Em 1500, quando Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil, Pero Vaz de Caminha descreveu a terra numa certa: "[...] mataria que é tanta, e tão grande, tão densa e de tão variada folhagem, que ninguém pode imaginar". Dentre tantas árvores, os portugueses descobriram uma riqueza que, para eles, parecia inesgotável: o pau-brasil. Os índios brasileiros já utilizavam essa árvore para confeccionar arcos e flechas e para pintar enfeites com o corante vermelho intenso extraído de sua polpa. A técnica foi ensinada aos portugueses pelos próprios índios, que também foram encarregados de cortar, aparar, arrastar as árvores até o litoral e colocá-las nos navios a serem enviados à Europa.
O ciclo econômico do pau-brasil teve início em 1503; até trinta anos após a chegada dos portugueses, era esse o único recurso explorado. Nesse período, calcula-se que foram exploradas trezentas toneladas de madeira por ano, sempre com aumento nos anos subseqüentes. A importância do pau-brasil era tão grande, que nossa terra, depois de receber o nome de Ilha de Vera Cruz e Terra de Santa Cruz, foi batizada oficialmente de Brasil.
Em razão da intensa devastação das matas do litoral brasileiro em busca do pau-brasil, foi elaborada, em 1542, a primeira Carta-Régia, que estabeleceu normas para o corte da madeira e punição pelo seu desperdício. Essa foi a primeira medida criada para defender as florestas brasileiras. Não estava ligada à ameaça do desequilíbrio da natureza, mas visava impedir a saída dessa riqueza sem o controle da Corte portuguesa.
A norma jamais foi cumprida. Em 1605, foi incluído um Regimento, que fixava a exploração em seiscentas toneladas por ano, com o objetivo de limitar a oferta de madeira na Europa e manter, assim, os preços elevados. Durante o Império, outras proibições surgiram sem resultado, como a Carta de Lei, de outubro de 1827, na qual foram delegados poderes aos juízes de paz das províncias para fiscalizarem as matas e interditarem o corte das madeiras de construção em geral.
Em 1920, o presidente Epitácio Pessoa, preocupado com a preservação e a restauração das matas, disse: "Dos países cultos dotados de matas e ricas florestas, o Brasil é talvez o único que não possui um código florestal". O primeiro Código Florestal Brasileiro foi criado pelo decreto no 23.793, de 23/1/1934, que considerava as florestas como bem de interesse comum a todos os habitantes do país, classificando-as em protetoras, remanescentes, modelo e de rendimento, e proibindo o exercício de atividades contra a fauna e a flora dos parques nacionais. O artigo 29 proibia a derrubada das árvores "de folhagem perene, como o joazeiro, a oiticica e outras", sem fazer menção ao pau-brasil, que continuou a ser explorado. As florestas permaneceram sem amparo das leis, em razão de a Constituição não lhes dar respaldo.
Foi necessária a quase extinção do pau-brasil para que fosse reconhecido oficialmente na história brasileira. Em 1961, o presidente Jânio Quadros aprovou um projeto que declarava o pau-brasil como árvore símbolo nacional e o ipê-amarelo como flor símbolo. Mais tarde, por meio da lei no 6.607, de 7/12/1978, foi ratificado o pau-brasil como a árvore nacional, e instituído o Dia do Pau-Brasil.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=datacomemorativa&id=169
O ciclo econômico do pau-brasil teve início em 1503; até trinta anos após a chegada dos portugueses, era esse o único recurso explorado. Nesse período, calcula-se que foram exploradas trezentas toneladas de madeira por ano, sempre com aumento nos anos subseqüentes. A importância do pau-brasil era tão grande, que nossa terra, depois de receber o nome de Ilha de Vera Cruz e Terra de Santa Cruz, foi batizada oficialmente de Brasil.
Em razão da intensa devastação das matas do litoral brasileiro em busca do pau-brasil, foi elaborada, em 1542, a primeira Carta-Régia, que estabeleceu normas para o corte da madeira e punição pelo seu desperdício. Essa foi a primeira medida criada para defender as florestas brasileiras. Não estava ligada à ameaça do desequilíbrio da natureza, mas visava impedir a saída dessa riqueza sem o controle da Corte portuguesa.
A norma jamais foi cumprida. Em 1605, foi incluído um Regimento, que fixava a exploração em seiscentas toneladas por ano, com o objetivo de limitar a oferta de madeira na Europa e manter, assim, os preços elevados. Durante o Império, outras proibições surgiram sem resultado, como a Carta de Lei, de outubro de 1827, na qual foram delegados poderes aos juízes de paz das províncias para fiscalizarem as matas e interditarem o corte das madeiras de construção em geral.
Em 1920, o presidente Epitácio Pessoa, preocupado com a preservação e a restauração das matas, disse: "Dos países cultos dotados de matas e ricas florestas, o Brasil é talvez o único que não possui um código florestal". O primeiro Código Florestal Brasileiro foi criado pelo decreto no 23.793, de 23/1/1934, que considerava as florestas como bem de interesse comum a todos os habitantes do país, classificando-as em protetoras, remanescentes, modelo e de rendimento, e proibindo o exercício de atividades contra a fauna e a flora dos parques nacionais. O artigo 29 proibia a derrubada das árvores "de folhagem perene, como o joazeiro, a oiticica e outras", sem fazer menção ao pau-brasil, que continuou a ser explorado. As florestas permaneceram sem amparo das leis, em razão de a Constituição não lhes dar respaldo.
Foi necessária a quase extinção do pau-brasil para que fosse reconhecido oficialmente na história brasileira. Em 1961, o presidente Jânio Quadros aprovou um projeto que declarava o pau-brasil como árvore símbolo nacional e o ipê-amarelo como flor símbolo. Mais tarde, por meio da lei no 6.607, de 7/12/1978, foi ratificado o pau-brasil como a árvore nacional, e instituído o Dia do Pau-Brasil.
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