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16 de setembro de 2013

DESMITIFICANDO OS ATAQUES DE TUBARÕES - SERES HUMANOS NÃO FAZEM PARTE DE SUAS DIETAS


“Não há motivo para ter medo de 


tubarão”, afirma biólogo

Em 1975, um filme de Steven Spielbeg levou tubarões aos pesadelos de crianças, jovens e adultos em todo o mundo. Desde então, ataques fatais, como o que vitimou a estudante Bruna Silva Gobbi, no fim de julho, em Recife, trazem à tona esse pavor. Mas a história não é bem assim. “Não há motivo para ter medo de tubarão”, afirma o biólogo marinho Marcelo Szpilman, autor do livro Tubarões no Brasil (2004) e diretor do Instituto Ecológico Aqualung, entidade que defende a preservação do meio ambiente marinho.
Em contraste com filmes de Hollywood, os tubarões não são caçadores de seres humanos. De acordo com Szpilman, 90% dos ataques são acidente. Eles ocorrem, normalmente, em pontos de água turva, onde a visibilidade do animal é prejudicada, e a identificação do ser humano, também.
No Brasil, o problema é bem localizado, indica o biólogo marinho. Nos últimos 200 anos, houve apenas oito casos no Rio de Janeiro e nove casos em São Paulo. A grande concentração de ataques se encontra em uma faixa de 20 quilômetros em Recife, já bem delineada e monitorada. Foram 59 banhistas ou surfistas atacados pelos animais em Pernambuco desde 1992, segundo o Comitê Estadual de Monitoramento aos Incidentes com Tubarões (Cemit). Desse total, 24 faleceram.
As estatísticas não deveriam alarmar os banhistas, acredita o pesquisador. Por isso, ele compara os números de ataques de tubarões com aqueles promovidos por animais domésticos. “Em todo o mundo, são 90 a 100 casos de ataques de tubarão registrados por ano”, aponta. Já os cães são responsáveis por milhares de internações hospitalares todo mês. Embora não existam dados oficiais, estima-se que mais de 30 pessoas morrem todo ano por ataques de cachorro somente nos Estados Unidos.
Assim como os outros animais marinhos mais bem vistos pelos humanos, o tubarão cumpre uma importante função no ecossistema. “Mas ninguém precisa lembrar a importância de um golfinho, por exemplo”, diz Szpilman. “Temos que desmitificar o tubarão”.
As espécies mais conhecidas de tubarão estão no topo da cadeia alimentar subaquática. Esses predadores mantêm o controle populacional das suas presas habituais e são um instrumento da seleção natural, ao eliminar os menos aptos. Como se alimentam também de peixes doentes, feridos e mortos, colaboram para a manutenção da salubridade dos oceanos.
Os seres humanos não fazem parte da dieta dos tubarões. Sua alimentação varia conforme a espécie. O tubarão-baleia, por exemplo, o maior de todos, se alimenta apenas de plâncton e pequenos peixes. No cardápio tradicional dos tubarões, também constam lulas, crustáceos, focas, entre outros.
Em Recife – As praias de Boa Viagem, com 24 ataques, e Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, com 17, são recordistas de ocorrências. A orientação é de que os frequentadores evitem banho em áreas de mar aberto, durante a maré alta e em áreas profundas, com água acima da cintura.
A construção do porto de Suape, ao sul do Recife, é apontada como um dos principais fatores para a proliferação dos ataques na região, a partir do início da década de 1990. O processo levou à destruição dos mangues, que provocou a migração de fêmeas de tubarão-cabeça-chata, e o aumento de tráfego marítimo, o qual atrai os tubarões. Outros fatores apontados pelo Cemit são a pesca de arrasto de camarão, com descarte de peixes próximo às praias da área afetada e a topografia submarina da região, caracterizada por um canal profundo adjacente à praia. (Fonte: Terra)

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