Naufrágio no AP completa um mês com 3 inquéritos sem conclusão
Capitania dos Portos, Polícia Civil e MPF investigam causas do acidente.
Naufrágio aconteceu durante Círio Fluvial e deixou 18 mortos em Macapá.
Um mês após o naufrágio do barco 'Reis I', em 12 de outubro, no Rio Amazonas, em Macapá, 3 inquéritos foram abertos para investigar as causas e os responsáveis pela tragédia, que deixou 18 mortos. Os procedimentos foram instaurados pela Capitania dos Portos, Polícia Civil e Ministério Público Federal no Amapá (MPF). Em todos as investigações ainda não foram concluídas.
O primeiro inquérito instaurado foi o administrativo pela Capitania dos Portos. Segundo o comandante capitão Carlos Neves, a investigação está na etapa de oitiva das testemunhas do naufrágio do Reis I.
"Ainda estamos coletando informações dos sobreviventes, parentes de vítimas e demais testemunhas. Fizemos um agendamento para ouvi-las desde 15 de outubro. Até a sexta-feira [8], 12 foram ouvidas", disse Neves.
O comandante não informou o número de pessoas que a Capitania dos Portos pretende ouvir até o fim das investigações. "Há testemunhos que provoca a gente convidar outras pessoas, então não temos como mensurar quantas ainda restam", explicou Neves.
A Capitania dos Portos deve concluir o inquérito até 12 de janeiro de 2014, quando expira o prazo limite para o encerramento das investigações.
A Polícia Civil não revelou detalhes sobre o inquérito, que investiga as causas e os responsáveis pela tragédia na esfera criminal. Mas informou que o procedimento também está em fase de oitiva de testemunhas do naufrágio.
Segundo o delegado Júlio César Firmino, 14 pessoas já foram ouvidas sobre o caso. Somente após a conclusão do inquérito haverá um posicionamento completo sobre a tragédia.
O inquérito civil do naufrágio foi instaurado pelo MPF/AP em 8 de novembro após a instituição receber informações requisitadas à Capitania dos Portos. O Ministério Público ainda pediu ao contratante da embarcação, o Sindicato dos Servidores Públicos Federal do Amapá (Sindsep), os nomes dos responsáveis pelo aluguel do barco, a finalidade da contratação e a relação nominal de passageiros.
"Mediante análise das informações recebidas tanto da capitania quanto do Sindsep, o MPF vai definir as medidas que serão tomadas sobre o assunto", informou o Ministério Público.
Sobrevivente
Mesmo após um mês da tragédia, sobreviventes ainda tentam se recuperar do acidente. A professora Josefa Camarão, de 63 anos, foi uma das pessoas que conseguiu ser salva. Ela não sabe nadar e sobreviveu após ajuda do marido, Francisco Camarão, que morreu no naufrágio.
Mesmo após um mês da tragédia, sobreviventes ainda tentam se recuperar do acidente. A professora Josefa Camarão, de 63 anos, foi uma das pessoas que conseguiu ser salva. Ela não sabe nadar e sobreviveu após ajuda do marido, Francisco Camarão, que morreu no naufrágio.
"Esperamos que Deus nos conforte na recuperação de tudo isso. Além de mim, o meu marido ainda salvou mais 3 pessoas. De tanto nadar, ele não resistiu ao cansaço", relatou, emocionada, a sobrevivente.
O Sindsep informou que continua prestando apoio psicológico aos sobreviventes e familiares dos mortos. Na noite desta terça-feira (12) está previsto um culto ecumênico na sede do sindicato para lembrar as vítimas da trajédia.
Naufrágio
A embarcação 'Reis I' naufragou por volta de 10h30 de 12 de outubro, quando participava do Círio Fluvial, evento que antecede o Círio de Nazaré.
A embarcação 'Reis I' naufragou por volta de 10h30 de 12 de outubro, quando participava do Círio Fluvial, evento que antecede o Círio de Nazaré.
Segundo a Capitania dos Portos, a embarcação estava dentro do permitido, com 43 pessoas. O número diverge da lista de 63 passageiros, divulgada pelo Sindsep.
O Corpo de Bombeiros Militar do Amapá encerrou as buscas às vítimas do naufrágio do barco no dia 15 de outubro, quando os 2 últimos corpos foram encontrados presos dentro da embarcação.
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