preparar campanhas de conscientização visando a preservação dessas nascentes, pois é delas que vem a água da planície pantaneira”, disse a diretora.
A vice-governadora em Mato Grosso do Sul Simone Tebet (PMDB), recebeu o relatório. Simone diz que a meta futura é utilizar recursos financeiros para reduzir o assoreamentos nos rios no planalto.
O estudo – O “Monitoramento das alterações da cobertura vegetal e uso do solo no BAP” foi feita no período de 2008 a 2010 apenas na porção brasileira, que vai desde as cabeceiras até a confluência do rio Paraguai com o rio Apa, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Essa bacia hidrográfica possui uma área total de 620 mil km², sendo que 60% estão em território brasileiro.
O estudo tem como objetivo acompanhar a mudança de uso e ocupação do solo, além das alterações na cobertura vegetal desta bacia hidrográfica, que abriga o Pantanal. A área de vegetação nativa do Pantanal na região da Bacia do Alto Paraguai caiu de 86,6% para 86,2% na planície e passou de 41,8% para 40,7% no Planalto.
Entre as instituições que participaram do trabalho estão as ONGs Conservação Internacional, Fundação Avina, Instituto SOS Pantanal, WWF-Brasil, a Embrapa Pantanal, a Ecoa, SOS Mata Atlântica, que deram apoio, e a execução técnica da Arc Plan. (Fonte: Tawany Marry/ G1) - AMBIENTE BRASIL

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