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27 de agosto de 2013

NAVEGABILIDADE NOS RIOS DO BRASIL: CONHECENDO NOSSO POTENCIAL HIDROVIÁRIO



PNIH - Plano Nacional de Integração Hidroviária

O Plano Nacional de Integração Hidroviária (PNIH), lançado no dia 19 de fevereiro de 2013, foi concebido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) visando a dois objetivos centrais: um estudo detalhado sobre as hidrovias brasileiras e a indicação de áreas propícias para instalações portuárias. 
Para atingir ao primeiro objetivo, idealizou-se o projeto intitulado “Desenvolvimento de Estudos e Análises das Hidrovias Brasileiras e suas Instalações Portuárias com Implantação de Base de Dados Georreferenciada e Sistemas de Informações Geográficas”.
Um dos objetos do PNIH, desenvolvido pela ANTAQ com o auxílio do Laboratório de Transportes e Logística (Labtrans) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi analisar diferentes cenários logísticos, buscando avaliar a criação de terminais hidroviários e alternativas de escoamento utilizando as hidrovias nacionais, inserida à matriz de transporte brasileira, a partir de trechos hidroviários já navegados na atualidade ou potencialmente navegáveis. Em suma, são apresentados, para seis bacias hidrográficas, a potencialidade de utilização do modal hidroviário, terminais e vias, para o transporte de cargas, delimitados pelos cenários de 2015, 2020, 2025 e 2030.
Estão disponíveis para download os Relatórios Executivos, Relatórios Técnicos, Relatório de Metodologia e o Estudo de Macrolocalização de Terminais Hidroviários no Brasil. 
Além dos estudos, também estão disponíveis a base de dados georreferenciada, com arquivos de hidrovias e portos no formato shapefile, além de informações adicionais, como tabelas, quadros e outros detalhamentos.
Vale a pena conhecer o importante documento produzido pelo Laboratório de Transportes e Logística (Labtrans) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC): Estudo de Macrolocalização de Terminais Hidroviários no Brasil - Clique e faça download
HIDROVIAS DO BRASIL

Trechos hidroviários aptos a receberem novos terminais:

Para cada bacia são apresentados os trechos aptos a receberem novos terminais 
hidroviários, com base em orientações da ANTAQ.

 Bacia do São Francisco:
 Rio São Francisco: desde Pirapora (MG) até Juazeiro (BA);
 Rio Grande: desde Barreiras (BA) até a foz no São Francisco; e
 Rio Corrente: desde Santa Maria da Vitória (BA) até a foz no São Francisco.

Bacia do Sul:

 Rio Jacuí: da cidade de Dona Francisca (RS) para a jusante e até a sua foz no Lago 
Guaíba;
 Rio Taquari: da cidade de Muçum (RS) até a sua foz no Rio Jacuí;
 Rio Caí: da cidade de São Sebastião do Caí (RS) até a sua foz no Delta do Rio Jacuí;
 Rio Sinos: da cidade de São Leopoldo (RS) até a sua foz no delta do Rio Jacuí;
 Rio Gravataí: da cidade de Gravataí (RS) até a sua foz no delta do Rio Jacuí;
 Lago do Guaíba: do Delta do Rio Jacuí para jusante até a sua confluência com a 
Lagoa dos Patos;
 Lagoa dos Patos: da sua confluência com o Lago Guaíba para jusante e até a sua 
confluência com o Oceano Atlântico;
 Lagoa Mirim: da foz do arroio São Miguel até a embocadura de montante do canal 
de São Gonçalo;
 Canal de São Gonçalo: do seu emboque de montante na Lagoa Mirim até a sua foz 
(ou emboque de jusante) na Lagoa dos Patos; e
 Canal de Acesso ao Terminal Santa Clara.

Bacia do Tocantins-Araguaia:

 Rio Tocantins: desde Peixe (TO) até a foz no Atlântico;
 Rio Araguaia: desde Aruanã (GO) até a foz no Rio Tocantins; e
 Rio das Mortes: desde Nova Xavantina (MT) até a foz no Rio Araguaia.

Bacia Amazônica:

Os trechos da Bacia Amazônica aptos a receberem novos terminais hidroviários estão 
elencados a seguir, divididos pela hidrovia correspondente.
Hidrovia Solimões-Amazonas
 Rio Solimões: desde Tabatinga (AM) até a confluência com o Rio Negro;
 Rio Amazonas: da confluência dos rios Negro e Solimões e até a sua foz no Oceano 
Atlântico;
 Rio Negro: da cidade de Cucuí (AM) até a sua confluência com o Rio Solimões;
 Rio Branco: da confluência dos rios Uraricoera e Tacutu e até a sua foz no Rio 
Negro, formador do Rio Amazonas;
 Rio Jari: do sopé da Cachoeira Santo Antônio à sua foz no Rio Amazonas; e
 Rio Trombetas: do sopé da Cachoeira Porteira, situada no município de Oriximiná 
(PA), até a sua foz no Rio Amazonas.

Hidrovia do Madeira
 Rio Madeira: da confluência dos rios Beni (rio boliviano) e Mamoré até a sua foz no 
Rio Amazonas.

Hidrovia Teles Pires-Tapajós
 Rio Tapajós: da confluência dos rios Juruena e Teles Pires até a sua foz no Rio 
Amazonas; e
 Rio Teles Pires: da foz do Rio Verde, seu afluente da margem esquerda, situada 
pouco a montante de 11°42’ de latitude Sul, até a sua confluência com o Rio Juruena, 
formador do Rio Tapajós.

Bacia do Paraguai:

 Rio Paraguai: da foz do ribeirão Vermelho, seu afluente da margem direita, até a foz 
do Rio Apa, seu afluente da margem esquerda; e
 Rio Cuiabá: da cidade de Rosário do Oeste (MT) à sua foz no Rio Paraguai.

Bacia do Paraná-Tietê:

 Rio Paraná: da confluência dos rios Grande e Paranaíba até a sua confluência com o 
Rio Iguaçu;
 Rio Tietê: do lago da Represa Ponte Nova, que se situa pouco a montante da cidade 
de Biritiba-Mirim (SP), para jusante e até a sua foz no Rio Paraná;
 Rio Piracicaba: da cidade de Paulínia (SP) até a sua foz na margem direita do Rio 
Tietê;
 Rio Paranaíba: de 46° 25’ de longitude Oeste para jusante e até a sua confluência 
com o Rio Grande;
 Rio Grande: do Lago da Barragem de Camargos, no Município de Madre de Deus de 
Minas (MG), até a sua confluência com o Rio Paranaíba; e
 Canal Pereira Barreto: entre o Rio São José dos Dourados e o Rio Tietê.

NAVEGABILIDADE NOS RIOS DO BRASIL

O objetivo do Blog SOSRiosBr é despertar o debate e divulgar os estudos e possibilidades de navegabilidade nos rios do Brasil, procurando informar o que está sendo feito e o que está sendo pretendido fazer, bem como ouvir os especialistas sobre os riscos que podemos correr.

Em que se pese a grande preocupação que nós os ambientalistas e defensores dos rios temos, com o risco de destruição dos ecossistemas, ou dos sistemas fluviais endêmicos que seriam afetados com as interligações das bacias e mesmo os prejuízos ambientais que podem afetar determinados cursos d' água, devemos considerar que seria uma preciosidade muito grande queremos preservar todos nossos rios e impossibilitar o uso dos mesmos para o transporte hidroviário. 

É claro que uma hidrovia como a Paraguai-Paraná com seus 3.442 Km de extensão seria o fim do Pantanal, ainda bem que o Governo Federal desistiu do projeto (por ora). Qualquer leigo pode entender porque...é bem simples a explicação: o rio Paraguai, principal da região,  não atinge 3 centímetros por quilômetro e, por isso, as águas correm muito lentas. Mas é exatamente essa dificuldade de escoamento que provoca as inundações do Pantanal. Para funcionar a ciclovia, o leito do rio precisaria ser escavado para aumentar sua vazão o que decretaria o fim das enchentes pantaneiras. 
Nesse caso há a alternativa para o escoamento de toda a produção de grãos por meio das hidrovias Madeira-Amazonas e Tocantins-Araguaia, que já estão sendo construídas.


Esperamos suscitar debates e manifestações sobre o assunto e sobre as obras em andamento e as projetadas. Até agora, somente recebemos manifestações contrárias ao uso dos rios como meio de transporte, como diz o nosso mestre Dr. Jorge Rios (CEFET/RJ) "os xiitas" e os "eco-verdes"  estão atacando...Os artigos já postados no Blog estão equilibrados e trazem bastante informações aos nossos internautas. 

Esperamos que as manifestações favoráveis ao transporte hidroviário bem como as manifestações equilibradas que possam analisar um lado e o outro da questão possam nos levar  ao conhecimento das melhores soluções para o nosso transporte hidroviário, como também a preservação dos rios que precisam ser preservados.

Aguardem as próximas postagens sobre o assunto!

MATÉRIAS JÁ POSTADAS:

NAVEGABILIDADE NOS RIOS DO BRASIL: CONHECENDO NOSSO POTENCIAL HIDROVIÁRIO

NAVEGABILIDADE NOS RIOS DO BRASIL: TRANSPORTE DE PESSOAS É UTILIZADO POR 12 MILHÕES

NAVEGABILIDADE DOS RIOS DO BRASIL: NAS LONGAS DISTÂNCIAS A HIDROVIA É O MODAL MAIS ADEQUADO

NAVEGABILIDADE NOS RIOS DO BRASIL: SP ESTÁ INVESTINDO E PREVÊ QUATRO PORTOS INTERMODAIS


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