The "surubim do Paraíba" (Steindachneridion parahybae)
INFORMA PAN PS
CEPTA e parceiros do PAN realizam mais uma expedição
O objetivo desta vez era localizar novos sítios do surubim-do-paraíba
O PAN Paraíba do Sul teve mais uma etapa realizada da ação que contempla o inventário das espécies aquáticas da bacia, ocorrida desta vez no rio Muriaé e tributários, em trechos mineiro e fluminense.
A campanha ocorreu entre os dias 7 e 11 de outubro, tendo como sede a cidade de Itaperuna e a participação de 12 pessoas de quatro instituições parceiras do PAN. O analista ambiental Sandoval representou a equipe do CEPTA; o Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo - MZUSP foi representado pelo Dr. Osvaldo T. Oyakawa; o Projeto Piabanha pelo Doutorando Guilherme Souza; a CESP pelo analista Danilo Caneppele e, por fim, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto/USP, representada pelo aluno Caio Cruz Oliveira, orientando do Prof. Dr. Fernando Mantelatto do Laboratório de Bioecologia e Sistemática de Crustáceos.
Três equipes foram formadas com finalidades distintas:
1) montagem de redes de espera e lanços de tarrafa para pescarias na calha do rio, mirando os peixes de maior porte, 2) esforço direcionado de coleta para exemplares de surubim-do-paraíba, Steindachneridion parahybae, visando à formação do banco ex situ, e 3) coletas em tributários do rio Muriaé (inventário propriamente dito).
Tanto o material ictiológico quanto o de carcinofauna foram coletados em 12 localidades distribuídas em sete municípios: Itaperuna, Natividade, São José de Uba, Italva e Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro, e em Patrocínio de Muriaé e Eugenópolis, Minas Gerais.
Para triagem e depósito, os espécimes da ictiofauna foram encaminhados ao MZUSP e da carcinofauna à FFCLRP/USP. Os exemplares capturados de surubim-do-paraíba destinados à formação do banco ex situ foram transportados para a Estação da CESP, em Paraibuna.
Infelizmente, das espécies ameaçadas de peixes com ocorrência na bacia do rio Muriaé: a piabanha Brycon insignis, o surubim Steindachneridion parahybae e o cascudo Pogonopoma parahybae, apenas poucos surubins foram registrados. No entanto, não se sabe por quanto tempo, visto que os seus hábitats preferenciais - os poços profundos do rio próximos a corredeiras - estão sendo continuamente assoreados pela ausência de mata ciliar e falta de mecanismos de controle de erosão das pastagens degradadas, situação predominante na região.
Texto: Sandoval dos Santos Jr.
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