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4 de outubro de 2013

MG LANÇA O "ATLAS DE VULNERABILIDADE A INUNDAÇÕES"






MG: Atlas identifica pontos críticos no Estado para prevenção e controle de inundações

O Atlas se configura como uma ferramenta de planejamento a prevenção de inundações. Imagem: Reprodução

Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) lançou o Atlas de vulnerabilidade a Inundações no Estado de Minas Gerais. O documento tem como objetivo apresentar, por meio de mapas, as áreas vulneráveis a inundações, como forma de facilitar o estabelecimento de alternativas e ações que minimizem os efeitos negativos decorrentes das inundações em áreas rurais e urbanas de Minas Gerais. O lançamento aconteceu durante a abertura do Seminário “A questão do risco ambiental em Minas Gerais – da prevenção à resposta às emergências e outros eventos críticos”. O trabalho de mapeamento foi realizado com uma metodologia proposta pela Agência Nacional de Águas (ANA), com o apoio do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), dos Comitês de Bacia hidrográfica e da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec-MG).
Segundo dados do Atlas, as atividades que mais se destacam quanto ao impacto negativo sobre a sociedade são a ocupação irregular do solo, o assoreamento dos corpos de água, a redução da calha fluvial, o desmatamento e a impermeabilização do solo. “A perda da cobertura vegetal nas matas ciliares dos rios tem sido outra grande causa das inundações no Estado. Isso tem causado consequências graves para a população e para o meio ambiente, por isso, precisamos cada vez mais dessas ferramentas de gestão para que possamos agir pontualmente, melhorando assim as situações críticas no período chuvoso”, disse o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, Adriano Magalhães.
O Atlas se configura como uma ferramenta de planejamento a prevenção de inundações, que possibilitará a identificação dos pontos mais críticos e as estimativas dos impactos causados pelas chuvas. Além disso, ele permitirá a seleção das áreas prioritárias para o estabelecimento de recomendações e ações de prevenção e controle de inundações. “Nosso objetivo é realizar um trabalho de prevenção, diminuindo assim, os riscos causados pelas inundações. Agora, trabalharemos na confecção dos mapas por Unidade de Planejamento e Gestão (UPGRH) que serão disponibilizados para os comitês de bacia e para as prefeituras municipais para que possam identificar as intervenções necessárias”, frisou a Diretoria de Emergência Ambiental da Semad, Zenilde das Graças Guimarães Viola.
Trechos inundáveis
Foram identificados em Minas Gerais, 1.518 trechos inundáveis, sendo que as bacias dos rios São Francisco, Doce e Grande apresentaram, juntas, 77,6% de trechos inundáveis. A bacia do rio Piracicaba/Jaguari apresentou o menor número de trechos inundáveis, sendo identificados apenas seis.
Quanto à frequência de inundações, foram classificados 856 trechos com frequência Alta, 480 com frequência Média e 182 com frequência Baixa. Dos 1.518 trechos inundáveis, 56% apresentam frequência Alta. Entre os dez rios com maior frequência de inundações destacam-se o rio das Velhas (primeiro lugar) e o rio Paraopeba (terceiro lugar). Isso se deve, de acordo om os estudos realizados, ao alto grau de desenvolvimento urbano e de intervenção antrópica tais como as ocupações em áreas de mata ciliar, a impermeabilização dos solos, o desmatamento, dentre outros. Os Rios Pomba e Muriaé, tributários da Bacia do Rio Paraíba do Sul, ocupam a segunda colocação entre os de maior ocorrência de inundações, sendo identificados 87 trechos.
Trechos críticos
Os trechos críticos classificados pelo Atlas foram os que apresentaram vulnerabilidade Alta à inundação e impacto Alto. Das 36 Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos (UPGRH) estabelecidas em Minas Gerais, 14 possuem trechos classificados como críticos (Rio das Velhas, Rio Paraopeba, Rio Pará, Rio das Mortes e Jacaré, Entorno do Reservatório de Furnas, Rio Verde, Rio Sapucaí, Rio Piranga, Rio Piracicaba, Rio Santo Antônio, Rio Suaçuí Grande, Rio Caratinga e Rio Manhuaçu). Os rios Paraopeba e Piranga apresentaram, respectivamente, 51 e 44 trechos críticos. Juntos, estes corpos de água representam 40,2% dos trechos críticos mineiros.
Colaboração de Valdir Lamim-Guedes, para o EcoDebate, 04/10/2013



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