Solução para alagamentos em Alvorada custa R$ 220 milhões
Investimento contra enchentes dependeria de aprovação da Caixa
André Amaral
A solução para os alagamentos causados pelo Arroio Feijó, em Alvorada, passa pela construção de um dique e da recuperação da bacia do Rio Gravataí – obras estimadas em R$ 222 milhões.
– Alvorada é a única cidade da Região Metropolitana sem proteção contra enchentes – lamenta o prefeito Sergio Bertoldi.
O chefe do Executivo relata que a cidade sofre com alagamentos há 50 anos. A existência de um dique no Rio Gravataí, que se rompeu na noite de sexta-feira, inundando cerca de 700 casas na zona norte de Porto Alegre, tem repercussão direta em Alvorada. A contenção, que funciona apenas para os porto-alegrenses, faz com que os alagamentos se tornem recorrentes em vilas de Alvorada.
Para resolver a situação, o prefeito aguarda a avaliação de um projeto na Caixa Econômica Federal para a bacia do Rio Gravataí. A aprovação ainda não tem previsão para ser concluída.
Serão R$ 222 milhões investidos em verba do governo do Estado em um sistema moderno de proteção contra cheias.
– Só o projeto do dique, que é uma obra moderna, custaria R$ 60 milhões – conta.
De acordo com o prefeito, o termo foi assinado em janeiro deste ano. O investimento provavelmente acabaria com frequentes suspeitas de sabotagem no local, que resulta em troca de farpas há anos entre gestores de Porto Alegre e de Alvorada.
O episódio mais recente foi em setembro do ano passado, quando uma enchente transbordou o Arroio Feijó, fazendo com que a prefeitura de Alvorada buscasse, na Justiça, o direito de abrir as comportas, o que foi negado.
O episódio mais recente foi em setembro do ano passado, quando uma enchente transbordou o Arroio Feijó, fazendo com que a prefeitura de Alvorada buscasse, na Justiça, o direito de abrir as comportas, o que foi negado.
Perícia vai auxiliar polícia na investigação de rompimento
Uma perícia vai auxiliar na investigação sobre o rompimento do dique que alagou cerca de 700 casas na zona norte de Porto Alegre. Caso se trate de crime de inundação, por exemplo, diz o delegado da 22ª Delegacia da Polícia Civil, Omar Abud, o trabalho do inquérito tem sua especificidade pautada em análises de peritos.
– A situação será apurada com base também na hipótese de causa fortuita. Mas isso só será elucidado após análise técnica. Já fizemos levantamento de testemunhas. Algumas têm fotografias, mas há depoimentos que não batem uns com os outros. É preciso fazer uma triagem para identificar o que é verdade e mentira. Por isso, aguardaremos por provas periciais. Muita informação ainda deve ser colhida – pondera o delegado.
VÍDEO: alagamento atinge centenas de casas:
Em mapa, confira a localização do dique:
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