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19 de abril de 2013

NAVIO POLAR ALMIRANTE MAXIMIANO RETORNA DE EXPEDIÇÃO NA ANTÁRTICA



Navio Polar Almirante Maximiano (Tio Max) - Marinha do Brasil

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Navio da Marinha brasileira retorna ao Rio 

após operação na Antártica

O Navio Polar Almirante Maximiano, sob o comando do Capitão de Mar e Guerra, Newton Calvoso Pinto Homem, retornou ao Rio de Janeiro na manhã desta quinta-feira (18), após concluir a sua participação na 31º Operação Antártica.
O retorno da missão teve início em outubro de 2012. Após navegar mais de 22.000 milhas e passar 159 dias no mar, o navio atracou no Arsenal de Marinha, na Praça Barão de Ladário, na Ilha das Cobras, no Centro, por volta das 10h.
“Esta operação foi diferente da anterior porque pôde usar todo o potencial dessa pesquisa. O resultado foi de extremo sucesso, eu posso dizer. Os pesquisadores saíram muito satisfeitos”, declarou o comandante Newton Pinto.
O comandante contou ainda que o momento mais difícil da missão foi quando passou por uma península da Antártica, próximo da Ilha Elefante.
“Foram 18 horas para atravessar um campo de gelo, naveguei a 4km por hora. A pé eu iria mais rápido, deu tudo certo, mas necessitou muito cuidado para o impacto com o gelo não danificar o navio ou o navio ficar preso no meio do gelo”, explicou.
A embarcação, que foi apelidada pela Marinha como “Tio Max”, serviu de base para atender 105 pesquisadores em 11 projetos de pesquisa, em um período de seis meses, nos Estreitos de Bransfield, Antártico e Gerlache, e nas ilhas do arquipélago das Shetland do Sul.
Familiares dos oficiais aguardavam ansiosos o navio atracar. “Agora que ele vai conhecer os filhos. É tanta emoção que não da nem pra falar, não dá pra descrever”, contou emocionada Márcia Damico, esposa do sargento Canejo, que ao partir para missão na Antártica, a esposa ainda estava grávida dos gêmeos Bernardo e Miguel. Eles completaram seis meses nesta quarta-feira (17).
“Eu tinha 11 dias de mar quando eles nasceram e agora fiquei muito nervoso. É uma emoção muito grande, mas valeu a pena. A família já está acostumada com as nossas viagens e estou feliz porque eles estão cheios de saúde. Agora é seguir em frente”, declarou o sargento Eduardo Canejo.
Dentre os eventos que mais se destacaram nesta comissão, está a coleta de amostras de solo marinho de até 1 mil metros de profundidade, que permitiram estudar as características físicas, químicas e biológicas da água e do solo marinho da região, fundamentais para compreender a dinâmica de massas de água e o seu impacto no clima do planeta.
Conforme explicou a Marinha do Brasil, outro destaque está a participação na Integração Antártica I, a primeira operação conjunta entre as marinhas do Brasil e da Argentina na Região Antártica. A missão participou ainda da realização de 115 estações oceanográficas, coletando amostras de água a até 3.620 metros de profundidade.
Ainda segundo a Marinha, os botes orgânicos do Navio, além do apoio ao embarque e desembarque de material e pessoal dos projetos nos diversos pontos da região, também foram utilizados no apoio aos projetos de observação de baleias, com 23 coletas de amostras de pele de diversas espécies, incluindo de baleias Orca.
A professora e coordenadora do projeto de aves, Maria Virgínia Petry contou que vai para a Antártica para estudar as aves desde 1984 e que retornará ainda em outubro deste ano.
“Vou desde a operação Antártica 3, esta foi a 31º. Dessa vez, pudemos monitorar para onde a aves vão no período não reprodutor. E também monitorar doenças e como se comportam no clima frio. Recolhemos 300 amostras de sangue de aves para identificar as doenças e a primeira apontou positivamente para a influenza. Vamos analisar agora qual a cepa”, explicou.
Também foram visitadas bases e estações do Chile, Espanha, Polônia e Bulgária. Em seu regresso ao Brasil, foi realizado censo de aves marinhas no trajeto até o Rio de Janeiro, além de coleta de amostras atmosféricas para estudos de poluição ambiental, segundo a Marinha.
Ainda de acordo com a Marinha, os dados coletados durante o período da comissão pelos diversos projetos embarcados ajudarão na melhor compreensão do clima, do impacto causado pela presença e atuação humana e em melhores modelos de previsões meteorológicas, além de garantir a presença brasileira na Antártica, avalizando a participação do País na decisão do destino do continente gelado. (Fonte: G1)


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