Nova unidade de captação recebeu quatro novas bombas, já instaladas. Duas delas enviarão água para a ETA Leste, enquanto as outras encaminharão água para a ETA Centro
Semae trabalha para implantação do segundo ponto de captação de água do rio Tietê
O Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) está trabalhando para que Mogi das Cruzes passe a ter mais um ponto de captação de água do rio Tietê. Hoje, a água tratada pela autarquia vem da Estação Pedra de Afiar, em Cocuera, onde funciona a Estação de Captação e Recalque 2 (ECR-2). Desde outubro do ano passado, porém, o Semae vem reaparelhando a Estação de Captação e Recalque 1 (ECR-1), que fica às margens do Tietê, só que no bairro do Socorro, ao lado da Estação de Tratamento de Água (ETA) Leste. O objetivo é que a nova unidade comece a operar ainda este ano.
O diretor-geral do Semae, Marcus Melo, explica que o trabalho segue as diretrizes do Plano Diretor de Água da autarquia, em execução desde 2011. Uma das metas propostas pelo documento é reduzir de forma gradativa a compra de água da Sabesp. “Desde que assumimos a direção do Semae, nos esforçamos para aumentar a produção própria de água e, consequentemente, diminuir a aquisição de água da Sabesp. Trata-se de uma questão estratégica e que vem sendo cumprida de forma gradual, mas contínua”, explica.
A nova unidade de captação recebeu quatro novas bombas, já instaladas. Duas delas enviarão água para a Estação de Tratamento de Água (ETA) Leste, cada uma com 125 cavalos de potência. Outras duas bombas, cada qual com 200 cavalos, mandarão água para a Estação Centro, que funciona na sede do Semae. O trabalho é artesanal, pois os tubos que conduzirão a água por todo o sistema são fabricados sob medida no próprio canteiro de obras.
Melo acrescenta que uma instalação como esta é praticamente toda artesanal. As bombas são dimensionadas de acordo com as necessidades da estação, assim como as tubulações, o sistema elétrico e os painéis de controle. Isso exige a presença de funcionários especializados e, após o início da operação, uma manutenção igualmente preparada. “É o que acontece com as nossas estações de água e esgoto. Elas possuem especificações próprias, o que torna o sistema muito complexo. Quando ocorre um problema com um painel elétrico ou uma bomba, por exemplo, a substituição é feita sob encomenda. Não dá para simplesmente ir na loja e comprar a peça que falta”, exemplifica o diretor-geral.
Atualmente, a reativação do novo ponto de captação de água está em 58% de seu cronograma. O investimento previsto é de R$ 1,9 milhão. Quando estiver em operação, a estação contribuirá para aumentar a produção própria do Semae. Com os esforços da autarquia, atualmente Mogi produz 65% da água que consome, com a compra dos 35% restantes da Sabesp. Estes índices sofrem alterações durante o ano. No verão, o consumo se eleva, enquanto no inverno o uso de água pela população diminui.
O diretor-adjunto, Dirceu Lorena de Meira, lembra que as obras na ECR-1 trarão economia ao Semae, pois o ponto de captação fica ao lado ETA Leste – atualmente, a água é bombeada para a estação a partir de Cocuera. A diminuição da distância representará economia de energia. Além disso, novas bombas e tubulações serão instalados na ETA Leste, no sistema de distribuição de água. “Com isso, ampliaremos nossa possibilidade de distribuição de água em direção às regiões mais centrais, fazendo com que a produção da ETA Centro possa ser também redistribuída para as regiões hoje atendidas pela Sabesp, como Braz Cubas”, explica Dirceu.
Historicamente, a captação de água do rio Tietê, no ponto onde hoje está a ECR-1, garantiu o abastecimento do município nas décadas de 70 e 80. A estação Pedra de Afiar, no Cocuera, foi inaugurada em 1988 e sua capacidade, na época, era muito superior à população da cidade. Com o crescimento do município, porém, o Semae se prepara para operar com as duas unidades de forma conjunta.
Conjunto de ações
Melo lembra que a reativação do segundo ponto de captação de água será um importante passo para aumentar a produção própria e reduzir a compra da Sabesp, mas não o único. O Semae vem investindo em uma série de ações para combater as perdas de água, outra medida prevista no Plano Diretor. As principais iniciativas já colocadas em prática incluem a compra de novos equipamentos para a detecção e reparo de vazamentos – os geofones – , o treinamento das equipes técnicas de rua, a instalação de macromedidores, as setorizações das redes nos bairros e melhorias no tratamento.
Juntas, as medidas proporcionam bons resultados. As setorizações consistem em subdividir as redes de bairros em sistemas menores. Isso facilita a manutenção e permite maior controle do volume de água enviado à região, bem como dos casos de vazamentos. O Residencial Itapety, a Vila Oroxó e a Vila Jundiaí são exemplos de locais que já contam com redes setorizadas – Jundiapeba também acabou de receber o sistema.
Com os macromedidores, o trabalho ganha em controle. Os macromedidores são grandes hidrômetros que marcam o volume de água que chega a determinados bairros. Comparando-se o volume macromedido com o medido nos hidrômetros das residências, é possível identificar possíveis vazamentos, que são encaminhados para as equipes de manutenção. Neste momento, a setorização – com a rede subdividida e menor – permite identificar o ponto com mais facilidade.
Além disso, o Semae realizou melhorias no tratamento da água. Desde o ano passado, a autarquia utiliza sulfato líquido no processo de tratamento da água. O componente químico é mais fácil de ser usado, proporciona economia para a autarquia – cerca de R$ 20 mil mensais – e melhora a qualidade da água, que é monitorada diariamente pelo Semae. Ela segue os parâmetros estabelecidos pela portaria 2914/2011, do Ministério da Saúde, que define os procedimentos de garantia da qualidade para o consumo humano.
Para a utilização do novo produto foi necessário realizar a reforma de dois tanques, instalação de tubulações e de um sistema de bombeamento na Estação de Tratamento de Água (ETA) Centro, com um investimento total de cerca de R$ 50 mil. A substituição do sulfato granulado pelo líquido não traz qualquer mudança na qualidade da água consumida pelos mogianos.
O Semae realiza nove mil análises mensais de qualidade antes de chegar às torneiras das casas, sendo 7,1 mil durante a produção e outros 1,9 mil na rede de distribuição. Elas ocorrem desde o momento da captação da água, no rio Tietê, até o armazenamento nos reservatórios dos bairros, passando por todo o processo de tratamento nas Estações do Centro e do Socorro.
As análises da água são realizadas a cada duas horas e cada etapa do tratamento é monitorada. O Semae também conta com operadores que verificam diariamente a qualidade da água que chega aos vários reservatórios espalhados pela cidade. Os principais estão localizados em Taiaçupeba, Vila Suíssa, Vila Aparecida, Botujuru, Vila Natal, Vila Jundiaí, Vila Pomar e na própria ETA Leste. Os operadores recolhem amostras de cada reservatório, que passam por análises no laboratório da autarquia. (MAS) - Fonte: http://www.mogidascruzes.sp.gov.br
O diretor-geral do Semae, Marcus Melo, explica que o trabalho segue as diretrizes do Plano Diretor de Água da autarquia, em execução desde 2011. Uma das metas propostas pelo documento é reduzir de forma gradativa a compra de água da Sabesp. “Desde que assumimos a direção do Semae, nos esforçamos para aumentar a produção própria de água e, consequentemente, diminuir a aquisição de água da Sabesp. Trata-se de uma questão estratégica e que vem sendo cumprida de forma gradual, mas contínua”, explica.
A nova unidade de captação recebeu quatro novas bombas, já instaladas. Duas delas enviarão água para a Estação de Tratamento de Água (ETA) Leste, cada uma com 125 cavalos de potência. Outras duas bombas, cada qual com 200 cavalos, mandarão água para a Estação Centro, que funciona na sede do Semae. O trabalho é artesanal, pois os tubos que conduzirão a água por todo o sistema são fabricados sob medida no próprio canteiro de obras.
Melo acrescenta que uma instalação como esta é praticamente toda artesanal. As bombas são dimensionadas de acordo com as necessidades da estação, assim como as tubulações, o sistema elétrico e os painéis de controle. Isso exige a presença de funcionários especializados e, após o início da operação, uma manutenção igualmente preparada. “É o que acontece com as nossas estações de água e esgoto. Elas possuem especificações próprias, o que torna o sistema muito complexo. Quando ocorre um problema com um painel elétrico ou uma bomba, por exemplo, a substituição é feita sob encomenda. Não dá para simplesmente ir na loja e comprar a peça que falta”, exemplifica o diretor-geral.
Atualmente, a reativação do novo ponto de captação de água está em 58% de seu cronograma. O investimento previsto é de R$ 1,9 milhão. Quando estiver em operação, a estação contribuirá para aumentar a produção própria do Semae. Com os esforços da autarquia, atualmente Mogi produz 65% da água que consome, com a compra dos 35% restantes da Sabesp. Estes índices sofrem alterações durante o ano. No verão, o consumo se eleva, enquanto no inverno o uso de água pela população diminui.
O diretor-adjunto, Dirceu Lorena de Meira, lembra que as obras na ECR-1 trarão economia ao Semae, pois o ponto de captação fica ao lado ETA Leste – atualmente, a água é bombeada para a estação a partir de Cocuera. A diminuição da distância representará economia de energia. Além disso, novas bombas e tubulações serão instalados na ETA Leste, no sistema de distribuição de água. “Com isso, ampliaremos nossa possibilidade de distribuição de água em direção às regiões mais centrais, fazendo com que a produção da ETA Centro possa ser também redistribuída para as regiões hoje atendidas pela Sabesp, como Braz Cubas”, explica Dirceu.
Historicamente, a captação de água do rio Tietê, no ponto onde hoje está a ECR-1, garantiu o abastecimento do município nas décadas de 70 e 80. A estação Pedra de Afiar, no Cocuera, foi inaugurada em 1988 e sua capacidade, na época, era muito superior à população da cidade. Com o crescimento do município, porém, o Semae se prepara para operar com as duas unidades de forma conjunta.
Conjunto de ações
Melo lembra que a reativação do segundo ponto de captação de água será um importante passo para aumentar a produção própria e reduzir a compra da Sabesp, mas não o único. O Semae vem investindo em uma série de ações para combater as perdas de água, outra medida prevista no Plano Diretor. As principais iniciativas já colocadas em prática incluem a compra de novos equipamentos para a detecção e reparo de vazamentos – os geofones – , o treinamento das equipes técnicas de rua, a instalação de macromedidores, as setorizações das redes nos bairros e melhorias no tratamento.
Juntas, as medidas proporcionam bons resultados. As setorizações consistem em subdividir as redes de bairros em sistemas menores. Isso facilita a manutenção e permite maior controle do volume de água enviado à região, bem como dos casos de vazamentos. O Residencial Itapety, a Vila Oroxó e a Vila Jundiaí são exemplos de locais que já contam com redes setorizadas – Jundiapeba também acabou de receber o sistema.
Com os macromedidores, o trabalho ganha em controle. Os macromedidores são grandes hidrômetros que marcam o volume de água que chega a determinados bairros. Comparando-se o volume macromedido com o medido nos hidrômetros das residências, é possível identificar possíveis vazamentos, que são encaminhados para as equipes de manutenção. Neste momento, a setorização – com a rede subdividida e menor – permite identificar o ponto com mais facilidade.
Além disso, o Semae realizou melhorias no tratamento da água. Desde o ano passado, a autarquia utiliza sulfato líquido no processo de tratamento da água. O componente químico é mais fácil de ser usado, proporciona economia para a autarquia – cerca de R$ 20 mil mensais – e melhora a qualidade da água, que é monitorada diariamente pelo Semae. Ela segue os parâmetros estabelecidos pela portaria 2914/2011, do Ministério da Saúde, que define os procedimentos de garantia da qualidade para o consumo humano.
Para a utilização do novo produto foi necessário realizar a reforma de dois tanques, instalação de tubulações e de um sistema de bombeamento na Estação de Tratamento de Água (ETA) Centro, com um investimento total de cerca de R$ 50 mil. A substituição do sulfato granulado pelo líquido não traz qualquer mudança na qualidade da água consumida pelos mogianos.
O Semae realiza nove mil análises mensais de qualidade antes de chegar às torneiras das casas, sendo 7,1 mil durante a produção e outros 1,9 mil na rede de distribuição. Elas ocorrem desde o momento da captação da água, no rio Tietê, até o armazenamento nos reservatórios dos bairros, passando por todo o processo de tratamento nas Estações do Centro e do Socorro.
As análises da água são realizadas a cada duas horas e cada etapa do tratamento é monitorada. O Semae também conta com operadores que verificam diariamente a qualidade da água que chega aos vários reservatórios espalhados pela cidade. Os principais estão localizados em Taiaçupeba, Vila Suíssa, Vila Aparecida, Botujuru, Vila Natal, Vila Jundiaí, Vila Pomar e na própria ETA Leste. Os operadores recolhem amostras de cada reservatório, que passam por análises no laboratório da autarquia. (MAS) - Fonte: http://www.mogidascruzes.sp.gov.br
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