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5 de dezembro de 2011

FALTA DE ÁGUA E TRATAMENTO DE ESGOTOS PODE PESAR NO PLESBISCITO SOBRE A DIVISÃO DO PARÁ

Belém (PA) tinha apenas 6,7% de cobertura em 2000, seis anos depois esse índice caiu para 5,21%, mostrou o recente levantamento da FGV sobre saneamento das capitais brasileiras

Falta de saneamento básico impressiona em Belém do Pará

Se a divisão do estado em três for aprovada, o novo Pará ficaria com 17% do atual território. Seriam 77 municípios e 4,8 milhões de habitantes, 64% da população atual. PIB seria de R$ 32,5 bi, pouco mais da metade do atual.


Saneamento em Belém piora em seis anos, diz FGV

A equipe do JN no Ar chegou a Belém, na última escala da viagem em que nossos repórteres mostram os prós e os contras da proposta de divisão do Pará.
Nessa última etapa do JN no Ar, em Belém, a equipe encontrou uma cultura regional muito rica e vibrante, nessa cidade, que é uma das cidades mais antigas do Brasil e uma das maiores da Amazônia.
Ao mesmo tempo, a equipe encontrou também problemas muito graves nas comunidades mais pobres e desassistidas. A falta de saneamento básico é uma coisa que impressiona. O trabalho teve apoio da TV Liberal, afiliada da Rede Globo no Pará.
O JN no Ar chegou a Belém por volta de 21h30. A equipe foi recebida por uma manifestação contra a criação de dois novos estados. Se isso acontecer, o novo Pará ficaria com 17% do atual território. Seriam 77 municípios e 4,8 milhões de habitantes, 64% da população atual. O PIB, soma de tudo que é produzido pela economia, seria de R$ 32,5 bilhões, um pouco mais da metade do PIB atual.
O governador Simão Jatene, do PSDB, não quer a divisão. Ele diz que o problema do Pará é a falta de recursos: “Os nossos dois grandes adversários são a pobreza e a desigualdade. E pobreza a desigualdade não podem ser superadas como um desafio simplesmente, de uma esfera de governo ou mesmo do governo, tem que ser um desafio para a sociedade”.
Para o economista Célio Costa, a divisão traria desenvolvimento para as regiões de Tapajós e Carajás. “Os custos para implantação desses estados serão bem menores que os ganhos sociais e econômicos. Eles são, sim, viáveis e terão sustentabilidade própria”.

Belém continuaria sendo a capital do novo Pará. Fundada há 395 anos, preserva relíquias do passado.
Tão antigos quanto a cidade são os problemas nas comunidades mais pobres. Nos bairros cortados por igarapés, o perigo de alagamento é constante.
É até uma ironia que um deles tenha o nome de Terra Firme. A área é toda alagadiça. E para que os moradores possam andar pelo local, eles jogam serragem e caroço de açaí no chão para formar uma espécie de aterro improvisado.
Acúmulo de lixo, esgoto a céu aberto doenças. “Somos tratados como lixo, mas nós não somos lixo. Nós pagamos, votamos”, diz uma moradora.

As frentes contra e a favor da divisão têm visões opostas para o desenvolvimento das diferentes regiões do Pará.

“O Pará é grande, tem muita gente, muitos problemas e pouco dinheiro. E criando as novas unidades Tapajós e Carajás, imediatamente estaremos injetando recursos dentro da mesma área regional do Pará”, afirma o deputado Lira Maia (DEM-PA).

“Nós precisamos concentrar esforços nas nossas políticas de atendimento à educação, saúde, transporte e segurança pública. É isso que a população quer, a população não quer mais políticos”, defende o deputado Zenaldo Coutinho (PSDB-PA).

No estado que discute a separação em três partes, um lugar é o ponto de identidade da cultura paraense. O Mercado do Ver o Peso, em Belém, é o melhor lugar para quem quer conhecer as

E quer entrar 2012 com o pé direito? Fala com a Dona Coló. “Ah mana, esse eu te garanto, usou e aprovou. É tiro e queda com certeza!”, brinca.

O plebiscito será realizado no dia 11 de dezembro. Os eleitores paraenses terão que decidir se querem a divisão do estado para a criação de dois novos estados: Tapajós e Carajás. O voto é obrigatório. Quem estiver fora do seu domicílio eleitoral terá que justificar a ausência. JORNAL NACIONAL 01/12
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