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| (foto Marcelo Germano) |
Mesmo com o baixo nível do rio Piracicaba, aconteceu ontem o 17º Passeio de Barcos, que ocorre anualmente com o objetivo de incentivar o turismo náutico e a preservação do meio ambiente. Partindo do largo dos Pescadores, saíram nove embarcações e duas motoaquáticas. Outros navegantes colocaram seus barcos na água de outros pontos do rio Piracicaba, como Ártemis e o Rancho do Roncato. Em alguns pontos, foi necessário empurrar os barcos sobre os bancos de areia.
Segundo a organização do evento, mais de 120 embarcações participaram do passeio, que teve trajeto de 90 km até Santa Maria da Serra. O prefeito Gabriel Ferrato (PSDB) esteve presente no local de partida e se disse decepcionado com a situação do rio. “As mudanças climáticas e essa falta de chuva têm a ver com a ação do homem contra a natureza. Essa situação nos mostra o quanto nosso rio precisa de cuidado, o quanto precisamos lutar mais firmemente na preservação do meio ambiente”, afirmou.
O organizador do passeio, Benedito Moura, disse que nunca viu o rio com tão pouca água. “Já fizemos 16 passeios e nunca vi essa situação. Foi difícil, em alguns trechos tivemos que descer dos barcos e empurrar, mas agradeço as pessoas que aceitaram o desafio. Temos que continuar lutando em defesa do Rio Piracicaba”, disse. Apesar da pouca quantidade de barcos que saiu do largo dos Pescadores, cerca de 100 pessoas acompanharam o momento em que uma imagem de Nossa Senhora dos Navegantes foi embarcada. O comerciante Flávio Jorge, 38, foi um deles. “Eu sempre participo dos passeios, com o barco na água. Mas dessa vez eu não quis arriscar, o rio está muito baixo. É triste ver isso. Então vim para acompanhar a saída, dar meu apoio”, afirmou.
Já o comerciante Valdinei Antonio Castelucci, 55, não desistiu. Ele decidiu embarcar de Ártemis com a esposa e mais um casal de amigos. “Esse é o 13º passeio que participamos. Por causa do nível da água, decidimos sair daqui, o trecho daqui para frente tem melhor navegabilidade. Talvez até fosse melhor descer o rio de ‘quatro por quatro’”, brincou, referindo-se à sua caminhonete que rebocava o barco e à situação de seca do rio.
Reportagem: Pâmela Paduan
Fonte: Jornal de Piracicaba
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