O senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) questionou o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo, sobre a participação do órgão no projeto de desassoreamento do Rio Taquari (MS), durante audiência pública para debater a Política Nacional de Recursos Hídricos, ocorrida nesta quarta-feira (13), na Comissão de Infraestrutura do Senado.
O diretor-presidente da ANA afirmou que a Agência não tem uma ação executiva e que, neste caso, tem acompanhado a retomada dos estudos para o plano de recuperação do Rio Taquari, coordenado pelo gabinete da Casa Civil. “A recuperação passa pela captação de recursos para que as intervenções físicas possam ocorrer. O Rio Taquari é um exemplo que precisa ser resolvido no Brasil sobre a gestão das águas”, disse Vicente Guillo.
Desde fevereiro, logo após ter tomado posse no Senado, Ruben Figueiró começou a se mobilizar para recolocar a questão do Taquari na pauta do Executivo. Graças a sua iniciativa, ocorreram algumas reuniões na Casa Civil e audiência pública no Senado para debater o tema, o que acabou por provocar a retomada dos trabalhos do grupo interministerial, formado também por representante do governo de Mato Grosso do Sul, Ibama e Embrapa.
O senador também fez discursos e solicitou informações ao Executivo sobre a situação do assoreamento Rio Taquari e os enormes danos econômicos, sociais e ambientais provocados à população local e ao Brasil. “O Taquari é um dos piores desastres ambientais do Brasil e precisa ser recuperado”, costuma dizer Figueiró.
O senador sul-mato-grossense ainda questionou o fato de o Brasil subaproveitar as hidrovias para o transporte de cargas. Ele citou estimativa da CNT para afirmar que pelo menos metade da produção brasileira poderia ser escoada por este meio, mas apenas 7% das cargas são transportadas por hidrovias. Entre outras perguntas, Figueiró questionou a necessidade de atualização da hidrovia Tietê-Paraná e perguntou sobre a contribuição que o Aquífero Guarani pode dar ao Brasil.
Em relação à hidrovia Tietê-Paraná, o diretor-presidente da ANA afirmou que a adaptação das eclusas é um problema técnico relevante e que o assoreamento do rio Tietê tem gerado a necessidade de redefinir os trechos de navegação. Para ele, o setor elétrico tem prioridade no Brasil na demanda por água. Afirmou ainda que a operação dos reservatórios é imprescindível para garantir a navegabilidade.
Sobre o Aquífero Guarani, Vicente Guillo disse que não há por enquanto nenhuma política efetiva da ANA para a sua utilização. Reconheceu que o Aquífero representa uma segurança hídrica extraordinária para o Brasil e que é necessário garantir a preservação do seu potencial.
A audiência desta quarta-feira na Comissão de Infraestrura foi o primeiro painel do 6º ciclo de debates que tem como tema central “Água: gerenciamento e utilização”. Fonte: Assessoria parlamentar
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