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Roteiro calamitoso
Ao que tudo indica, o verão de 2012 em São Paulo seguirá um roteiro bastante conhecido, e até por isso mais lamentável, de chuvas e estragos na cidade.
Como a Folha mostrou no sábado, 62 obras, de 112 planejadas para prevenir desastres em áreas de risco, não saíram do papel -em 47, a licitação nem sequer foi concluída. São intervenções simples, porém importantes para salvar vidas, como a estabilização de encostas a fim de evitar desabamentos.
Não se pode acusar o prefeito Gilberto Kassab (PSD) de ignorar o problema. Outras 50 intervenções para minorar os estragos das chuvas foram concluídas desde o início do ano, e um mapeamento atualizado das áreas de risco orienta os trabalhos de prevenção.
Não se trata de desatenção, mas de falta de senso de urgência. A maior parte dessas áreas é sabidamente de risco há quase uma década, época do primeiro levantamento municipal aprofundado sobre o problema. Desde então, houve melhorias, mas em ritmo lento e de vulto insuficiente.
A inoperância do poder público afeta mais de meio milhão de pessoas que vivem em áreas perigosas em São Paulo -e ameaça, em especial, cerca de 100 mil que habitam, se é que se aplica a palavra, pontos considerados de altíssimo perigo de deslizamento.
Além do perigo de mortes, as chuvas provocarão, mais uma vez, incontáveis transtornos para os mais de 10 milhões de paulistanos.
Também sob esse aspecto, a falha é mais de velocidade que de descaso. Em março, sob o impacto das chuvas do início do ano, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) já havia admitido que seu pacote antienchentes era insuficiente.
As precipitações de agosto, de costume menos severas, já causaram alagamentos nas marginais. E o problema tende a piorar.
O último plano de macrodrenagem da região metropolitana de São Paulo é de 1998. Um novo estudo deverá ser concluído no ano que vem, se o cronograma for mantido.
No resto do país, todos os indícios apontam para uma situação tão ruim ou pior que a paulistana.
Quando chegarem as chuvas, virão os alagamentos, os congestionamentos monstruosos e os desabamentos. Os governantes culparão o volume extraordinário de água e a herança de décadas de incúria urbanística e anunciarão medidas de emergência.
Que até lá ao menos tenham acabado de remover as famílias sob maior risco e deixado limpas as bocas de lobo. Para isso ainda há tempo.
HÉLIO SCHWARTSMAN
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