Onda é chamada por moradores da região de "pororoquinha"
Foto: Romenigue Licoski / leitor
Onda é chamada por moradores da região de "pororoquinha" Foto: Romenique Licoski Foto flagra surfista na
"pororoca" do Rio
Tramandaí
Na foto, o Rio Tramandaí é invadido por uma onda e, em cima da prancha, Vieira aproveita o fenômeno conhecido como "pororoquinha".
A quebra da rotina do rio que divide Imbé e Tramandaí não tem uma periodicidade regular como a que a acontece na foz do Rio Amazonas, mas costuma ocorrer mais de uma vez por ano na cidade.
— Em 2013, vi duas ou três vezes — conta o secretário do Meio Ambiente de Tramandaí, Milton Haak.
Segundo o secretário, o fenômeno ocorre por vários fatores: um deles é quando o rio está mais seco, sem o volume de água que costuma vir da Serra Geral, e a maré está alta ou ressacada. Pode até favorecer a pesca de camarão, mas não energia o suficiente para causar estragos nas áreas de contenção.
— Depois da ponte, perto do supermercado Nacional, tem um grande banco de areia, o que, somado a ventos leste, poderia contribuir para a formação da pororoca — complementa o professor do Departamento de Zoologia da UFRGS e membro do Ceclimar, Ignacio Moreno.
Vieira, 33 anos, "20 de surf", que mantém uma escola de surf em Tramandaí, conta que no dia em que foto foi tirada, quando ele ouviu que estava começando uma pororoquinha, cancelou todos os compromissos e pegou uma prancha — de nove pés, a mais indicada para o tipo esse tipo de onda, segundo o professor, — o mais rápido possível e seguiu para o rio. Ele o que sentiu no momento:
— É o fantástico de tu passares por um lugar onde não há ondas e, de repente, quebrando a rotina da própria cidade tem pessoas com prancha dentro do rio. Algumas pessoas chegam até a aplaudir. Na verdade, essa é toda a magia de surfa uma onda rara.
ZERO HORA
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