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12 de outubro de 2014

QUANDO A TERRA TEM SEDE, AS PESSOAS TÊM FOME


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Um homem caminha por terras agrícolas na aldeia de Mirusuvil, no distrito de Jaffna, norte do Sri Lanka. Cerca de 122 mil pessoas sofreram o impacto das severas secas, segundo os últimos dados do governo. Foto: Amantha Perera/IPS

08/10/2014  - por Amantha Perera, da IPS
Quando a terra tem sede, as pessoas têm fome

Kilinochchi, Sri Lanka, 8/10/2014 – Ao se observar os campos secos da província Norte do Sri Lanka, qualquer pessoa pode pensar que a terra não recebe água há anos. Na verdade, isso não está muito longe da realidade. O Programa Mundial de Alimentos (PMA) destinou, em setembro, US$ 2,5 milhões para ajudar centenas de milhares de pessoas sumidas em uma seca que já dura 11 meses e sem final à vista.
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Uma mulher parada em seu terreno ressecado no distrito de Batticaloa, uma das maiores regiões produtoras de arroz do Sri Lanka, que sofreu o impacto de uma seca de 11 meses. Foto: Amantha Perera/IPS

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Um homem parado em meio ao arrozal queimado no distrito de Kilinochchi, no Sri Lanka. A previsão é de que a colheita de arroz deste país sofra perda histórica de 17%, em relação aos quatro milhões de toneladas registradas em 2013. Foto: Amantha Perera/IPS

Mais da metade dos afetados pela seca estão nas províncias do Norte e Leste do Sri Lanka, duas das mais pobres. O PMA informou, no dia 1º deste mês, que os fornecimentos, que incluem rações de arroz que serão distribuídos entre as pessoas afetadas, chegarão a US$ 2,3 milhões. Além disso, o programa de assistência também oferecerá US$ 277 mil às famílias necessitadas.
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Uma mulher cobre sua cabeça com um lenço para se proteger do sufocante calor no distrito de Jaffna, no Sri Lanka, onde as temperaturas podem chegar a 40 graus centígrados durante o dia. Foto: Amantha Perera/IPS

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Uma mulher carrega lenha na região de Pillumalai, no distrito de Batticaloa, no Sri Lanka, atingido pela seca. A população sofre uma crise hídrica porque o principal reservatório, Vakaneri, está praticamente seco. Foto: Amantha Perera/IPS

A seca afetou 1,6 milhão de pessoas, das quais 190 mil necessitam de alimentos de forma urgente. Além disso, preocupa a segurança alimentar de outras 700 mil. Embora a situação atual exija atenção e assistência imediata, o PMA alertou que as pessoas afetadas também precisarão de ajuda no longo prazo para adaptarem-se à variabilidade climática.
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O leito de um reservatório seco no distrito de Moneragala, no Sri Lanka, onde os agricultores dizem que a falta de chuvas desde o final de 2013 praticamente devastou suas terras cultiváveis. Foto: Amantha Perera/IPS

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Menina bebe água em uma garrafa no distrito de Batticaloa, no Sri Lanka, onde 220 mil pessoas sofrem o impacto da seca. Foto: Amantha Perera/IPS

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Um trator avança pelo acostamento seco de uma estrada em uma terraplenagem no distrito de Kilinochchi. Funcionários ouvidos pela IPS disseram que a região precisa de nove milhões de rúpias (US$ 69 mil) por semana de assistência por causa da seca. Foto: Amantha Perera/IPS

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Um homem usa uma bomba industrial na região de Karadiyanaru, no distrito de Batticaloa, no Sri Lanka. Os especialistas alertam sobre o uso de poderosas bombas de água nessa região árida, que submete o lençol freático a uma pressão excessiva. Foto: Amantha Perera/IPS

O Banco Mundial estima que o risco anual dos desastres ambientais no Sri Lanka chega a US$ 380 milhões ao ano. O pior destes, até agora, foram as graves inundações de 2010 e 2011, quando os danos ficaram em torno de US$ 50 bilhões. Envolverde/IPS
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Uma mulher tenta salvar o que resta de seu cultivo de feijão chinês antes que a escassez de água destrua todo o terreno, na região de Pillumalai, no distrito de Batticaloa, no Sri Lanka. Estimativas oficiais indicam que a produção agrícola provavelmente caia 10% este ano devido à seca. Foto: Amantha Perera/IPS


(IPS) 
 
Fonte:http://envolverde.com.br/ambiente/quando-terra-tem-sede-pessoas-tem-fome/

2 Comentários para “Quando a terra tem sede, as pessoas têm fome”

  • Clemente Raimundo Nequetela disse:
    Este assunto comoveu -me bastante a problematica da seca nesta região do mundo pode afectar outras regiões do já que a Ásia é o maior forcedor de arroz para a África.
  • maria ioneide da silva disse:
    Na nossa região do semiárido (RN), a seca já persiste ha 2 anos e os reservatórios já se encontram com baixo volume. O rio Piranhas-Açú, que atravessa o município e abastece a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, uma das maiores do NE em volume de água, já se encontra totalmente seco com grande assoreamento. Houve uma iniciativa do Governo federal em construir cisternas para o consumo e é o que vem contribuindo como uma das medidas para amenizar a falta de água. Ver um rio seco sem água, é como ver a terra rachada a pedir que banhe o seu leito. Porém, as ações tem que ser tomadas de imediato. ainda há comida e acredito que na nossa região, não há tanta fome como vemos nos outros países.

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