Ação para amenizar a poluição
Mergulhar no rio para se refrescar e ver que a água não é tão límpida como um dia já foi. Essa é uma realidade cada dia mais vivenciada no rio Itapocuzinho, onde centenas de litros de água suja, utilizada nas atividades domésticas, são despejadas sem nenhum tipo de preocupação ambiental e sanitária.
Para diminuir esse problema, o projeto “Água pura da Serra do Mar na torneira”, surge para ajudar a evitar essa poluição. Moradores do Bairro Itoupava-Açú, em Schroeder, serão beneficiados com a instalação de fossas sépticas para tratar o esgoto doméstico. A iniciativa é do Instituto Rã-Bugio [ http://www.ra-bugio.org.br/ ]
De acordo com a secretária executiva da entidade, Elza Nishimura Woehl, um mapeamento da comunidade está sendo feito e as 40 fossas sépticas com filtro serão colocadas na casa de moradores carentes. “Vamos atingir diretamente quase 50 famílias e também queremos que os moradores que tenham condições financeiras instalem em suas casas”, disse. Foram localizados quatro nascentes no bairro Itoupava-Açú.
Por isso, segundo a educadora ambiental, a intenção é despoluir essas áreas para garantir uma água mais limpa a todos, já que as nascentes deságuam no rio. Elza explica que uma fossa séptica pode ser usada por mais de uma casa, tudo depende do número de moradores.
Além da instalação da fossa, a comunidade vai contar com um trabalho de educação ambiental. “Precisamos fazer a conscientização e mostrar a importância de não jogar poluentes no rio”, disse.
A expectativa é que os trabalhos para execução do projeto iniciem no dia 17 deste mês.A dona de casa Bernadete Beton Fagundes é uma das beneficiadas com o projeto. Toda água utilizada pela família é pura, pois ela pega diretamente de uma nascente. Em contrapartida, o esgoto doméstico é despejado em outro afluente e segue para outras residências e o rio. Ela conta que ninguém nunca conversou com os moradores sobre a importância de não poluir. “É uma ótima ideia porque estaremos protegendo a água do rio, que nós mesmos utilizamos”, disse.
Para acompanhar o resultado do projeto, Elza explica que serão feitas análises da água antes e depois da instalação das fossas filtro. “Em cima disso vamos conseguir mostrar os resultados e, desta forma, poderemos conseguir outros recursos para mais projetos”, declara.
O projeto conta com recursos da Fundação Especial de Proteção ao Meio Ambiente (Fepema). O valor de R$ 126 mil foi destinado para a instalação de 40 fossas sépticas com filtro nas residências, redução da carga de poluentes de quatro afluentes do Rio Itapocuzinho e aulas de educação ambiental.
Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade
Jaraguá do Sul – SC
http://www.ra-bugio.org.br/
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