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22 de janeiro de 2014

NA CAPITAL MACAPÁ (AP) OCORRE DISPUTA PARA REALIZAÇÃO DE FESTAS EM TRAPICHE NO RIO AMAZONAS


Restaurante do final do Trapiche Eliezer Levy, dentro do rio Amazonas





Festas em trapiche no rio Amazonas 



são irregulares, diz secretaria




Secretaria diz que concessão é apenas para serviço de restaurante.
'A filosofia reggae é discriminada', diz empresário responsável pelo local.

John PachecoDo G1 AP

Local destinado à restaurante onde são realizadas festas em Macapá (Foto: John Pacheco/G1)Local destinado à restaurante onde são realizadas
festas em Macapá (Foto: John Pacheco/G1)
O espaço para restaurante localizado no fim do Trapiche Eliezer Levy sobre o rio Amazonas, em Macapá, é alvo de uma disputa jurídica entre a Secretaria do Estado do Turismo (Setur), responsável pela concessão do local, e o empresário que detém a licença do ponto, que é um dos mais visitados da capital. Segundo a Setur, o termo de cessão que venceu em 2012, prevê que apenas serviços de alimentação sejam ofertados no local, porém festas tocando ritmos como reggae e tecnomelody ocorrem rotineiramente.
Com isso, a secretaria ingressou com ação na justiça determinando o fim das festas no ponto alegando a posse ilegal desde o fim da cessão, há 1 ano e meio. Porém, a Setur deveria realizar um processo licitatório para uma nova empresa realizar a atividade gastronômica no local, mas por irregularidades nos editais, ainda não houve o processo, segundo explicou Luciana Esteves, presidente da Comissão de Licitação da Setur.
Empresário Rômulo Pereira, concessionário do restaurante no Rio Amazonas, em Macapá (Foto: John Pacheco/G1)Empresário Rômulo Pereira concessionário do
restaurante onde ocorrem as festas
(Foto: John Pacheco/G1)
"Foram dois processos para a licitação, mas houve pedido de ajustes por parte do setor de revitalização da secretaria que impediu a continuação do processo. Uma nova licitação está sendo feita, mas ainda está na fase interna, respeitando datas para publicação", detalhou Luciana, ressaltando que o resultado do novo concessionário do local deverá sair no mínimo em 60 dias.
Em função do atraso na licitação, a Setur manteve, mesmo de forma irregular a empresa no ponto, de concessão do empresário Rômulo Pereira, sob a justificativa de que o funcionamento do restaurante do trapiche é essencial para o corredor turístico local, e ingressou com a ação após o início da realização dos shows, com apresentação de bandas e DJ's.
"Nessas festas são rotineiras as denúncias de assaltos e tentativas de estupro, por muitas vezes a polícia é acionada. Isso ocorre em um ponto de grande visitação em Macapá, e tem afastado quem vem para visitar a orla da cidade", justificou Pablo Amilcar, assessor jurídico da Setur.        
Rômulo Pereira acredita que ocorre um preconceito com o reggae, e que as festas são realizadas por uma associação de amantes do gênero e não pelo restaurante, mas que cedeu o espaço para os artistas, que segundo ele reúnem cerca de 4 mil pessoas por evento.
"A filosofia reggae é discriminada, ocorre uma discriminação de que todo regueiro é maconheiro. Em várias reuniões com a Setur decidimos parar com os shows no local, expliquei para os movimentos que o trapiche não é um local de festa, porém os grupos não ficaram satisfeitos", ressaltou.
O empresário ainda diz que não vai sair do local por conta própria, apenas com decisão judicial e permanecerá no trapiche até o resultado da licitação, que segundo ele, concorrerá novamente. Fonte: Do G1 AP

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